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domingo, 8 de novembro de 2009

Santos e Pecadores

“Cada pensamento seu é uma coisa real – uma força.”

Prentice Mulford (1834-1891)


O Escriba


Não escrevo para ganhar dinheiro. O dinheiro é consequência de algo feito ou de um trabalho realizado. Sei lá. Gosto de escrever qualquer coisa entre o céu e a terra. Entre Deus e o diabo. A minha escrita é vagabunda. Sem compromisso algum. Gosto de escrever porque gosto. A minha vida é um livro aberto para toda pessoa, não importa o sexo, ler.
Não escrevo por acaso. A escrita está dentro de mim. Falo e escrevo sobre a minha vida e faço isso sem culpas. Escrevo sobre qualquer situação que achar interessante e às vezes até mesmo quando não é. A escrita é uma borboleta que acaba de sair do casulo. Há momentos que sabe aonde vai e há momentos que sabe mesmo aonde vai. Escrever é simples assim. É só querer fazer.
Não se pode pensar o que escrever. Escreve-se e pronto. Quem escreve acrescenta um ponto. Na escrita é preciso ser cara de pau. Na escrita é preciso não ter vergonha de errar. Quando se quer redigir algum texto, não se preocupe com os erros. Errar é humano. E é bom errar. Errando a gente aprende muito mais. Escreva o que você imaginar. A escrita é livre. Ela não é escrava do pensamento. O pensamento não é escravo da escrita. Os dois andam coladinhos. Normalmente, só andam juntos. Escreva e pronto. Não se preocupe com que os outros vão falar. A escrita é sua e é livre. A liberdade de escolha é lei. A liberdade de imprensa também é. Você não será massacrado por escrever. Ninguém pode te condenar por isso. Eu não te condeno.
A escrita é tão importante que não existe leitura sem ela. Ninguém consegue ler sem a escrita. A escrita é essencial. É bom escrever sobre qualquer coisa. Escreva e divirta-se com sua escrita. Sim, existe de todo tipo. Aquelas boas e as ruins. Mas não importa. O importante é escrever. Não estou escrevendo muito sobre o redigir. É um parente bem próximo da escrita. No final é tudo a mesma coisa. Redigir e escrever são de grande relevância para o aprendizado do ser, humano que é. Rediga. Escreva. Se divirta com a sua redação.
Escrevo sobre pessoas. Escrevo sobre animais. Sobre plantas. Sobre o natural e o sobrenatural. Escrevo sobre tudo e todos. Gosto de escrever sobre tudo aquilo a mim faz bem. Escrevo sobre Carlos Lamarca e Zequinha. Caetano Veloso e Gilberto Gil. Castro Alves e Milton Santos. Também sobre outros tantos escreverei. Não dar para não escrever. É escrever e pronto. Escreve-se sobre a ficção e sobre a realidade. Escreve-se sobre os deuses e sobre as ninfas das florestas. Tudo pode ser escrito. E a escrita pode ser tudo e todos. Não dar para escrever sem usar e muito bem a pontuação. Pontuação e escrita andam sempre juntos. Um não vive e nem sobrevive sem o outro. São inseparáveis. Isso é verdade. A boa escrita exige sempre boa pontuação. Senão uma coisa pode virar outra coisa. Vira uma confusão danada. E aí tudo vai por água abaixo. Uma pessoa pode ser até condenada por um simples erro de grafia, quero dizer, escrita. Imagine uma cena por escrito de um julgamento qualquer. A escrita por excelência é de grande relevância histórica por si só. A boa escrita salva da morte. A má escrita condena à morte.
Depois da absolvição do julgado, o juiz havia redigido o seguinte termo. Observe a expressão escrita pelo magistrado como exemplo: perdão impossível, que seja cumprida a sentença. Na leitura do auto certamente haveria uma má interpretação por quem leu o que estava escrito. De modo que a escrita do termo é que não estava correta. Por certo deveria ter escrito da seguinte forma: perdão, impossível que seja cumprida a sentença. A pontuação em uma determinada expressão por mais descomplicada que seja é de imensa importância para quem ler. Perceba que a mudança de posição da vírgula no enunciado acima fez toda a diferença no julgamento exemplificado. A vírgula faz parte dos sinais de pontuação. Logo, é relevante reafirmar que, a boa escrita necessita de uma boa pontuação. Sei lá, escrever faz bem para o meu coração. Gosto de escrever. Essa escrita malandra, sem abreviações. Até quando uso o Orkut gosto de escrever por extenso. As abreviações não fazem parte do meu vocabulário. Sei lá sou assim mesmo, intransigente. Nostálgico até. Talvez quadrado. Sei lá, qualquer coisa assim.
A escrita me leva por novos horizontes. Escrever sem compromisso faz bem ao meu ego. Não é muito fácil ser um escriba não. Mas vale a pena ao menos tentar ser. Escrever é bom, principalmente o que faz bem às pessoas que leem. Não tenho a pretensão de viver de escrever, mas pretendo que algumas centenas de pessoas percebam e sintam o valor da escrita em suas vidas.
A escrita nos leva a leitura. A leitura daquilo que está escrito nos leva a conhecer novos mundos. Novos universos celestiais e profanos. A leitura é que nos faz ver o mundo com novos olhares. A leitura nos faz sermos críticos e questionadores. Ser critico é uma coisa. Ser questionadores é outra. Sim, estão sempre juntos também. Sei lá, acho que é importante a leitura. E sem a escrita não há.
Faça a experiência. Escreva. Rediga alguma coisa relacionada à vida. Pense em algo interessante, quero dizer, que você ache importante e rediga sobre esse algo. Assim, simplesmente. Sem culpas. Procure se realizar com o uso da escrita e verá a transformação em sua vida. Não importa, a escrita me transformou. Sou outro cara. Se não escrevo sinto muita falta.
Não dar para ficar sem escrever. A escrita é algo que está dentro de mim. Ela faz parte da minha vida. Uma diversão. Acho até que relaxante escrever. Ser um escriba não é de todo ruim. Muitas pessoas se realizam escrevendo coisas: poesias, crônicas, romances, todo tipo de gênero literário, enfim. Há poetas, romancistas, cronistas. Não sou nem um deles não. Apenas escrevo qualquer coisa, sem compromisso nenhum.
Escrevo sobre tudo. Escrevo sobre o mundo. Sobre as pessoas do mundo. Sobre as coisas do mundo. Sobre os animais do mundo. Sobre (animais) racionais e irracionais. Sobre Deus e sobre o Diabo. Sobre o bem e o mal. Sobre santos e pecadores. Sobre o ano velho e o ano novo. Sobre pais e mães. Sobre irmãos e irmãs. Sobre a terra e suas camadas. Sobre o oceano e o gelo. Escrevo sobre mim mesmo e gosto. Vê sobre quantas coisas se pode escrever? É somente iniciar. É só querer fazer e de preferência bem feito.
A escrita não te condena não. Não tenha medo dela. Não se preocupe com ela. Não te fará nenhum mal. Ela só é um pouco exigente. A fêmea dos sonhos. Escreva. Use a escrita para o que é bom. Faça bom proveito da grafia. Por hoje ainda, não chega.









Vida Humana Social (1994)



Há momentos, em que procuramos alguém para conversar, desabafar e simplesmente não encontramos.
Em muitos casos, procuramos de qualquer maneira, em qualquer lugar, para fazermos uma introspecção e assim o é. Satisfazemos nosso ego, nossa vontade.
Há um ditado popular que diz: para conseguirmos a resolução de um problema, devemos em primeiro, compartilhá-lo com alguém.
Contudo, devemos saber por excelência, quem é alguém e, como encontrar alguém? São interrogações necessárias, porque infelizmente, nos encontramos participantes de uma sociedade caótica. E o que fazer?
As pessoas existem e insistem. Porém, eis a pergunta: Em quem confiar?
O porquê da pergunta é que: o ser humano é por si só, estruturalmente incompreensivo. O ser humano é por si só, maldoso interiormente. O ser humano é por si só, malicioso. Enfim, o ser humano é por si, sensualmente individualista, só pensa em si próprio.
É óbvio que, com todas essas afirmações, não tenho a pretensão de omitir a compreensão de alguns seres, tendo em vista que tal existe em grandes proporções.
Contudo, as pessoas querem obter segurança a qualquer preço. Mais que segurança? Obviamente a segurança de poder confiar em alguém, nos seus próximos. Infelizmente, com tantas desconfianças, tantas desilusões, traições, as pessoas ficaram com muito medo de confiar umas nas outras. Pensam uma, duas, três vezes e não fazem, não confiam.
Eis a questão: qual o motivo que causa esses fatos? É simples, a libertinagem, a caoticidade social, tudo isto, todos esses fatos, tendem a sem dúvida, as inseguranças das classes sociais, dos seres em geral.
Há alguns anos atrás, me encontrava perambulando pelas ruas da grande São Paulo, quando à minha frente, visualizou um senhor de aproximadamente uns sessenta anos.
Ele se encontrava a uns cinco metros à minha frente e, porém, consequentemente foi aproximando de mim, e, também, aproximei-me dele.
Porém a desconfiança de ambos causou constrangimento, deixando-nos ociosos, um tanto vacilantes em tomar de imediato uma decisão.
Houve, então, uma aproximação insegura. Resolvi me aproximar deste senhor, fato este de muita importância à ocasião. Logo após a iniciativa tomada, dalogamo-nos por um instante.
Ele narrou para mim uma história aterrorizante, tal esta, acontece ainda em grandes índices até os dias atuais. Disse-me que, tinha sido assaltado e, violentado – recebeu coronhadas de arma de fogo portada pelos marginais. De toda a história contada por ele, uma expressão me chamou atenção: “ah! Meu filho, infelizmente as pessoas não são dignas de confiança, elas tendem nas suas ações, a deixar-nos amedrontados, inseguros na sociedade. Imagine você, que, estes marginais, estavam de carro e, bem trajados, não me pareceram em nenhum momento, marginais: mas, deixaram-me claro que estavam desorientados estruturalmente. E ai meu filho, que fazer? Como agir”?
Conclui, então, que este homem estava completamente confuso, diria até que se encontrava num momento de abobamento. Contudo, depois do dialogo, ajudei-o a se nortear, colocando-o no ônibus (que passava no momento) para que chegasse a sua residência.
Em outra ocasião, estava indo para o centro da cidade, quando num determinado ponto, parei e esperei o sinal luminoso da secundária, fechar-se, para que pudesse atravessar a rua e, tal ocorreu. Porém, uma moça, por sinal muito bonito, quis primeiro atravessar a determinada rua. Infelizmente nestas vias urbanas, sempre encontramos pessoas anormais, indeterminadas: bem, então quando a moça iniciou a travessia, um automóvel (fusca da Volkswagen), a atropelou.
Existem muitas outras histórias da realidade social humana, porém não se pode contar, e nem falar de todas elas, mas existem, infelizmente.
Disto e de muito mais, conclui-se que: o ser humano, ou nós humanos racionais, somos por estrutura (física e mental), limitados dentre um tempo e um espaço. Temos um grande defeito de pensar só e simplesmente em nós mesmos, no nosso ego, em outras palavras, somos egoístas.
Dir-se, por conseguinte que somos inteligentes, portanto, somos racionais.
Mas, se temos todas as qualidades necessárias à vida, por que não a usamos?
Conjecturam, porém, os sociólogos – doutores da sociologia – que a sociedade capitalista, consumista, influencia por demais na nossa vida, na nossa conduta, na nossa mente. É verdade? Sim! É verdade.
Analisemos por quê. Se somos seres dotados de inteligência e de raciocínio, somos então por conseqüência, capazes de promovermos grandes obras. Porém, vejamos e sintamos as contradições. Vivemos numa sociedade por estrutura existencialista, pluralista, capitalista, consumista e ao mesmo tempo, caótica.
Esses elementos são importantes para a competição, mas são bons para que aja harmonia? Não se sabe ao certo. Analisemos alguns.
Capitalista, por ser existencialmente ligada direta ou indiretamente ao capitalismo selvagem, a uma economia interesseira.
Consumista, por ser em estrutura existencial, consumidora, ou seja, apenas pensa em consumir e não em produzir.
Caótica. Por ser em existência estrutural, capitalista, consumista, pluralista em demasiada medida, ou seja, desordenada econômica e politicamente.
Então, penso que, você deve sentir e conhecer todas essas realidades da vida social (psico-social) humana, imagino também que pensa em mudar essas situações para melhor, que bom seria se todos os seres também pensassem.
Existem pessoas que têm muito mais possibilidades, oportunidades que outras de se desenvolverem intelectualmente que as demais. Verdade?
Algumas, porque já nasceram com tais oportunidades, talvez tenham nascido em berço esplêndido, sei lá, ou não.
Outras, por que talvez procurassem e não encontrassem. Mesmo que não tenha nascido “com o bumbum virado pra lua” não deixe de lutar, porque “não há vitória sem luta”.
Fatos! Existem muitos outros! Contudo, cada caso é um caso, cada história tem sua iniciação e finalização. Não pare de lutar. Persevere sempre.







Um dos Brasis



Faz muito tempo, estava perambulando pelas ruas do bairro de Diadema, zona sul da grande cidade de São Paulo, quando passou próximo a um prédio de luxo, ao lado deste, presenciou uma cena repudiante, cena esta que lhe deixou estarrecido, estupefato, triste.
Uma garota estava sendo brutalmente violentada, no sentido literal da palavra. Sentiu no íntimo um calafrio terrível. Logo, uma interrogação lhe veio à mente. O que fazer?
O local era visivelmente “cinzento”, isolado, não havia sequer posto policial próximo, permitindo apenas ver os vultos na escuridão. Contudo, permaneceu parado e quieto, para ser mais exato, sem ação. Com os olhos procurou socorro, não encontrou. Ao longe, vi passar em alta velocidade uma viatura policial. Imaginou que estava prestando serviço à comunidade em outra parte da cidade, pelo alarde da sirene e pelo piscar constante das luzes.
Sozinho, nada podia fazer, por ser Diadema, lugar concretamente violento. O ato prosseguia, e ele, temeroso, nada fez. Não reagiu.
Voltou para casa, pensando no que tinha acabado de presenciar. Um ato totalmente desumano, animalesco. Depois de pensar, e pensar, sintonizou o rádio intencionado em ouvir algo relaxante, uma música talvez. O radialista, ou melhor, o apresentador interrompeu e programa para colocar no ar uma noticia extraordinária. Dizia que uma garota fora encontrada (em Diadema) estuprada, estrangulada e morta em uma rua deserta, próxima a um prédio de luxo.
Angustiado. Chorou. Sentiu-se o último homem da face da terra. Um nada. Fechou o rádio. Depois o jornal da manhã falou sobre o assunto: “morre estrangulada uma menina, chamava-se Francisca das Chagas, por apelido, ‘mimosa’. Tinha dezesseis anos”.



O Noctívago



À noite, dobrou a esquina do Hotel da Bahia, hospedagem para os executivos de modo geral. Cansado e com sono. Caminhou o dia inteiro, tomando contato com a cidade de Salvador da Bahia. Do Campo Grande, Avenida 7, até o Largo do Pelourinho. Olhando as vitrinas, observando os tipos, lendo tabuletas e painéis, admirando as mulheres, ouvindo frases soltas de diálogos alheios, procurando reconstruir pela frase mal ouvida, o rumo da conversa, o drama, a intriga, o mexerico, os interesses que uniam aquela gente cheia de gestos e carinhos.
Bahia; terra bonita e primeira do Brasil, semente da Pátria; terra de revoluções e de poetas; terra do Jorge Amado; do Castro Alves; do Caetano e Gil; do Rui Barbosa; do Milton Santos e outro tantos.
Tanta noite pernoitou naquela Praça Castro Alves, naquele Pelourinho, num tal de Campo Grande e outro mais.
Cidade bonita a de São Salvador, mais de quatrocentas igrejas, dentre católicas e evangélicas. Quantas crenças, quanta magia, quanta gloria, quantos povos, várias etnias. Terra do Oxalá e de Ogum: de santos, do Olodum.
De volta do Pelô, em seqüência, nas esquinas, sempre o barulho dos tambores do Olodum, seguindo-me os passos, com a lua nova chegando ao mar a se esconder e a brilhar, na fascinação do céu estrelado.
E agora o assobio do vento, que disparava na Rua Chile, deserta, varrendo as calçadas, para se desfazer na ginga doida de um redemoinho, que segundo a crendice popular trás o oxum no meio.
Eram quatro horas da madrugada, quando chegou ao bairro da Piedade, coração do Salvador. Entrou em casa, foi para o quarto, e desmaiou na cama. Adormeceu.





Ser Pensante


Ás vezes medito sobre em como foi a minha vida aqui em Brotas de Macaúbas. Como foi a minha infância, tudo diferente. Muitas coisas são mais fácil hoje, porém há momentos que deixam dúvidas.
Volto atrás, para ver como foi e como é hoje.
Quando eu era criança, nós éramos cinco irmãos: três meninas e dois meninos. Meu pai trabalhava na roça e também com cristais de rocha. A minha mãe e minhas irmãs mais velhas o ajudavam. Meu irmão mais velho e eu pegávamos lenha e cuidávamos da irmã menor. Todos contribuíam (da melhor forma).
Dos homens na época, eu era o menor, mas todos iam para roça ajudar o pai.
Meu pai nunca me agrediu, exceto uma vez que me deu uma palmadinha, em homenagem a certa travessura e mesmo assim, eu era o caçula, dos homens, era o menor. Ele gostava de mim e eu dele. Assim como, de minha mãe.
Na roça, os maiores capinavam e eu ia “badocar”, depois ajudava a colher os cereais que eram cultivados.
De manhã em casa, só ficava minha irmã menor e eu. Cuidava dela e da casa. Os outros estavam trabalhando. Depois, eu ia levar o almoço da minha vovó lá na casa dela, na rua de baixo (Aproveitava para pegar as carambolas de dona Mena).
Meu pai era mais fechado com a gente, bebia muito, era alcoólico, não conversava muito comigo, mesmo assim, sempre gostei muito dele. Era meu pai. Verdadeiro amigo nas horas difíceis (me dava dinheiro para comprar pão na padaria de Seu Samuel e pirulito de açúcar e pó de morango na casa de Bibia de Nóe). Bom demais.
Minha mãe também, ela tinha vocação para ser santa. Sempre foi muito bondosa, carinhosa, amiga, amorosa com todos os de casa e os de fora.
Foi com todo carinho materno que ela nos criou, e foi com amor, que conseguiu enfrentar essa vida que foi sempre dura. E é. Amo minha mãe!
Eu perdi alguns irmãos. Morreram. Mais ainda tenho e procuro viver sempre em harmonia com todos eles, porque os amo.
O homem, ele é um todo universal. Um “complexo perplexo” (Caetano Veloso) de coisas, boas e más. Assim é.
Em certos momentos me pergunto, considerando os pontos cruciais de meu caminho na vida, como foi que, por decisão própria, pessoal, aos 17 anos, saí da casa dos meus pais, trocando minha terra por outras terras. O fundo profundo que vem de meus antepassados indígenas, pelo lado materno, e, de meus antepassados portugueses, pelo lado paterno, obviamente atuou, de modo definitivo, induzindo-me à aventura. Também não sei por que meus pais, tão ligados aos filhos, me permitiram sair porta a fora; primeiro o sudeste (São Paulo), em seguida para o sul da Bahia, levado por um sonho teológico – o de realização de vida – tendo por base católica, uma formação sacerdotal, em outras palavras, o presbiterato (ser padre religioso).




“A mente divina é a única realidade.”

Charles Fillmore


Há uma Luz na Escuridão



Havia uma imensa necessidade de resolver aquela dificuldade que tanto me incomodava. Não sabia como ainda. Aliás, imaginava situações de solução, mas, colocá-las em prática estava cada dia mais difícil.
É incrível, como nos metemos em circunstâncias adversas, alquilo que sonhamos e queremos para nós. Assim sem ao menos percebermos.
Tempos modernos. Encontrar alguém para conversar estava cada vez mais raro. Conversar algo interessante, então, complicadíssimo. O meio ambiente das idéias estava poluído: as pessoas, ao gesticularem alguma coisa, xingamentos. As águas do mar estão intensamente salobras, não tão somente por causa da quantidade de sal, mas também pela intensidade de produtos químicos existentes, claro, por serem jogados na natureza, no ar.
Tempos modernos. Evasão escolar. Diagnósticos médicos e didáticos errados. Poluição generalizada em todos os sentidos e direção. A morte do ser. Ser humano tal, como o meio ambiente, poluído.
Tempos modernos. Pessoas confusas. Conflitos e inimizades. Sensualidade a toda prova, em todos os aspectos. Homem, ser natural e transformador da sociedade ou para o bem ou para o mal. Oxalá Deus não o deixe perder-se dia destes, diante de suas aspirações.
Tempos modernos. Drogas. Toxicomania. É moda? O que fazer? O mundo está podre, putrefato. Televisão! Sexo ao vivo e a cores. Explicito. Erotismo à flor da pele. Filhos vêem. Crianças que não entendem nada, ainda. Aprendem, precocemente a fazer amor. Amar. Jovenzinhos fazem o que se vê e pratica sem ter certeza. E a escola? O que faz? Ensina baboseiras e esquece-se de educar o lado afetuoso da pessoa humana, não ensina o nosso jovem a ter afeto e compromisso. Aproveita da ignorância e descaso da família e faz o que bem entende. Há uma luz na escuridão? Ignorantes no sentido de ignorar – pais e escola (corpo docente). Perdas. Danos. Dor. Agonia. Há de fato verdades?








Indagações na Escuridão Social



Lá no centro da cidade, sozinho. Desilusão. Mágoas. Dores. Sonhos? Nação de (humilhação). O pai, hoje e amanhã, numa sociedade carente de solidariedade, caótica, necessitada de uma peça nova, de Brasileiro cem – milhões aqui é o meu país.
Rio (de Janeiro) a janeiro, a março (a dezembro), hostilidade, capital do crime. Turismo social? Sexual? Brasil mostra a tua cara para ver quem paga para a gente ficar assim! Cigarro. De maconha? Droga? Mas que droga! Crack. Craque? Qual é o teu negócio? O nome de teu sócio? Confia em mim! Polícia? Ladrão? Magistrado? Cidadão? Do bem ou do mal? “A podridão está em tudo.” Indagações, perguntas. Precisamos buscar soluções. Quem toma uma atitude? Compre um livro no táxi. Alguém passa e grita “tem uma moça na chuva, quem lhe consegue um teto?” Sem-tetos. Sem-tetos? Sem-terra? Que é isso? Chuva de verão, logo passa. O Brasil tem muita terra (im-produtiva) é claro. Tudo passa. Assim como passa as angustias, as perdas, as derrotas. Brasileiro não desiste nunca – se acostuma a tudo – até a passar fome e privações. Fica quase sempre entre o sonho e a real, entre a guerra e a paz, entre mártires e ofendidos. Às vezes dar certo. Quem toma uma atitude? “Inexplicável interesse em torno de um cidadão qualquer” que de um momento para o outro famoso ficou porque fora encontrado furtando um quilo de carne para com este, saciar a fome de sua família. Enquanto isso, bem próximo, em um mundo paralelo, outros moram em grandes mansões e jogam fora quantidades absurdas de comida e esbanjam em seus vestuários, os quais poderiam ser reaproveitados para o bem de outros. E não muito longe dali, outros que moram e passam fome e frio, embaixo dos viadutos, como se fossem passageiros. Passageiros do desprezo, do descaso e, carentes. Carentes de dignidade, de generosidade, de afeto. Afetuosidade.
Sim. Eles vêem cada estrela sair – quando possível – do vazio da imensidão do céu, que é meu, teu e deles. Cidade urbanizada. Sozinho. Sou passageiro. Mensageiro. Da dor. Da noite. Meninos soltando pipas em pleno dia. Anunciando “os omi vem chegano”. Vida versus morte. Necessitamos voar para buscar futuro. Futurar. Aventurar o amanhã. Transpor os muros da ignorância. Não ignorar. Vencer os medos. A dureza do coração. Eliminar. Ponto final. Amar.




A quem recorrer?



As coisas não iam muito bem para Chaparro. Parecia não irem muito pelo caminho que ele desejava. Primeiro, a falta de dinheiro. Dívidas. Depois, doenças. Seu filho de seis anos encontrava-se com uma grande pneumonia, graças a Deus ficou curado.
Muitas fofocas eram feitas contra a sua família. Pessoas querendo destruí-lo. O que fazer? Como conseguir resolver seus problemas? A quem recorrer? A Bíblia? Ao padre da igreja local? Ele tinha problemas também. Ao pastor da igreja evangélica? Ao criador, Deus. Ao livro sagrado. Ao seu filho Jesus, que sofreu às mesmas e até piores perseguições que ele, sem dúvidas, bem mais. Afinal, o mataram na cruz. Havia uma grande necessidade de aumentar a sua fé. Como sofreu Jesus! Escarneceram dele. Judiaram absurdamente, antes que o crucificassem.
Ele, Chaparro, ao menos, estava vivendo, para que pudesse resolver suas dificuldades. E Seu Chaparro, seu xará, lá daquela comunidade ao lado. O filho dele, Firmino, morreu. O motivo foi uma febre tifóide fatal. E Seu Chaparro está vivendo levando a vida.
Bem, problemas existem. Dores. Sofrimentos. Precisamos procurar e encontrar a solução para eles. Sim! A Bíblia. Tranqüiliza-nos. Dar-nos paz. Fala sobre o alfa e o ômega. O principio e o fim. Sobre as dores e curas. Sobre tudo, enfim.
Ela nos indica o caminho a verdade e a vida. É verdade! Sim. O Livro Sagrado é sobrenatural. Divino. Com certeza. Ainda há uma luz na escuridão do mundo (caótico) social e humano.




Tudo na Vida passa



Naquela época,em 1987,tive vontade de conhecer outros mundos. Fui para São Paulo, grande metrópole brasileira. População avançada. Era difícil pensar em outro lugar (as pessoas do mesmo tempo só falavam nisto) tendo em vista uma cidade como esta, esplendorosa. Era tempo de conflitos interiores e exteriores, principalmente internos. A vida na minha cidade no interior da Bahia, não ia bem. A minha então... Contudo, nem tudo parecia perdido. Existia São Paulo. Grandiosa.
Quanta ilusão. Quanta utopia, reduzidas em simples fato, o de existir. A sensação era sempre a mesma. Trabalhar. Ganhar dinheiro. Comprar roupa. Carro. Voltar para casa e exibir minhas conquistas. Que conquistas? Baboseiras! Quanta ilusão perdida.
São Paulo, terra conquistadora e violenta. Selva de Pedra. Utopia sem limites. Terra de letrados, marginais e marginalizados. Despreparados, onde “filho chora e mãe não vê”. Mundo do sem – fim que nos ensina e faz sofrer. Terra de estímulos e desestímulos. Terra da garoa, dos concertos e dos festivais e animais-homens.
São Paulo, Deus e o Diabo na terra; o bem e o mal em louca cavalgada. Parei; pensei; acordei e voltei a real.
Interessante que “a real” citado no parágrafo acima foi uma foto de meus irmãos enviada para mim por uma irmã que morava no interior da Bahia. Assim estive em São Paulo por um tempo. Depois decidir retornar para casa no interior da Bahia. Minha vida, então, até aí, continuava sem novidades, sedentária, porque não tinha muito que fazer. Estava sem trabalho, vivia meio à toa. No ano seguinte, retornei ao colégio, voltei a estudar. Certo dia, num determinado momento de minha existência, parei para refletir o que queria realmente? O que gostaria de fazer neste mundo? Sendo que até aquele dia, nada de interessante fizera. Ou fizera? Não obstante o pensamento, no dia seguinte fez na escola uma visita, uma irmã religiosa, por nome de Bertília, que naquela ocasião, convidou todos os alunos para participar de uma peça teatral, uma dramatização religiosa “A Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Foram poucos os que quiseram participar do evento, dentre os que aceitaram,estava eu. A partir do referido instante a minha vida começaria a se transformar, para nunca mais ser a mesma (para bem da verdade, poucos foram, que como eu, tiveram essa oportunidade).
Produzimos a dramatização,ensaiamos,apresentamos. Foi um sucesso. Toda comunidade assistiu e aplaudiu a bela apresentação. Repetimos o espetáculo por alguns anos seguidos. Foi legal. Bastante catequético. Jamais fora como o primeiro. Algumas pessoas compreenderam, elogiaram, outras apenas criticaram. O que sabíamos era que a comunidade cresceria muito depois desses movimentos evangélicos, que tiveram a perseverança, desenvoltura e afinco de nossa tribo. Tribo esta, que teve a liderança bravia de Ari Cláudio e eu, pioneiros, em nossa época, de grupo de jovens. Minha inesquecível, perpétua, irmã Bertília Maria, quão importante foi para meu crescimento moral e social, dentro e fora de Brotas de Macaúbas. Companheira Generosa Sodré. Padre João Cristiano; Seu João Bento, professor Cláudio Sodré, tantos outros memoráveis perpétuos. A aventura continuou. Fui para o mundo, fui conventual, tive experiências que começaram em Brotas, até em Salvador da Bahia. Experiências essas, profanas, filosóficas, teológicas e reais. Conheci o Bem e o Mal, nas veias secretas de um convento. Fui seminarista. A maior dificuldade minha, foi porque me introduzi muito santo nesta instituição religiosa. Não obstante, o medo do desconhecido me afligia as entranhas. O meu coração perdido em sentimentos. Sentimentos estes que se conflitariam posteriormente com o Bem e o Mal; o Amor e o Ódio...
Depois de alguns meses – já era professor formado em magistério, com curso de Língua Portuguesa, promovido pelo Gabinete Português de Leitura, em Salvador – retornei à minha cidade, Brotas de Macaúbas no estado da Bahia. Daí, por consequência da profissão, fui trabalhar em Cocal, povoado do município, isto, em mil novecentos e noventa e cinco. Procurando sempre capacitar-me para melhor exercer a função de educador. Fiz licenciatura em Pedagogia para bem exercer a profissão. Curso este concluído em dois mil e oito. Fiz até um curso de investigação particular e criminal, aprendendo assim a pesquisar mais e melhor. Tenho certeza, melhorará bastante minha relação com o outro e como profissional da educação e afins.



“Você cria seu próprio universo à medida que avança.”

Winston Churchill



Pedagogicamente falando


Albert Einstein, outrora dissera “já não mais firmo uma opinião, um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconsistente”.
A pesquisa realizada por mim em várias escolas com professores diversos levou-me a pensar em determinados fatos: o homem é inconsistente e vive a mercê de um sistema injusto e no buraco. Não se possue uma identidade própria. Há de ser sempre identidade formada apartir de outras mais. O que dizer então de um profissional (professor) tão marginalizado e injustiçado pelo poder opressor?
O grande jornalista Jurandi Freire Costa já dissera que “do ponto de vista psicológico, a formação da identidade nacional de uma pessoa segue as mesmas regras de formação de qualquer outra de suas possíveis identidades. Em poucas palavras, identidade é a imagem que cada um tem de si. Essa imagem é construída na relação com os outros, por meio do aprendizado e da interiorização de como se pode ou se deve desejar sentir, pensar, falar ou agir em tais ou quais circunstâncias. Nossa identidade de adulto, por exemplo, exige que nos comportemos de uma maneira x em tais situações; nossa identidade profissional de maneira y; nossa identidade religiosa de maneira z e assim por diante”.
Na pesquisa realizada percebi vários tipos de mentalidades: hipócritas e verdadeiras, medrosas e pessimistas; otimistas e falsas. Percebi que as pessoas, não todas, não se comportam com os pés no chão de fato, ainda vivem e fazem questão de viver num mundo de utopias. Algumas não. Algumas ainda permanecem com os pés no chão. Verdadeiras. Percebi que há uma necessidade de modificar as regras. Coisa esta que não é fácil ocorrer. Muitos têm o objetivo de passar conhecimentos para os outros. Outros pensam apenas em viver bem sem se preocuparem com nada e nem ninguém.
Percebi também nesta pesquisa que as nossas tradições culturais não nos dão muitas perspectivas políticas e sociais. Essa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem vínculos com a vida social dos brasileiros. Na teoria, ao estudarmos, aprendemos que devemos ser cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmos como cidadãos.
A face política do modelo de identidade nacional é permanente e opressora. Ai do professor (profissional da educação) que fizer política contra os ideais do sistema opressor! Corroída é a sociedade pelo desrespeito aos nossos ideais de conduta.
Ser brasileiro significa herdar a tradição democrática. Não somos todos iguais perante a lei e onde a o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma propriedade inalienável de cada um de nós; na realidade ser brasileiro significa viver num sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres e para os inimigos e onde os direitos individuais são monopólios dos poucos que têm muito.
Percebi que os professores entrevistados já têm conhecimento desta realidade, ao falar sobre o sistema e a sociedade.
A imagem que temos de nossa identidade nacional e política é uma espécie de profecia que se auto-realiza. Quanto mais desmoralizamos nossa identidade, mais nos convencemos de que somos cidadãos inviáveis e mais contribuímos para convencer os outros de que nada podemos fazer para mudar a nossa miserável vida. É isso que o banditismo político e social deseja. No momento, talvez pareça mais fácil descrer e desistir do que lutar por nossos direitos. No entanto, se refletirmos um pouco melhor, veremos que o impossível é apenas o inimaginável. A médio ou curto prazo, quem sabe, com um pouco mais de esforço e vontade, poderemos respirar aliviados e dizer: “Barbárie, nunca mais”. Afinal, como disse a pensadora alemã Hanna Arendt, “os homens, embora devam morrer, não nascem para morrer, mas para começar”.
Em suma a pesquisa realizada com vários professores de escolas diferentes fez-me perceber que o nosso profissional não está mais parado no tempo aceitando todo tipo de imposições. Percebi um professor profissional pesquisador e sem medo de falar o que sente infelizmente ainda possue uma cidadania fajuta e não pode ir para as ruas e gritar por seus direitos e fazer com que setes sejam respeitados. Pois, ainda existem ditadores como antigamente que querem impor suas idéias regressistas na mente destes profissionais oprimidos, mas que não se cansam de ir à luta e tentar vencer. Buscar uma educação de qualidade é os seus objetivos (profissionais e sociais).





Sobre Educação Especial



A inclusão social prevê como objetivos principais os seguintes segmentos, cito alguns: valorizar o especial como pessoa humana; garantir um ensino de qualidade para todos aqueles que possuem qualquer tipo de deficiência; inserir na sociedade pessoas prontas para sobreviver em qualquer situação social. A inclusão tem como relevante principio, transformar os segmentos educacionais para incluir as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais e prepará-los para o convívio social no meio o qual vive. A educação especial é um mosaico que precisa ser montado com muito carinho e cuidados para que quem já seja deficiente, não ficar mais ainda.
Precisa-se ser puro coração para não ferir os muitos corações especiais que há neste Brasil afora. Daí, construir projetos pedagógicos sociais para de fato incluir essas pessoas e contribuir com suas sobrevivências.




Sobre Estratégias da Língua Portuguesa



O processo de aprendizagem da língua escrita é lento e exige cuidados especiais para quem aprende. É preciso que se montem às engrenagens com bastante cuidado e atenção e que se trabalhe com o coração. Você não vai querer ter uma fama de ruim de quem contribuiu para um ensino de má qualidade? Vai? É preciso pensar o aluno como se fosse nosso filho, pois pai algum vai querer o mal para seu filho. Todos querem que seu filho aprenda. Nessa fase o processo é doloroso, a criança tem medo. O educador fica temeroso de que o aluno não consiga aprender. É necessário que se monte esse quebra-cabeças com bastante afinco para que não sobre peças e o mesmo fique incompleto. O ensino da língua escrita exige certos cuidados para que no final todos aprendam e fiquem felizes e prontos para o convívio na sociedade. Essa monta perfeita deve ser efetuada em todas as fases de aprendizagem da língua.







Sobre Corporeidade e Educação



Tudo depende da visão, que se possue de corporeidade e de desenvolvimento. Já se sabe que não dá para separar o corpo da mente, pois estes são um só. Elementos diferentes, contudo, são ligados pelas células e fibras nervosas. No ensino-aprendizagem essa sintonia não pode de forma alguma ser cortada. Se cortada, os circuitos e as ondas se perdem e acaba a ligação, a sintonia. Não havendo sintonia entre corpo e mente, o equilíbrio se vai e não ocorre o desenvolvimento cognitivo. Alias, não há nenhum tipo de desenvolvimento ligado à mente, quando há, tem deficiência.
Ora, é fato que as atividades físicas desenvolvem o raciocínio lógico e faz com que o ser humano tenha mais rapidez no processo de pensar e aprender com mais facilidade e rapidez. Assim é.


Saga Histórica



O que é a vida, senão um breve histórico humano e material. Viemos do pó e ao pó voltaremos quem pensar ao contrário, enganado estar.
Em mil novecentos e setenta e um, morrem os revolucionários, perseguidos pela ditadura militar, Carlos Lamarca, capitão do exercito brasileiro e questionador, lotado no quartel de Quitauna, Osasco – São Paulo e seu amigo seminarista e operário Zequinha, este último nascido em Brotas de Macaúbas, mais precisamente no Buriti Cristalino. Neste mesmo ano (1971) nasce outro revolucionário.
Em mil novecentos e setenta e oito, fui matriculado na Escola Municipal profª. Maria de Meira Lima Costa, onde cursei e conclui o curso de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental, sendo aprovado para a 5ª. Esta série, assim como as outras, cursei no Colégio Cenecista Nossa Senhora de Brotas.
Então em mil novecentos e oitenta e cinco, encontrava-me cursando a 5ª série no Cenecista, escola esta, memorável.
Em mil novecentos e oitenta e seis, cursei a 6ª série, nunca em momento algum fui reprovado durante os cursos.
Em mil novecentos e oitenta e sete, a 7ª série, em mil novecentos e oitenta e oito conclui a 8ª série com todos os méritos e louvores que tínhamos direito na época.
Em mil novecentos e oitenta e nove, parei de estudar para trabalhar em São Paulo, quanta ilusão, ai minha vida se tornaria um inferno. Mas meu Deus mostrou-me os caminhos que deveria seguir. Esta experiência foi boa, porque acabei percebendo outros mundos, céu e inferno, anjos e demônios ao meu redor. Permaneci durante 2 anos nesta saga. No mesmo ano fiz um curso de Integração Militar, iria ser policial. Porém não deu certo, ocorreram problemas. Desisti. Fiquei desempregado. Retornei para a Bahia.
Entre mil novecentos e noventa e um a mil novecentos e noventa e dois, voltei para ao Colégio Cenecista em Brotas de Macaúbas – terra do grande geógrafo Milton Santos – onde conclui meu curso de magistério em mil novecentos e noventa e três. Já estava nesta época com a pretensão de fazer uma experiência religioso-secular-seminarista numa congregação católica. Fui. Iniciei.
Em mil novecentos e noventa e quatro, fui para Salvador, capital da Bahia - terra de Todos os Santos, do candomblé, da macumba, do Olodum, do Pelourinho, do Castro Alves e outros tantos – colocarem meus projetos religiosos em prática no propedêutico do Convento dos Capuchinhos, da Piedade, coração da capital da Bahia. Lá, fiz neste mesmo ano um curso de Língua Portuguesa, no Gabinete Português. Dentre outros, catequese, Iniciação a Filosofia e a Teologia Moral. Iniciei um curso de francês, o qual não pude continuar por falta de recursos financeiros.
Fiz algumas palestras em Instituições Religiosas, tais como, a igreja da Conceição da Praia, cidade baixa. Tive a oportunidade de fazer algumas viagens para capacitação em Teologia. Dentre outras.
Em mil novecentos e noventa e cinco, mais precisamente em março, retornei à Brotas, ai surge uma proposta de emprego no povoado de Cocal – neste ano fundamos o Colégio da localidade, com exatamente 45 alunos – a 126 quilômetros da sede. Assim foi. Iniciei os trabalhos pedagógicos neste colégio que passou a se chamar Escola Municipal Luis Eduardo Magalhães no dia 16 de maio deste mesmo ano, uma data importante. Daí em diante não parei mais de trabalhar na área de educação, até passei a tomar gosto pela profissão (ainda). Amém!
Em mil novecentos e noventa e seis, fiz alguns cursos em Ibotirama, Bahia, como por exemplo: o Projeto Nordeste, idealizado pelo IAT – Instituto Anísio Teixeira e pela Ucsal – Universidade Católica de Salvador. Dentre outros. Surgiu ai também a Consped – Consultoria Pedagógica, dos nossos companheiros, Lázaro e Raimundão (não ouvi mais informações sobre).
Em mil novecentos e noventa e sete, muita, mais muita perseguição política, já existia, porém neste ano foi mais clara. Motivo: conscientização dos alunos em sala de aula. Negaram-me até um colchão para dormir. Salário baixíssimo. E tantas outras. A proposta do Fundef – Fundo de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Fundamental e um futuro melhor para a Educação Brasileira.
Em mil novecentos e noventa e oito, o Fundef, realidade em Brotas de Macaúbas, surgiu, melhorando em muito o lado financeiro dos profissionais e fantasmas da Educação. Depois foi realizado um concurso público, no mesmo para a efetivação dos funcionários. Melhorias. Tranquilidade social e pessoal. Assim foi.
Em mil novecentos e noventa e nove, o Fundo Nacional de Desenvolvimento do Ensino Fundamental, encontrava - se no auge, com muitos recursos para os municípios. Começou então a sobrar. Maravilha. O natal deste ano foi muito gordo. Tivemos um abono natalino inesquecível, do qual tive a oportunidade de comprar uma propriedade no centro da cidade. Daí em diante, abonos juninos o outros. Curso de capacitação, lá vem a Consped de novo! Lá vem abono, diárias! Eta transição boa, maravilhosa! Dentre outros acontecimentos especiais.
Em dois mil. O bug do milênio, especulação, besteirol. O mundo vai acabar!
Que nada! Dois mil anos da morte de Jesus, o Cristo. Décadas se passaram após o holocausto de Hitler. 6 milhões de judeus assassinados. Não se mudou muito. As guerras continuaram. As mortes também e assim é. De dois mil para cá, o salário dos professores de quarenta horas congelou, petrificou. Bem, com exceção de que, começou-se a falar que a partir de dois mil e dez só trabalharia na área da educação, professores com nível superior. E ai? Depois de muito debate e discussão quiçá o profissional da educação seria valorizado. Ou não.
Em dois mil e cinco, falou-se sobre o CNS – Curso Normal Superior, que posteriormente passaria a ser alcunhado de Pedagogia. Todos deveriam fazer. Neste mesmo ano, fiz o vestibular – prova de aceitação – da Unifacs/Iesde e fui contemplado. Iniciei ainda em dois mil cinco, o CNS, tudo isto graças a Educação à Distância, no Ponto Operacional da sede, localizado na Praça dos Poderes, s/n. Uma experiência significativa. Muito aprendi e estou aprendendo. Para o profissional de qualquer área é relevante a capacitação. Ficar parado, estacionado no tempo não é uma escolha das melhores.
Em suma, cá estou em dois mil e oito, exatamente às 18 horas e 11 minutos, segunda-feira do dia 10 de março, redigindo este texto e pensando, foi bom? Sim. Está sendo ótimo. Neste momento estou fazendo o fluxo 08 (preparando-me ansioso para o nono e provavelmente o último). Praticamente domino a computação, sei o que é um giga, um megabyte. Compreendo a potência desta máquina maravilhosa, o computador. Tenho até um mp3 de 1 giga (ficou danificado, quebrou de tantos arquivos diversos retirados da web). Adquiri um pen drive fabricado na China que comprei na internet! Isto é excepcional! Antes deste curso não sabia tanto. Tudo isto, graças à Universidade de Salvador à distância. Ave tecnologia! Ave Ead! E os disquetes? Ultrapassados? Sem duvida. Conheci muito mais do que sabia. Nasci (vivo) mais uma vez há dois mil anos futuros, vejo a destruição dos cosmos pelo próprio homem. Este se quiser, com a tecnologia salva todo o mundo. Conheci a Filosofia da Educação; Sociologia; Psicologia; Matemática; Metodologia de Pesquisa – onde mostra as regras da ABNT; Fundamentos vários; Formação Docente; Pesquisa e Pratica Pedagógica e tantas outras. Excelente!
Logo mais em maio ou junho deste ano, concluirei. Festejarei. Escreverei um livro (quiçá). Contarei minhas experiências. Frustrações. Vitórias e tudo mais. Serei um excelente Pedagogo, senão, simplesmente professor. Em 2008. Dançarei muito. Comemoraremos juntos a vitória do homem sob o céu em favor da educação de qualidade. Assim seja!







Mas Ninguém vê isso



Poucos são aquelas pessoas que nos dão uma força, que nos levantam, nos apóia no momento em que realmente precisamos.
Muitos há que de uma forma ou de outra te empurra mais para baixo, com força.
Deus – o próprio – pai celestial nos pede que ajudemos uns aos outros, que sejamos solidários com os sofrimentos do próximo; daí a vinda de nosso Senhor Jesus ao mundo, em espírito e depois em carne: “e o verbo se fez carne e habitou entre nós”. Deus, Ele nos deu seu filho e nosso irmão, para nos guiar e dar exemplos de perfeição, de solidariedade e caridade, de afeição.
Somos filhos de Deus, desde o nascer, portanto, toda a nossa vida é d’Ele, pertence a Ele, porque somos d’Ele.
Deus, Ele nos fez sua imagem e semelhança, e programou o mundo à sua maneira, maneira essa simplificada, sem complicações. Nós temos a mania de complicarmos tudo e todos são complicados, enfim, pecamos.
Contudo, não percebemos que Ele nos deu o erro e o pecado para justamente sabermos o que é o pecado, o erro, e assim não errarmos, não pecarmos, mas não compreendemos.
Conheço uma grande expressão em latim, inclusive é lema dos jesuítas, que diz: “ad majorem dei gloriam”, ou seja, ‘para maior glória de Deus’. Tudo e todos é glória de Deus, tudo vem d’Ele, seja bom, seja ruim. É o Pai que nos coloca a mercê das tentações, para que saibamos aprender a enfrentá-las e vencê-las de forma heróica e divina.
Os sofrimentos, as derrotas, as inglórias fazem parte do mundo, como também o contrário delas, vivem juntos. O corpo não permanece sem o coração e nem o coração permanece sem o corpo.
O próprio Cristo – sofredor – para alcançar a glória, a salvação, passou por sofrimentos, angustia, calúnias, difamação, foi até crucificado, morreu pela cruz, na cruz imposta pelo homem egoísta, pecador do seu tempo. Tanto é que se diz de maneira contundente: “ad crucem ad et lucem”, ou seja, pela cruz se alcança a luz.
Soframos. Morramos. Saibamos a cada dia sofrer e morrer, sabendo que alcançaremos à glória – mesmo sendo pecadores – de filhos e filhas de Deus.
O ser humano, como Freud coloca, é um eterno insatisfeito. O homem, a cada dia, procura se transformar, mudar, o homem é uma metamorfose ambulante, é além de tudo, um processo em andamento.
Estou morrendo aos poucos e por dentro. Mas ninguém vê isso. Muitos há que me criticam.



Mundividência



Quando os homens se prendem às convicções religiosas, filosóficas e cientificas para afirmar suas crenças de detentores exclusivos da verdade, estão executando o mesmo erro: a incapacidade de perceber a construção dialética da verdade enquanto processo contínuo, sendo que o progresso que inventam mísseis e desvenda no fundo da matéria, grava a riscos de laser outro, outro desenho rupestre: o remoto ancestral não mais empunha uma clava.
Está sentado numa poltrona giratória. No visor do radar o século XXI. Suas mãos, ainda afeitas às lascas de pedra pontuda, dedilham botões de eficaz e mortífero aparato tecnológico. É o homem presente. Tão atual e tão rude quanto o avoengo da caverna primitiva.
Entretanto, enquanto somos cada vez mais adultos tecnologicamente, rejeitamos a responsabilidade do amadurecimento moral, sendo que; nenhuma ética ameniza os meios de conquista do poder.
Ao falar da tecnologia evolutiva, militarizada; não mais precisamos lavar as mãos depois de matar. Elas permanecem limpas. O sangue deságua distante. Onde os mísseis alcançam. Pergunta se então: “valeu à pena?” O poder é bem maior, mas a alma continua pequena (Fernando Sabino).
A partir do pensar, conseguimos de certa forma raciocinar, mas, sabe-se que a loucura é um estado resultante de uma percepção alternativa dos fatos, como modo de substituir o desprazer experimentando diante da configuração da realidade circundante. Se os acontecimentos são desfavoráveis à minha busca de prazer, fantasio outros acontecimentos mais satisfatórios. “É a constante opção pelo principio do prazer, em detrimento do principio de realidade” (Freud). Este me leva a habitar permanentemente o reino da fantasia. Esta viagem sem retorno caracteriza os estados chamados de loucura.
O mundo real por si só é uma loucura. “Mas, o que é no fundo a realidade senão uma idéia geral e abstrata que existe em nosso espírito? Os limites do meu mundo.” (Condillac e Ludwig). “A linguagem é o meio por excelência do conhecimento humano. A linguagem é tão velha como a consciência: é a consciência real, prática, que existe também para outros homens”. (Freud, Marx e Engels).
É provável que o pensar fosse originalmente inconsciente, na medida em que ultrapassava simples apresentações ideativas e era dirigido para as relações entre as impressões de objetos, o que não adquiriu outras qualidades perceptivas à consciência até haver-se ligado a resíduos verbais.
Pensar em figura, portanto, é apenas uma forma muito incompleta de tornar-se consciente. De certa maneira, também ela se situa mais perto dos processos inconscientes do que o pensar em palavras, sendo inquestionavelmente mais antiga que o último, tanto ontogenética quanto filosoficamente.
Analiticamente a boa linguagem, é sem dúvida nenhuma essencial para uma boa comunicação. Comunicar-se, pois, linguisticamente bem, deriva-se um bom conhecimento social e político.



Sentir e Tocar



Quando sentires que estás morrendo por dentro, exteriorize seus pensamentos, deixe claro para o mundo os teus sentimentos mais profundos, alivie teu espírito e viverás.
As flores, elas são como a áurea divina: são incomparáveis.
Os bichos, a natureza, são partes integrantes e essenciais do mundo. Elas falam a língua dos homens, mas, os homens não as compreendem.
Ser homem, mediante quais quer que seja o desfio, engrandece e enriquece a alma humana.
As esperanças se renovam, novo dia amanhece, raios de sol resplandecem, novas portas se abrirão, o homem irá se vê, diante do espelho irá se enxergar e acreditará no amanhã, sentirá e tocará. Verá que pode crescer e se multiplicar um dia, na plenitude do Pai.
Estou morrendo aos poucos e por dentro, mas ninguém vê isso, muitos há que me criticam.
Noite fria. Corpos quentes e ardentes, como se fossem navios em porto, porto este de amor, pecados à parte, homens em fogo.
Corações em chamas, pensamentos ligados em um só tendão. Morreram.
De amor viveram. Em chamas estavam. Entre brasas gozavam de único ardor, de único prazer. Insanidade inconsciente. Amor na superfície, barcos a tona, bocas coladas, beijos ardentes e corpos em suor. Viveram!
Beijos!
Noite oculta, calor, alto astral, beijos, carícias. Despimentos, abraços, carinhos. É um sonho. Sonho?
O céu partido. Boca entreaberta, sentimentos.
A moça bonita, olhar atraente, corpo sensual, pecado!
Maçã, corpo aberto, sensual, no ato, o cheiro cremoso do sexo invade os espaços.
Solidão. Mera solidão, ser solitário. Pecador.
O corpo ardente, o carnal, as hóstias se partem, o homem peca, foi o mal.
Ser vivente, beijando inocente, o que é real. A filosofia deixou de existir, permaneceu a utopia.
Carinhos, apertos, angústias, “sexo” ou “logia”, penetrantes palavras (verbus), mexem com o corpo e alma do homem carnal, mundano.
Beijos quentes, ardentes, tocantes, profundidade, genital em fogo, coração em brasa.
Morrer, viver, entre as partes da maçã e o delírio do sugar.
Menina moça, com seu calor atrai o homem, cai. Parte integrante do viver do homem, e, esse por isso morre de amor e tesão.
Menina moça, morena sensual, ser inspirador de uma ardência incontestável. Sem limites.
Melancolia!
O ser de muitos amores, de grandes paixões. Chorei.
Noite!
Ser suprema que esconde as delícias e os medos dos homens amantes. Pecadores.
Musa!
Que oculta os segredos dos homens. Má conselheira, musa imprudente e perene, causal, adjetiva.
Noite de lua. Desejos selvagens inspiram e adentram na alma do ser (humano, pecador, profano carente).
Pecado! Dormi sonhar, fazer amor e amar. Acordar dormindo e continuar.
Lá estava despida, a lua banha seu corpo com sua luz ofuscante, lua cheia de amor, ardendo nas partes de um ser celestial, dividida entre o amor e o pecar. Pecado!
Ah! Pecado! Quão grande és pesado o teu fardo – mal – mas, faz tão bem pecar, logo, é dom de Deus, portanto, divino.
Fruto do amor é a dor; elemento que agarra e segura, faz sofrer e depois abandona. Carrasco!
Chorei!
Senti na pele o calor, como de uma bala cortando os meus intestinos. Sofri. Magoei.













Tédio



Amor!
O amor é triste quando sentimos saudades do calor e do suor de um corpo, quando existem mágoas. Dor!
Cura!
Ser forte, quando sê necessário; amar quando não for mais possível; ter fé e ser fervoroso. Fatores essenciais no ser vida. Utopia.
Memórias!
Eu estava só, em noite fria, ela veio e me abraçou – abraçou-se em mim – nossos corpos ardentemente se tocaram e o “nervo” enrigeceu-se, nos beijamos e aí mesmo – tempo – nos amamos. Dormimos.
Acordei!
Suado e com dores, foi o sinal, era a prova. O morto acordou, vi-me com um rasgo nos ombros, era o canal. O tiro foi só de raspão. Salvei-me.
Senti!
A moça estava lá, era uma deusa belíssima, alumiada por Deus. Uma aurora, um corpo instrumental, sensual, memorial. Relevei! Fui às nuvens e voltei.
Á real!



Medos



Era noite alta, mais ou menos, 12h30min e eu estava lá, sozinho, pensativo.
Meu corpo não mais obedecia ao comando da minha mente, as dores aumentavam, o mundo (o meu), estava se partindo em várias partículas.
Ali estava eu, com medo.
A minha mente parecia um quadro negro e limpo – sem nada – era como se tivessem tirado, extraído todo o conteúdo dela. Minha boca parecia fel, os membros se encontravam fracos e sem vida. Senti morrer.
Sentir surgir em meus músculos, bolinhas, como se fossem de borracha, só que doíam ardentemente. As pessoas perguntavam: “que sentes tu”?
Como se tivesse um pesadelo, articulava: “sei lá, eu!”.
“Medos” era o que sentia eu, tremores sacudiam minha mente, a massa cefálica, parecia desmoronar-se, os pensamentos fluíam e esvaiam-se de maneira obscura, sem clareza.
Sussurrando, como telepaticamente, dizia, tentava articular para as pessoas, frases soltas como: “eu estou morrendo aos pouco e por dentro, mas ninguém percebe isso?”.
O meu mundo não é daqui; nesse mundo precisamos nos humilhar às pessoas, para vivermos com dignidade – para o mundo que eu quero descer – loucura enlouquecida, sê justo tal coisa? O mundo meu não é esse aqui.
Expressões inevitáveis, porém sem eficácia alguma. As pessoas pareciam não ouvir, ou não queria escutar. Apenas olhavam-me e riam.
As expressões faciais daquele povo eram mudas, não tinha gestos, não se denotavam emoção alguma. Parei!
Continuei. Logo a seguir estimulei-me a articular, consegui: “toquem-me, por favor, peguem-me, vejam minhas feridas, estou morrendo”.
Quando dei por mim, percebi, era uma visão, noite alta da madrugada, seria mais ou menos, 1: 00 h.
Levantei-me cedo e coloquei-me de pé. Era uma visão.
Eleva-te às nuvens de teus sonhos e liberta-te de tua ignorância. Veja o mundo de forma eficaz e sobreporá sobre tudo o que te incomodas. Não há vitórias sem lutas.










Objetivas



Ame de maneira paciente e tolere de forma amorosa, lembre-se que não vivemos para sempre.
Conheça-te a ti mesmo e depois procure conhecer as pessoas. Perceberá que teu relacionamento será bem mais profundo e mais compreensivo.
Seja tolerante nas pequenas provações e será grande nas imensas tribulações.
Íntimo, é ser de Deus o homem que Ele criou; imagem e semelhança.
Sobreponha à natureza humana e adentra-te à natureza Divina, verás que o mundo tem saídas.



Temores



No (meu) quarto senti o íntimo arder, o coração bateu forte, tive medo. Éramos três na noite. Obscuras saídas. Calculei. A respiração do meu companheiro de ambiente, fosse como fosse, parecia parar. Preocupei. Ele roncava e eu acordado fiquei, percebi, fui bobo. Ele riu de mim!
Analisei ainda acordado: que ar de soberano, que dono da noite, que dono do mundo, que pensas ele? Seja dono do quarto. Conclui. É o sono.
Passei a noite, perdi o meu.
Risonho. Pensei: que bobo fui eu, nem cochilar, cochilei. Tive noite de rei, rei da escuridão, vacilei. Despertei, deturpado e sonolento durante todo o dia fiquei.
Censurei o companheiro: que ronco tu tens, meu amigo, parabéns! Dormiu bem? Seja possível partilhar comigo esse segredo? Compreendi, assim fiquei, cada um no seu quadrado. Quem quer ser rei que o seja!
O segredo é fechar os olhos, dormir e sonhar, sem pensar em querer incomodar.










Desejo



Na noite, pressão,
Busco teu corpo,
Faminto, louco pela nudez de suas formas que em seus humildes relevos, repasto-me e aconchego.
Na noite, pressão,
Busco seu corpo,
Em você me encontro.
E com você viajo em noturna cavalgada,
Num dorcel de linho de linho e plumas.
Na noite, pressão,
Procuro seu corpo,
Faminto de sua alma. Desejo.



Delírios



Possível ser. À tarde, sonhos. Sonolência. Vi-te à minha frente, nua estava não!
Olhava-me e sorria, eu, olhava e te imaginava; sonhos. Tirastes a roupa, a de cima, ficastes com as íntimas. Delirei. Em seguida, continuou. Vi-te nua vinda em minha direção. Delírios. Possível ser. Entre beijos e afagos e respiração acelerada, caímos. Entre suores e gemidos, nos amávamos. Delírios.
Á tarde, na sala, vi-te de roupa. Sonhei.
Dulce, doce, neia, perfume, fogo ardente, brasa, imaginei. Teu andar, tua maneira, teu jeito, induz a um só pensar. Desejos.
Possível ser. Sê possível te ter, puder te tocar; teu perfume, teu desejo, teu cheiro de fêmea sê embriagador.
Delírios, coisas do pensamento, imaginação, prazer astral, vê tudo de forma global. Pensei.
A deusa estava lá, toda astral e sensual, iluminada, uma aurora em dias tenebrosos. Conquista. Sedução.



Diversos



Fazer parte de uma comunidade,
Pertencer a um grupo é algo de
Extrema importância à vida.

Ser compreensivo,
É comemorar a cada dia a vida
Oferecendo-a para Deus.

Receber o pão e distribuí-lo,
É partilhar a vida de Cristo
Com os irmãos.

A fraternidade é lugar
De comunhão entre e
Para todos.

Confraternizar é viver com a
Família e na fraternidade
Em união eterna.

A noite era temida e
Ao mesmo tempo,
Misteriosa.

Celebrar a vida é sem dúvida,
Um dom de Deus,
Uma benção do Espírito Santo,
Uma graça do filho: Jesus Cristo.

Os momentos existem.
Devemos, pois memorizá-los
Para não mais esquecê-los.

A vida possue bens que nós
Ainda não os conhecemos.

Descontração faz bem,
E bem é descontrair para pudermos Ser sempre alegres.

Saber viver a vida como ela é,
É dar tempo para os problemas e para se próprio.

Há tempo para tudo.
Tempo para se divertir,
Tempo para sonhar,
Tempo para realizar os sonhos.

O que dizer para a vida,
Se a vida já nos diz tantas coisas.
Devemos, pois ouvi-la,
Para o nosso bem.

Lugares belos existem,
Mas, não tão belos quanto os
De nossa infância.

Ser belo é estar no alto da montanha e,
Vê-se no ápice da glória de uma vida.

Eu me amo,
Eu me adoro,
Porque sou imagem e semelhança de Deus.








Singeleza



As pessoas são como flores
Mas, a diferença são os desabores.
Dos amores.

As flores na luta labutam
Para dar o frescor na manhã
Singeleza na presença dos homens
Que amam.

Nada mais “gracinha” que o amor;
Na dor, no labor, na amizade, nos casais.
Na flor.

O poeta nasce das pequenas coisas
Das dores, das alegrias, das guerras,
Da paz.

O ser humano, porém desumano.
Igualmente mano dos irmanos.
Desumanos.



Alfa e Ômega



Aqueles teus olhos azuis coincidindo
Com as águas azuis dos mares do sul
Pareciam astros iluminados no espelho
Sideral.

Amor, como teus olhos transmitem.
Ardor.
A força no labor deixa-me transpassado
De dor.

Que dor; vida plena amarga, quebrando.
As amarras, vencida, adormecida, vivida.
Entre o alfa e o ômega.
É o fim.

Olhos de águia, vivos, faiscantes e
Audazes.
Neles voavam pensamentos cheios
De sentimentos. Adormecei.



Sideral



Há aqueles que morrem de amar.
A vida é combate e labuta.
Viver é lutar.

Há aqueles que querem amar
Sem lutar, luta-se, morre-se, vive-se.
Por amor, (com) sem sabor.

Frutos amargos de amargura
Soldados da paz de armadura
Guerra dura e sangrenta, massa fria.
E fraudulenta.

Homens, seres mundanos e humanizados.
Somos nós; seres audazes e sobremundo;
Seres universais; carnais; espirituais!

O poeta deve ser algo solto,
Vagabundo, sem vergonha, mas acima de
Tudo, poeta.



Apelo Real



Não façais assim, meu irmão,
Não morrais jamais; viverás eternamente!
Obrigado! Meu irmão, de ti,
Necessito para viver bem e em paz!



Astros



Estrelas são seres iluminados.
Astros com brilho próprio e melancólico,
Seres astrais e siderais alados.

Astrologia, estrelas guias,
Pedras, fragmentos cheios de manias.
De certa forma isto tudo me
Arrepia.
Meteoritos, feito de granitos,
Que gritos, horríveis na noite,
Que boite!
Que açoite!

Mulher, fênix negra, mágica,
Misteriosa, facina o homem e mata.
De prazer, de fogo,
De gozo. Sensual!



Mutantes (In sala de aula)



As pessoas são mutantes;
As adolescentes são debutantes;
Os seres humanos são amantes;

Ser ou não ser; és a questão,
As dores são coisas do coração,
A maioria das pessoas vive dá
Paixão.

Oh! Dor, que rima com amor;
Oh! Amor, que rima com ardor;
Oh! Ardor, que rima com labor.

A tua maravilhosa beleza,
Está sempre junto da tua pureza,
E fazendo mistura com tua singeleza,
Transforma-se somente em candura.

“O céu é azul,
O quadro é negro,
Gosto muito de você,
Meu amigo Pedro.”



À Morte



De tudo que existe sobre a terra, embaixo do sol,
Existe a vida e a morte.



Senhora soberana, dona por sinal, sim, da paciência, doutora de esperar.
O ser caminha entre vales e desertos, tem problemas e sai deles, entra noutros e torna a sair, ou mesmo sem tê-los ocorre o fato. Morrer.
Precisamos, pois, ter em nossas mentes, concretamente que: como existe a vida, existe também a morte, sendo essa última inevitável.
Ser vivo e ser morto são apenas uma questão de visão, ou seja, cada qual vê e compreende de uma maneira.
Ser vivo, está vivendo dignamente sem dilemas, sem acasos, às vezes, mesmo em vida nos encontramos mortos sem estímulos vitais.
Ser morto, enfim, não passa de um processo em andamento. Morreu. Acabam as emoções, os sofrimentos.
Ser vivo e ser morto, concluindo, é um eterno processo em andamento.
Fazer parte da terra, viver embaixo do sol, estar vivo, estar morto, no fim acaba sendo sempre a mesma coisa.
O ser humano é emoção atrás de emoção, nostalgia atrás de nostalgia.
Enquanto estamos em vida, tudo queremos, nada é suficiente. Estamos sempre à procura de algo, esquecemo-nos que – cada um – nada somos, além de um contínuo projeto em desenvolvimento, em construção. Morremos sem nada saber, insatisfeitos.
Acaba-se a vida, acaba-se tudo, porque nada somos, além de simples pó, “se do pó viemos, ao pó teremos que voltar um dia”.
Em vida sofremos, sorrimos, colocamos, pois, os sentimentos para fora, nos exteriorizamos.
Em morte física e mental, morremos, acabamos por acabar, sumimos, o espírito se vai e o corpo falece, interiorizamo-nos.
Sentimos emoções; coisas, elementos que ficam para trás. Morremos.
Precisamos acostumar com a morte, mas ela, dona da paciência, não nos dá tempo. Somos todos inquietos, impacientes e sempre colocamos a biga na frente dos cavalos, somos imprudentes. Ela nos espera, sem pressa. Se corrermos, nos alcança, se ficarmos estacionados. Nos segura.
Não tem jeito para a morte. Ela é verdadeira e não engana ninguém. Não é falsa. Porém é imprevisível, quando vem, não avisa. Às vezes é piedosa e dá tempo e dá um toque, mas esquecemos. Devemos esperar pela morte – rainha da escuridão – porque se há vida, há morte.
Morte, dona do esperar, preguiçosa na caminhada, mas sempre chega onde quer. Aprendamos com ela e seremos felizes, não a esqueçamos e viveremos.
Morte – singela dona – e detentora da escuridão e da luz. Dona sombria, mais amiga da gente que somos detentores do saber e do querer ter; dá exemplos para muitos, mas, por não querer enxergar-la deixamos à esquecida, de escanteio.
Como somos cegos, não conseguimos vê as coisas a um palmo do nariz e não percebemos o que e quem caminha ao nosso lado. Morte desculpe-nos!



Juazeiro



Nenhuma queda poderá destruir completamente uma pessoa. É preciso recomeçar sempre.
Sê possível vê o juazeiro mostrar fraqueza, mesmo em tempos de seca, de dureza e difícil penetração da água na terra?
Juazeiro! Ah! Juazeiro, venho a ti para te louvar, árvore frondosa, resistente e persistente. Ensina-me a ser como tu és.
Árvore divina, dádiva do Criador, poder quase absoluto do sertão, mostrou-me os caminhos de tanta força. Doce harmonia entre o inverno e o verão, poder absoluto no sertão, na seca em tempos de aragem, árvore bela de Deus.
Quando estou triste, sem forças que a vejo, declino-me e rogo-te, que me dê força e coragem para lutar e vencer também as durezas da vida.
Deus a te criou e deu-te à vida formosa e forte, louvado sejas, tu e nosso Pai. “Ser ou não ser, eis a questão”, filosofou William, grande mestre, tu és ser do Ser, para sempre. Teu lindo e persistente verde a mim dar forças, e, faz com que nunca esqueça as esperanças de um dia – depois de muita luta – vencer.
Sendo assim, oh! Peço-te ainda mais, Juazeiro que continue a mostrar às pessoas muita força e coragem, para que elas sigam teu exemplo e continuem a lutar, para um dia sem perder as esperanças, a vitória alcançar.







Viver Enquanto é Tempo (Coélet)



Doce é a luz, e agradável para os olhos ver o sol, se o homem viver por muitos anos, procure desfrutar de todos eles; mas lembre-se dos dias sombrios que serão muitos, pois tudo o que acontece é fugaz.
Jovem alegre-se na sua juventude e seja feliz nos dias da mocidade. Siga os impulsos do seu coração e os desejos dos olhos. Contudo, saiba que Deus vai pedir contas a você de todas essas coisas. Expulse a melancolia do seu coração e afaste do seu corpo a dor, porque a juventude e os cabelos negros são fugazes.
Antes que o fio de prata se rompa e a taça de ouro se parta, antes que o jarro se quebre na fonte e a roldana rebente no poço. Então o pó volta para a terra de onde veio, e, o sopro vital retorna para Deus que o concedeu.
Ó suprema fugacidade, diz Coélet; tudo é fugaz.
Tema a Deus e observe seus mandamentos, porque esse é o dever de todo homem. Deus julgará toda obra, até mesmo a que estiver escondida, seja boa, seja má.







Complexo e Perplexo



Fosse como fosse os acontecimentos, os fatos, minha vida parecia estar desmoronando. Era como se estivesse deixando escapar tudo por entre os dedos. Sentia medo, afinal o meu sustento provinha do meu trabalho, no entanto, sentia medo de não mais arranjar o que fazer para sobreviver. Sofri. As coisas, os elementos eram fugazes, porém para os homens interessava “o concreto” era o que interessava, tinha relevância. E o concreto eu não tinha e o que pensava ter estava fugindo de mim. Sofria.
Meu Deus, como amo Brotas e por amá-la é que sofria, sabendo que dia menos dia teria de abandoná-la e aos meus, por causa dos meus medos. O que fazer? Perguntava-me a mim mesmo.
Precisava encontrar um meio, mas estavam meio complicadas, as coisas, os fatos não se mostravam claramente para que pudesse agir. Sofria.
Pensamentos absurdos invadiam minha mente e absorto ficava em minhas idéias, em absoluto corria-me um calafrio por entre as costelas e preocupava-me o óbvio, o que não pudia evitar, o inevitável.
O homem é sem dúvida um ser complexo e perplexo nas coisas da vida, é um ser em existência, portanto, existencial. Sofria eu.






Os Filhos do Sol



O cedro. Madeira de lei, reconhecido por sua frondosidade e firmeza.
A ecologia. Ciência a qual estuda e cuida da vida dos seres, tanto vegetal como animal, conflitua as forças cientificas de certas espécies vegetais, como o cedro. Essa árvore serve como comburente nas fornalhas, essas, feitas de pedras, e nelas cozinha-se o caldo da cana para a produção da rapadura.
Do mar retiramos pedras preciosas, por nome pérolas, essas vendidas como jóias, preciosidades estas que dão lucro. Daí os joalheiros negociam essas preciosidades e com o dinheiro conseguido, compram seus belos carros, suas belas mansões e conseguem belas mulheres. Levam seus filhos para tomar sorvetes e deglutir gostosos picolés.
O homem por si só é egoísta e em geral se acha muito auto-suficiente, daí deixa de lado a busca e passa assim ao comodismo. Ser absoluto é procurar estar sempre vivo e com os pés no chão, sentir a terra é como se fosse uma gostosa terapia.











Dúvidas



No meu caminho tinha uma cruz,
Tinha uma cruz no meio do meu caminho,
Uma cruz, no caminho tinha, meu,
No caminho uma cruz, tinha,
No caminho meu,
Cruz...
Ora, ou era uma pedra? De tropeço?
Ou era uma espada? Será? Não sei!











Eros Falido



Decifrei o código do matrimônio ou união estável. Bem, como queira. O pobre continua com aquilo que se tornou para ele um erro, porque não tem como arcar com pensão alimentícia.
O rico não. Ele percebe o erro e o desfaz na primeira oportunidade que há. Bom, nem sempre.
Ninguém é obrigado a viver com ninguém. Mas, também não são obrigadas a passar fome, necessidades diversas. Ai vem os olhos dos filhos – quando possuem – te censurando.
Sei lá. O namoro é bom. Tudo novo. Romeu e Julieta. Príncipe e Princesa. Amor e amorzão. Criatividade não falta. Compreensão então: “tudo bem amor! Eu entendo”.
Quando não há nada disso, bem, cada qual para seu lado. Ai aparece os bons samaritanos, quiçá, Judas: “viu, não te falei”. “Tentei te avisar”. “Não vale nada”. Quem? Ela? Não!!! Ele. Terminam-se tudo, simplesmente.
O casamento é um laço perigoso, seja religioso ou civil é sempre um laço. “Se casamento fosse bom não precisaria de testemunhas”, alguns arriscam dizer. Ocorre tudo: amassos, brigas, desunião, sexo... Aí... Falta amor, carinho, caridade (para o casal), compreensão, tesão, satisfação sexual e afetiva, enfim, tudo.
Questionamento surgiu: ele que era sempre espada, bom de cama (amante), deixa se ser. Ela, sempre doce, meiga, carinhosa, cheia de fogo, boa de cama (amante), compromissada, se torna e se transforma numa... Serpente? E o pior! O culpado na boca do mundo e da mulher e dos da mulher é sempre... Quem? O homem. O esposo! Claro. Se ele trai e que traia, ela (a esposa) sempre com a razão. Se ela... Ah! Ai é que está. Ele tem que provar concretamente. Se possível testemunha ocular juntamente com provas óbvias.
Ó mundo! Ó vida! Ó traição! É assim. E assim é! Dizem que a justiça é cega para não tomar partido de ninguém. Pois ta! E os homens (da lei) que exercem? São também?
Eu amo. Ela ama. Nós amamos. E todos fazem... Amor. É. Assim é.

























Agapê da Vida Terrena



Infunda promessa da perfeição. A Deus pertence todo o poder e a glória.
O mundo atual demonstra através de exemplos diversos, a ineficiência de Deus nos corações do homem. Este (o homem), afinal, na sua imperfeição é Deus? A saber. Somos minúsculos deusinhos. Logo, filhos de Deus.
Quando, então, agimos como tal, torna-se um grande perigo. Jesus na sua perfeição era Deus. Mas, por ser Deus, não era homem? A saber. Filho Ele era de homem concebido pelo poder do Espírito Santo de Deus. O que fundamenta a teoria de que o Cristo não teve relações humanas sexuais com uma mulher? A saber. Maria Madalena.
É certo que Jesus era judeu e todo o povo judeu para poder exercer a função de evangelista deveria antes ter uma esposa. Teoricamente deveria ser assim. Fato: Ele veio para mudar as mentalidades do povo do mundo e estes não o compreenderam. Logo, o crucificaram. Esse acontecimento ocorreu porque Ele desejava transformar o mundo. Fato ou boato: Constantino o santificou para evitar rebeliões e revoluções e mortes a sua política governamental. A saber. Jesus era de fato um grande sábio em e com suas idéias.
Nunca em momento algum quiseram mudar essa concepção. Jesus, homem santo, filho de Deus ou apenas um grande revolucionário político de uma época. O qual marcou e imortalizou sua história pela sua morte na cruz. História está, divulgada em todo o universo conseguindo milhares de fieis? Mas, e, o livro Santo, a Bíblia? É tão somente um registro histórico? Algo sagrado? Escrito pelas mãos de homens super inteligentes inspirados por Deus?
É fato: houve um homem chamado Jesus e logo mais recebeu o sobrenome de Cristo (sofredor). É fato: houve, também segundo a história, 12 discípulos. E é fato também que há um grande mistério na construção do universo e de seus seres. Há um Deus? Ou apenas cosmos? Ou os dois ao mesmo tempo. De onde realmente veio o homem e os outros animais?
Fato: os seres não vieram e não foram criados do nada. Há uma resposta e uma reação para cada ação.
Por outro lado, o próprio homem condenou este universo. A destruição está em tudo e todos. Este ser (homem) contemporâneo e histórico, afirmativamente, definitivamente não é Deus.
Porque Deus, Pai da criação, construtor do universo, não acabaria, não destruiria – contrario aqui neste instante o que relata o velho testamento – a sua obra prima: o mundo natural.
A criação do homem no estado natural, pensando divinamente, foi um erro, pois o bicho homem destrói e mata, simplesmente.
Deus pensou o mundo e a vida vegetal e animal no universo, de forma simples. Para que todos pudessem viver em harmonia e em paz. Mas, não foi e não é bem assim.
O homem é algoz do próprio homem. Não poderia ser de forma alguma, ágape da vida terrena. Só Deus pode. Pois, o amanhã a Ele pertence. A ninguém mais pode ser.
























Onde



Onde se encontra a geografia?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra as estrelas?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra o ar limpo?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde estão às pessoas de bem?
Se você não sabe, muito menos eu...

Onde se encontra a solidariedade?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra a dignidade?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra a compaixão?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra a paixão?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde estão os guerreiros do amor?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra a compreensão?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde estão às pessoas de bem?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde estão às pessoas de caridade?
Se você não sabe muito menos eu...

Onde se encontra o poema?
O poema está ai, solto.

Onde se encontra a verdade?
A verdade está dentro de cada um de nós.







Solilóquios



Vamos soliloquiar? Soliloquiaremos? Soliloquiarei para redigir.
Soliloquiava embaixo de uma mangueira sobre como encontrava a minha vida naquele exato momento. O porquê de algumas coisas não irem muito bem. Soliloquiando fiquei. Sozinho me encontrei pensando estava em como morre um poeta. A vida é bela. Filme dramático que conta a história de duas vidas – pai e filho, onde ele, o pai, tentava de todas as maneiras fazer com que seu filho não percebesse e não sentisse os horrores de uma guerra alucinante que só e com outros e outros destrói. Mata.
Soliloquiava de forma que não percebesse o quanto às pessoas do mundo nos agride e nos machucam com palavras e ações. Soliloquiava porque não tinha exatamente com quem dialogar naquele exato momento. Não é fácil. Alías se torna fácil. Logo o mundo é solitário. E eu me fiz solitário por opção. Não dar para confiar na gente sem confiança do mundo. Os solilóquios são importantes para o crescimento social e moral do ser.
Não dar para colóquios. Logo colóquios exigem que outros participem da conversa. E ai há gente. Gente é deprimente. Gente é complicada. Gente é mais difícil lidar do que um animal. Animal é complicado. Animal é deprimente. Não dar para soliloquiar com um animal. Animal escuta em preto e branco e vê também. Soliloquiar não é fácil. Soliloquiar é soliloquiar. Ser sozinho também. Albert Einstein solitário. Soliloquiava. Foi um grande cientista solilóquio. Deixou como herança para o mundo, grandes descobertas científicas a partir e com a contribuição do solilóquio. Logo, soliloquiar é bom. Eu solilóquio. O solilóquio faz crescer.
Os solilóquios são relevantes para a vida em comunidade. Quando você fala. Antes você pensou e soliloquiou. Soliloquiando chegou a alguma conclusão interessante. Desta forma participou, através do colóquio, para alguém desta sua conclusão e este alguém conseguiu concluir o raciocínio a partir da sua conclusão soliloquiada.
Daí soliloquiar é bem interessante, é importante soliloquiar. Quando soliloquiamos e passamos adiante este solilóquio, podemos até salvar o mundo e as pessoas do mundo. Jesus, o Cristo, antes de salvar o mundo e as pessoas do mundo e morrer crucificado pelos pecados do mundo, soliloquiou. É. Soliloquiar é bom. Faz bem também soliloquiar. E soliloquiando podemos também contribuir para a salvação desta humanidade transviada e hipócrita. Soliloquiaremos, pois.












Amizade e Compreensão



A amizade é uma troca de experiências, em que ambos se entendem se compreendem e se gostam. Ela quando é sincera se torna gostosa e agradável.
Através da amizade conseguimos solucionar alguns problemas.
Quem é amigo, discorda e concorda dentro do limite. É sincero e procura respeitar ao máximo o próximo.
A compreensão deve ser constante em nossas vidas.
Aquele que ajuda um amigo a fazer o errado, não é um verdadeiro amigo.
Quem é realmente amigo socorre em todos os momentos da vida.
Amigo não tem distinção de raça, cor, classe social e outras situações sociais. A vida é bela para quem ama.
Sabemos que temos um amigo inseparável, que nos ama e que nunca podemos esperar uma traição: Jesus, o Cristo.



O Evangelho segundo Herbert de Souza (cito meu)



O grande e polemico sociólogo “Betinho” outrora dissertara abordando o tema ‘esmola’. Ele dizia que nunca conseguia deixar de dar esmola. Quando via uma pessoa em miséria absoluta, metia a mão no bolso e dava uma ajuda. Naquele momento em que recebe uma esmola, a pessoa excluída de um processo social injusto pode comer alguma coisa. Em tese, pode ser correta esta idéia de que “dar esmola não é bom nem para quem dar nem para quem recebe”. Mas, na pratica, a realidade é outra. Quem pede esmola está ou deve estar com fome. Vivo esta contradição, e acho que é a mesma coisa que, no fundo, todo mundo vive. O ideal seria um mundo sem esmola, em que todos tivessem emprego, ganhasse seu salário, tivessem a sua dignidade, sua cidadania resguardada. Mas, infelizmente, nós vivemos em um país onde 20% da população vivem na indigência.
Com tanta miséria, o que eu vou fazer no momento em que um menino, com fome, descalço, visivelmente fraco, me pede uma esmola? Vou dizer para ele: não, vá trabalhar! Não posso dizer isso. Essas campanhas como “não dê esmolas” só terão validade se antes for criada uma alternativa verdadeira. Se não, tornam-se perversas. Na situação atual, negar uma esmola a um excluído é um ato de insensibilidade. Não é difícil acabar com a miséria no Brasil. Mas não basta apenas o discurso. A comparação entre o que se faz na área social com o que se faz para salvar bancos ‘em falência’ é válida, porque para algumas coisas no Brasil somos rápidos e eficientes, mas, para outras, somos lentos e ineficientes, como no trato da questão social.
A miséria é uma vergonha para todos nós e, às vezes, chegamos a nos sentir cúmplices. Em alguma medida podemos ter responsabilidade, uns, muito mais do que a maioria. A esmola não é alienante, a não ser quando é a única ação contra a miséria. Eu não posso ao ver uma pessoa cair na rua, dizer comodamente: um médico é que deve atender você. Acho que contemplar ou passar por cima é a pior ação que uma pessoa pode fazer.



Ressalva Relevante, porém, Burocrática.



Num dado momento, contradizendo a teoria citada anteriormente sobre a esmola, Alda Marco Antonio ressalvou a questão dizendo que a esmola é o que se dá por caridade a alguém que necessita. Devia ser evitada e utilizada em último caso, quando todas as outras alternativas falharem. A todo ser humano, qualquer que seja a situação em que esteja vivendo, é preciso garantir dignidade. Desde o direito a privacidade, ao livre arbítrio, à educação, até o direito ao trabalho através do qual se entende que a própria pessoa possa administrar sua vida e obter o que necessita para viver.
Quando uma família se desestrutura, quando enfrenta alguma tragédia, doença prolongada do chefe, ou alguma impossibilidade para o trabalho, deve-se entender que esta situação não é deficiente e tem que ser encarada como passageira. Neste momento, quando se recorre à esmola, leva-se junto com ela também a humilhação, o rebaixamento à condição de favor. Ou seja, junto com o ato da caridade está implícito o ato de vontade: dou porque quero, não tenho obrigação.
Com a esmola o direito acaba e o necessitado perde a condição de ser humano sujeito de direitos e passa à condição de objeto que vai receber alguma coisa dependendo da vontade de quem dá ou de quem a administra.
Por não se tratar de direitos, a administração da esmola também não tem critérios objetivos, ou seja, dá-se sempre a quem vê, a quem está mais perto e nem sempre a quem mais necessita.
Uma sociedade que conta com políticas públicas para crianças, idosos, doentes e desempregados não precisa lançar mão de esmolas (será?). A manutenção de políticas sociais estáveis, além de garantir a universalidade do atendimento, ou seja, o serviço ou o beneficio tem que atingir a todos que dele necessitam.
A esmola só serve para deixar em paz a consciência de quem a dá. Ainda assim, a paz é falsa.




















Esbodegar



Esbodegado estou. Cansado de uma vida de aparência, de máscaras. Esbodegado de uma vida esbodegada. Ligo a televisão e nela vejo programas esbodegados. Esbodegarei a vida de forma plena, vida está artificial, melancólica, brava. Mas, significativa, prazerosa.
Esbodegar significa exatamente cansar de alguma coisa ou de algo. Significa exatamente estragar tudo ou quase tudo. Não sei. Sei que a Língua Portuguesa é linda. O grande Manuel Bandeira que o diga. Louvado seja!
Vou viajar a Brasília e na oportunidade passarei pelo congresso nacional e aproveitarei para esbodegar definitivamente a pose destes políticos demagogos brasileiros e antiéticos, definitivamente. Não mais comprarão e não mais farão excelentes castelos e mansões com dinheiro público e nem sequer brincarão de mocinhos e bandidos entre si. O partidarismo acabaria. Será?
Esbodegaria as obras faraônicas e faria com se transformassem em obras arquitetônicas e simplesmente serviria as para que o povo as pudesse usar para o bem comum de toda a nação.
Esbodego-me de tanto esbodegar, mas não pararei de esbodegar até que por fim tudo se tenha consumado. Esbodegaria todo o mal que há na terra e as pessoas felizes ficariam para sempre. Ou não. Porque elas são inconsistentes. Logo, já as havia testado. Porém, valeria ao menos tentar a felicidade de todos. Que somos nós.
Esbodegar é uma maneira que todos têm para poder reclamar das coisas que não vão bem em suas vidas e aí acabam por esbodegar algo. Sei lá, mais ou menos assim. Para dizer chega!!
Quando quer quebrar uma janela do vizinho para se vingar de alguma coisa que este fez, vai lá e esbodega a janela dele. Sei lá.
Quando quer dissertar para alguém que está cansado da vida de qualquer forma, chega e fala que está esbodegado da vida, como se disse que pra mim já deu. Algo assim. Sei lá.
Particularmente estou esbodegado de tanta revisão ortográfica na língua portuguesa. Muitas outras pessoas esbodegarão se já não estão esbodegadas. Esbodega isto tudo, sabe? Mudanças demais, às vezes, esbodegam a mente da gente. Logo, tudo de mais sobra.
Esbodegando ou não, temos que nos orientar sempre para a melhor opção de aprendizagem para que o futuro seja próximo e bom para todos. Esbodegar é necessário para que as coisas aconteçam. Esbodegar em todos os níveis se preciso for. Esbodegar no sentido de estragar-se. Esbodegar no sentido de cansar-se. Esbodegarei, esbodegaremos, esbodegarás sempre para que o melhor da vida ocorra em plenitude.






“Dê o primeiro passo na fé. Você não precisa ver
A escada inteira. Apenas dê o primeiro passo.”

Dr. Martin Luther King Jr. (1929-1968)









In Nárnia



Que imaginação! Que espetáculo de palavras! Que seres fantásticos ocupam o espaço desta terra mágica que todos precisaríamos conhecer e viver um tempo por lá, para que pudéssemos aliviar nossos pensamentos terrenos e reais. Que mundo excelente entre a realidade e os sonhos a mente humana e humanizada criou para exatamente se despregar de uma realidade horrosa, cruel, fria, desumana e de animais irracionais – a guerra. Quem quer ir para a guerra? Lutar por o quê exatamente e para quem? O mundo necessita de paz. Eu vivo sem paz. Não há como viver em paz consigo mesmo diante de tantas injustiças sociais reinante. Mundo este em que as pessoas não se preocupam de forma alguma com quem passa fome e sede. Nárnia, que mente brilhante teve aquele escritor para sair do meio da guerra. Que sonho!
Imagine outro universo paralelo ao nosso em que bastaria atravessar uma porta imaginária e do outro lado já estaria em um mundo diferente do nosso em que o tempo passaria mais rápido do que em nosso planeta e os bichos falassem contigo e você entendesse tudo o que eles lhe perguntassem. Faunos, centauros, castores, ursos, texugos, aves, leões, cavalos, minotauros, ratos, todo tipo de animal todos falantes e falando contigo. A natureza em sintonia de modo global. Mágico. Maravilhoso. Fantástico. Narniano. O que seria do mundo real se não fossem os contos de fadas, o que seria das crianças, jovens e adultos, estes últimos, não podem, não devem deixar a eterna criança que a dentro de si, morrer, jamais.
Temos que sonhar e sonhar bastante ao ponto de não deixar nunca de lado os sonhos, porque não há vida presente e nem futura. Sem o sonho não há realidade. Precisamos vez em quando ser narnianos. Precisamos imaginar outro mundo para o qual possamos ir bem e quando imaginarmos. Um mundo de sonhos e fantasias, onde de fato possamos vencer verdadeiramente o vilão e vermos os mocinhos vencer. Um universo paralelo onde o bem vença o mal e que este derradeiro seja exterminado para sempre. Amém! Narnianos, avante!
Viver e sonhar são relevantes. É necessário sonhar para que possamos nos transformar e desta forma mudar o mundo. C. S. Lewis durante a segunda guerra mundial pensou em um mundo de paz. Um universo onde todos falassem, pudessem dar a sua opinião. Um em que quem presidisse fosse também animal selvagem docilizado. Imagine! Um leão falante e com poderes extra-mundo? Aslam, o leão. Poderoso. Temido. Dócil. Amoroso. Justiceiro. Deus. Que imaginação excelente. Leia a coleção “as Crônicas de Nárnia” e aprenda a sonhar se já não sabe. A maravilha maléfica da “Feiticeira Branca”. Quantas delas não existem neste mundo, e, o pior, são políticas e políticos.
Particularmente me senti os próprios rei Pedro e rei Edmundo em suas sagas deliciosas e ao mesmo tempo perigosas. Lutando contra a Feiticeira que teimava em transformar o mundo eternamente frio e sem vida e daí com a ajuda do venerado Aslam, eles, juntamente, com Susana e Lúcia travam uma batalha incrível para livrar para sempre o reino dos poderes glaciais da feiticeira. Daí Nárnia fica livre. Uma ideia brilhante de Lewis para tentar esquecer a guerra que se desencadeara em seu mundo real. A criação de Nárnia e seus personagens foram e são brilhantes para fertilizar a mente humana e desumanizada dos seres humanos, de modo, em todos os sentidos.




A Veredinha



A veredinha naqueles tempos era a salvação e a riqueza de meu pai e consequentemente de todos nós. Íamos todos os dias para trabalharmos no plantio de subsistência na nossa roça. Para mim e meus irmãos era a melhor coisa que existia, principalmente para os menores. Logo, quem mais ia para a labuta eram os maiores. Engraçado, né?
Tínhamos um jumento para carregarmos os mantimentos de casa para a roça e vice versa. Desta forma a nossa família sobrevivia anualmente. Foi um dos melhores dias da minha vida e de meus irmãos. Tivemos outros. Tínhamos fartura, ao menos de alimentos. Naquela época não havia tantas vaidades, nos contentávamos com um o pouco que possuímos.
Passávamos o dia todo trabalhando na lavoura, plantávamos de tudo: feijão, milho, abóbora, melancia, quiabo, mandioca. O feijão quando dava muito, e isto dependia muito do ano que chovia mais ou menos, era um sofrimento mais era gostoso, Então meu pai negociava com alguém um ou dois sacos de sementes. O milho às vezes dava também para vender e comprar outras coisas que a roça não produzia. Porém mais fazíamos uso em casa mesmo, principalmente para fazermos cuscuz, era uma briga entre nós, irmãos, com o objetivo de moermos o milho na máquina de minha mãe, levantávamos muito cedo para isso, todo mundo queria moer, ela não tinha dificuldades de nos acordar para este fim. A abóbora era usada para cozinharmos os pedaços e comer misturada ao leite, quando tinha, ou fazer cortado puro. De vez em quando se colocava pedacinhos de carne, quando tinha, se não era puro mesmo, mas era gostoso! A melancia quando dava muito levávamos para a feira local para vender barato, logo, todos possuíam a fruta e não a queriam comprar. Só quem não possuía que às vezes botava preço. A vida não era fácil não, mas sem a veredinha era bem mais complicado. O quiabo usava para comer junto com o arroz e também com a abóbora. Dava um gosto bom na comida.
A mandioca era usada para fazer a farinha que seria usada durante todo o ano para a nossa subsistência e também era vendida e de vez em quando trocava por outros alimentos com um senhor que vinha da região de Barra do Mendes chamado de Seu Osmar. Ela comprava também outros produtos para levar as outras regiões, inclusive sua cidade, Barra. Era assim. Deste jeito. A veredinha era tudo de bom. Sem ela seria tudo mais difícil para minha família e eu.
Meu pai era um bom pai. Trabalhador. Só não deixava a bebida e os amigos, isto atrapalhava bastante a convivência dele e de minha mãe e entre nós mesmos, os filhos. Foi o que matou ele, a pinga. O vício. Eu era viciado em meu pai, gostava dele. Minha mãe nem se fala. Sempre foi maravilhosa. Apaixonada pelo marido e pelos filhos, sofria calada. Sou louco por ela. Sempre sofro por ela. Gostaria de fazer mais por minha mãe. Mais, Deus sabe.
A Veredinha, sua história dar para escrever um livro. A herança que deu problemas deu brigas, discórdia entre irmãos. O gado, o que posso redigir? É, paciência! Deus é quem sabe, é quem pode, é quem deve, é quem julga. A veredinha, Deus e o Diabo em louca cavalgada entre hereges e santos pecadores. Que Deus cuide de todos, os vivos e os mortos, parentes e descrentes. Ateus e ateias. Salve a vida terrena e a espiritual. Ave, Jesus, o Cristo. O mestre dos mestres. O pedagogo dos pedagogos. Salve a Pedagogia divina entre os homens de boa vontade e a o seu berço, a família de Deus.






O Boqueirão Divino de Brotas de Macaúbas



Tínhamos mais ou menos entre 15 a 17 anos. Eu, meu amigo Bellone, Toni de Lalu – posteriormente se perdeu na vida, Bocozinho – meu primo, Bitinho – nunca soube seu nome de batismo - a gente o chama assim, Bitinho, simplesmente. A irmã dele nos interessava. Sim, claro! Como esquecer meu irmão e professor de aventuras e masturbação – diversão naqueles tempos, Biriba, seu nome próprio é Lailton. Posteriormente surgiria outro, Greg, seu nome de batismo é Eugênio (egocêntrico). Para bem da verdade e fazendo uma retrospectiva, lá em casa éramos apenas cinco filhos (Lalá, Ninha, Magda, Biriba e claro, eu – o capeta, como me chamavam na época porque não parava quieto) e logo mais minha mãe teve mais dois (Greg e Catarina), os mascotes. Greg tinha o cabelo da cor do ouro, por isso era o mais mimado por todos, era diferente de todos fisicamente.
Então, como estava narrando, o boqueirão sempre foi bastante frequentado pelos brotenses. O paraíso com sua água transparente e ambiente acolhedor naquela época era para tudo e todos: passeios escolares, lavar roupas, banheiros, sanitários naturais (na parte alta da serra), vitrine para sexo explicito e masturbação em homenagem as belas daquele tempo, era uma delicia! – servia de motel, de bordel, todos que eram naturalistas, frequentavam e usavam à vontade e até os que não eram tomava gosto pela vitrine, ringue de luta – quando se queria “quebrar” alguém, chamava para o boqueirão, esconderijo onde ninguém via e só ouvia falar, sala de bate papo – hoje temos a internet e outras coisas mais. A tecnologia está em alta.
Dizem até que o Militão para poder derrubar um inimigo lá na torre da igreja de Nossa Senhora de Brotas. Subiu a Pedra do Urubu que fica também no boqueirão. Apoiou-se em uma pedra em forma de orelha de burro. E com um fuzil atirou e acertou na cabeça do individuo, desconhecido para mim e outros conterrâneos. Dizem as pessoas mais antigas que Lamarca e Zequinha enterraram armas lá na Pedra do Urubu. O boqueirão tem histórias. Vários orgasmos foram alcançados. Sentados ou em pé. Eles e elas, em uma pedra qualquer das várias que lá existem. Muitos filhos foram gerados lá, à sombra dos paus louros – arvore nativa, em cima das folhagens dos mesmos. Muitas vezes em noites luaradas e outros de dia mesmo. A Pedra do Urubu é uma filial do Boqueirão. Mágica, tão quanto a sua matriz. Quantas sagas. Gostava de ir lá. Fazia cabanas de madeira e folhagem das espécies locais. Fazia paneladas e feijoadas. Tomar banho na água do boqueirão era mágico, principalmente quando as meninas iam. As calcinhas delas iam para nas pernas com a força da correnteza. Era muita água! Sempre se via tudo que queria sem querer. Vez por outra só se via uma parte do púbis. Era assim. Uma delicia. E olhe que tinha cada potranca. Na rua de baixo então. Quanta saudade daqueles tempos. Era uma época boa. Santa e pecadora. Época de descobertas. As menininhas não eram tão inocentes como os outros falam não. Que dizer, até eram. Mas não tanto. Sei lá, era mais interessante. Mais erótico. Até o beijo na boca era mais gostoso. Se fosse ao boqueirão, melhor ainda. O boqueirão era ponto de encontro. Em qualquer local daquele paraíso se encontrava casais osculando e quase sempre copulando. Coisa de louco o boqueirão! Excitante. Estimulante ir lá. Certa vez eu e os companheiros de adolescência flagramos um casal copulando. Era excitante de mais. E engraçado ao mesmo tempo. Bitinho não aguentou a pressão do momento e começou a rir bem alto. O casal percebeu. Interrompeu o coito e o macho saiu correndo atrás da gente. Gritando alto e claro. Se pago vocês, mato. Subimos a Pedra do Urubu em toda velocidade possível e saímos lá no Morrinho de Deus, fica lá na estrada do agreste. Não sei como se deu. Sei que o grupo cortou bastante mato com o peito. Não foi querendo não. Eles estavam lá e chegamos bem na hora. Quem tem culpa? E tantas outras sagas santas e pecadoras. O boqueirão tem destas coisas. É mágico. Quase narniano. Era um verdadeiro sonho com sua água transparente. Não ir ao boqueirão final de semana, era como não fazer nada. Sempre tinha novidades naquele paraíso. Entre uma conversa e outra ia se contando causos. Histórias reais e imaginárias. De tudo um pouco. Tudo era possível naquele lugar divino. Santificado pela igreja e pelas resenhas populares. Terra do vaqueiro. Da vaquinha. Da gente brotense. De forasteiros. Saudades eternas. Ave terra de Nossa Senhora, o Boqueirão!



A Capelinha



Na realidade era um lugar exótico onde repousava dois corpos. As pessoas tinham vários relatos acerca da Capelinha. Nossos pais para não nos ver ir até lá e correr certos riscos falava que a capelinha era mal assombrada. Apareciam “defuntos” – almas penadas que não tinham resolvido tudo aqui na terra. Era uma comédia ouvir pai e mãe narrar histórias deste tipo e funcionava. O mais difícil era não ter a curiosidade de ver tudo isto de perto. O adolescente é muito curioso por natureza. Dizer não era como dizer sim. Normalmente no finalzinho da tarde ajuntava-se uma pequena turma e lá íamos para a sagrada aventura. Em busca das almas penadas, parte um. Era ousado fazer desta forma. Até mesmo sobrenatural. Subia-se a pequena estrada de terra que levava a capelinha. Ao longe se via a sua silhueta com o resto da luz do sol vespertino. Sinistro. Macabro. Desafiador. Disputava-se para ver quem iria primeiro até a sua porta escancarada. Na verdade, quebrada. Ninguém se decidia. Era aclamado por todos os presentes aquele que fazia este ato de bravura. Não era fácil. Lembrava-se daquilo que os pais diziam “não vão lá que tem alma penada”. Era um grande desafio. Apostava-se qualquer coisa no momento para incentivar a coragem. No último instante quando o sol já estava quase se pondo era que alguém tomava a frente ia até a entrada. Tinha aplausos para o corajoso. Uma delicia. Depois era só se gabar para quem não tinha ido e o herói ficava famoso por uns dias. Fulano entrou na capelinha. Era um negócio. Muitas vezes rolava até dinheiro. Vez por outra um beijinho no rosto dado por uma garotinha. Um abraço. Aperto de mão e outras mais. Como é bom relembrar destes locais divinos da minha infância e da de tantos outros. Inesquecíveis.
A capelinha assim como o Boqueirão, era mágica. Ouviam-se contos de toda espécie. Certo homem esteve aqui na serra da igrejinha e viu uma mulher muito bonita, quando se aproximou não tinha mais ninguém. A moça havia desaparecido. Até de mula sem cabeça se ouviu falar. Lobisomem aparecia vez por outra e para completar o desmando dizia-se que era gente da região. Sai cada uma maior que outra. Sim, a capelinha era uma igrejinha que vez por outra se fazia procissão comandada pelo padre da cidade. E todo mundo tinha que ir senão não recebia presentes no natal. Principalmente as crianças. É naquele tempo se fazia “lapinha” de natal com presépio e tudo. As menininhas e os menininhos era os que mais se interessava por causa do presente. Ir para o catecismo também. Era uma forma inteligente que Padre João Cristiano e a equipe paroquial tinham para atrair a todos, às coisas de Deus e da igreja. E claro eu poderia ter aproveitado mais e aprendido muitas coisas boas. Eu e meus colegas contemporâneos. Não é muito fácil conseguir ser bom. Vez em quando se procura, mas nem sempre se consegue. A igreja é um meio principal para que isso ocorra, ensina para o homem, formas benditas de viver. Hoje sei disso. Só que imagino ser muito tarde para algumas. Só não posso deixar de tentar ser feliz sempre. A Capelinha e outros pontos pitorescos brotenses deixaram muita saudade. E o que dizer do lajedo, Santa Marina, Pau louro e outros tantos lugares sagrados de minha amada Brotas de Macaúbas.
Há de existir pessoas neste mundo de meu Deus que almeje conhecer esta terra maravilhosa. Terra de tantos poetas. Cronistas anônimos. Terra do Milton Santos. Do Zequinha. Posteriormente de Carlos Lamarca in sangue. Dos outros tantos revolucionários da paz. Da professora Cotinha. Dos coronéis. De Nossa Senhora, a madona. A mãe. A puríssima. A casta. A sublime. A misericordiosa. A santificada. De José do Lagadicio. Da professora Lourdes Leite. Da Carduzina Pereira, minha mãe. De meu pai Pedro Avelino e de tantos outros populares importantes. E que se dê relevância a essa gente orgulhosa por ser brasileiras e brotenses. E que não desiste nunca. Falar da capelinha nos faz lembrar coisas e escrever textos literários e imortalizar-se. A Capelinha é naturalmente histórica e bendita como todo o seu território. Tudo isso graças ao Supremo Criador que fez a região da chapada diamantina com vontade e maestria sobrenatural.



O Construtor de Candeeiros



Nunca foi muito fácil não. Tinha que cortar o flande de aço e fazer tiras finas de forma que não faltasse e não sobrasse. Era trabalhoso. Não era um trabalho para qualquer um não. Quem me ensinou construir os fifós foi um grande amigo de meu pai na época. Eu era muito inquieto, sempre pronto a aprender. Ele com boa vontade e paciência passou para mim seus ensinamentos. Fazer fifós tornou-se um grande entretenimento. Meus irmãos e eu brincávamos com o fazimento do produto. Na época tão necessitado, logo não havia energia elétrica em Brotas. As pessoas compravam muitos candeeiros para si e também davam de presente aos seus parentes e amigos. Sim, meus fifós tinham valor sentimental e turístico. Eram como lembranças. As pessoas adquiriam. Lembro-me de Dona Madalena e de seu Otavio. Toda semana compravam fifós na minha mão. Diziam que deixavam cair da mesinha de cabeceira à noite ao dormir e ai, quebrava. Sim, os fifós eram produzidos por mim a partir dos recipientes de vidro que vinham com medicamentos e, às vezes, se não tomasse cuidados ao manuseá-los, claro, caia e espatifava-se. Creio que era o que ocorria com meus clientes. Logo, vendia meus produtos na feira. É eu fui feirante precoce. Era gostoso. Tinha projetos de produzir em alto escala e vender nas cidades vizinhas. Os meus candeeiros eram garantidos, só não podia deixá-los cair. Normalmente ao realizar uma venda, avisava para os clientes.
Não era muito fácil não. Cortava bastante meus dedos, pois não usava proteção nenhuma e a tecnologia só apareceu depois de muitos anos. Já não produzia mais fifós. As pessoas já tinham energia elétrica em suas casas ou possuía uma placa solar. É energia gerada pelo sol. Muitas outras possibilidades surgiram. A globalização apareceu como um raio. Derrubando muitos e enriquecendo poucos. A lâmpada elétrica tomou conta de toda cidade. Vendia vez por outra um candeeiro aqui e acolá. As pessoas não se interessavam mais pela lembrancinha. Pois é, o fifó foi extinto há muito tempo. Não dar mais para ganhar dinheiro e sobreviver vendendo candeeiros. É um produto obsoleto. Caiu em desuso. Hoje o povo não quer usar mais usar as lanternas. Usa-se um objeto chamado celular que fala com você e acende uma luz tão forte que clarea tudo e todos e se comunica com os parentes lá em São Paulo ou qualquer lugar do mundo. Sem fio. É a era da tecnologia. Do fio ótico. Da internet. Rede mundial de computadores. Da genética. Dos clones. É o mundo mudou. Nunca mais será o mesmo. Creio que não mais venderei um candeeiro sequer. Imagino que nem como lembracinha para os turistas e parentes venderei. Imagino que mudarei de profissão num futuro bem próximo. Certamente não demorará a chegar. E não serei mais um vendedor de fifós. Conhece um fifó?


O Gato



Naquele dia, estávamos preparados para brincar o dia todo. Não se imaginava nada além de uma brincadeira de criança simplesmente infantil. Para aquele dia tinha se pensado em ir até a caixa de água de onde se abastecia toda a cidade. De lá ficávamos jogando pedras de cima para baixo, logo, o reservatório fica no alto de uma pequena serra. Era uma delícia fazer isso. Vagabundear. Bandear. Fazer traquinagem. Brincar.
De um momento para outro no caminho aparece um gato. Sim, tinha um gatinho no meio do caminho. No meio do caminho tinha um gatinho. No caminho tinha um gato. Ele encontrava-se dormindo junto a uma moita de arbusto. Chegava a ronronar bem de levezinho, drummonizando bonitinho no meio do caminho. Ai veio a ideia que de principio parecia ser a melhor naquele instante para sairmos da rotina diária de ir até a caixa de água e ficar jogando pedras lá de cima. Pegar o gatinho e brincar com ele. Pareceu-nos uma grande jogada. Maravilha. Pensei. Argumentei com o colega: “vamos pega-lo.” Meu amigo disse: “acho melhor não! Vai que de repente este gato fica doido e machuca a gente.” Em um dado breve instante acabei por convencê-lo da façanha. Foi simples assim. Agarramos o bichano. Como se não bastasse tive a grande ideia de amarrá-lo com um barbante a uma pequena estaca de madeira que se encontrava em uma casa por fazer na mesma rua a qual passávamos. Deu-se da seguinte forma. Pegamos o gato. Amarrramos-o à estaca com um nó bem apertado e deixamos o pobrezinho lá no cantinho da construção. Saímos mais ou menos por três horas seguidas e como se não bastasse, esquecemos do bichano de uma hora para outra. Coitado! Pensamos.
Retornamos ao local para averiguar o que teria ocorrido com o gatinho depois que o amarramos fortemente. Bellone meu amigo não quis nem saber de ir até o animal para desamarrá-lo. Chamei-o de covarde e medroso e disse-lhe que era um boiola. Ele nem ligou para as provocações. Pois retrucou falando que não era nada disso e que fosse eu praticar a ação logo tinha sido culpa minha. Disse-lhe que sim dirigindo a ele vários impropérios, iria.
Assim sendo fui. O animal estava lá recostado na parede da construção parecendo mais uma fera do que aquele gatinho lindo, ronronando, drummonizando na moita de arbusto no meio do caminho. Sim, ele ali se encontrava. Uma fera. Uma ferocidade só. Só ferocidade. Voraz. Perigoso. Medonho. Cauteloso. Miando. Rosnando. Cismando. Raivoso. Medroso. Vingativo. Magoado. Chorão. Choroso. Pavoroso. Sim, todo tipo de oso que por acaso existir na fase da terra ali se obtinha com todas as graças e desgraças. Coitado do gatinho. Pensei.
Não tive receio. Aproximei-me para tentar desamarrá-lo. Foi o fim. Que tensão. Que tédio. O gato só era rosnado. Só era vingança. A vingança é um prato que se come frio. Pensei que ele pode ter pensado em alguma coisa parecida, sei lá. Tentei segura-lo. Não foi muito fácil, não. Era só magoa. Era só perigo. Era uma fera que ali estava. O gato drummoniano havia desaparecido. Tinha ficado a fera medonha. Raivosa. Temerosa. Voraz. Fui. Agarrei o bichano. Soltou-se de uma vez. Pulou em meu rosto com uma grande pontaria. Coloquei minha mão na frente. Ele, o gato. Ou era a fera? Mordeu com toda raiva um dedo da mão que anteriormente tinha o segurado. Foi muito forte a mordida. Soltei um grande grito. De uma vez por todas fiquei livre do bichano e do buraco no dedo um esguicho de sangue brotou. Muito sangue saiu. O gato se vingou. Nunca mais fiz uma arte deste tipo. Meu amigo sorriu de mim e disse: “te falei.” Respondi a ele com um muxoxo: “engraçadinho!”. E fomo-nos embora para não mais cometer esse tipo de traquinagem. O gato. Não mais o vimos por aquelas bandas de lá.
Sei lá, deve ter tomado outros rumos certamente bem distantes do bicho homem. Impiedoso. Tirano. Maldoso. E que os gatos e todos os outros animais em perigo de extinção digam. Amém. E que os homens façam coro.



Imagine



Imagine um mundo de paz. Imagine um lugar onde pudesse fazer valer a palavra amor de uma vez por todas.
Imagine um universo sem guerras. Imagine toda a violência extinta. Imagine os animais vivendo em harmonia absoluta.
Imagine um homem dizendo para o outro: “te amo!” Imagine as criaturas de Deus com um só pensamento: “amor eterno!” Imagine as crianças filhas e filhos não mais desrespeitarem os seus pais.
Imagine o fim do radicalismo religioso em todo o mundo. Imagine todas as religiões mundiais se unirem em um só paradigma. Imagine as pessoas se amarem mutuamente. Imagine o fim das diferenças sociais. Imagine o fim da pobreza e da injustiça.
Imagine um Deus com apenas uma fisionomia. Imagine todos os povos se respeitarem verdadeiramente, sem preconceitos. Imagine viver a vida como se não houvesse amanhã. Imagine amar as pessoas sem esperar nada em troca. Imagine amar intensamente, sem barreiras. Imagine se doar aos mais necessitados de forma verdadeira e sem exigir nada de material. Imagine as pessoas totalmente espirituais e entregues a uma só causa: a construção coletiva. Imagine um mundo de paz.
Imagine que todas as diferenças se acabariam de um dia para o outro. Imagine um mundo perfeito. Imagine a perfeição no coração de cada um de nós. Imagine o fascínio pelas coisas boas da vida. Imagine que todos os pecados se acabassem. Imagine o amor acima de qualquer outra forma de vida humana e sobrenatural. Imagine o homem se transformando em deuses para fazer o bem sem olhar a quem. Imagine não termos que olhar por cima do ombro para vermos se estamos correndo perigo de alguma maneira. Imagine não termos que colocar grades nas janelas por medo de ser assaltados e quiçá mortos. Imagine um mundo melhor. Imagine um mundo sem estresse. Imagine um mundo sem medos. Imagine um mundo sem fome. Imagine um mundo sem violência. Imagine um mundo sem fofocas. Imagine o fim da traição em todo seu sentido físico, maligno e espiritual. Imagine um universo em que todos tivessem um natal abundante. Imagine um natal pensado para a verdadeira essência: o nascimento de Cristo, o filho de Deus. Imagine um universo com pessoas felizes. Imagine um mundo com pessoas realizadas. Imagine um mundo de bonança. Imagine um mundo de paz e fraternidade. Imagine se o mundo fosse de paz. Imagine se fosse de amor. Imagine um mundo de igualdade. Imagine se todas as pessoas acreditassem em Deus. Imaginem se todos os seres humanos cressem no sofrimento de Jesus Cristo e colocassem em seus corações e mentes. Imagine se tivéssemos políticos voltados para o bem comum de todos. Imagine se a corrupção acabasse definitivamente. Imagine se o trabalhador fosse valorizado em suas funções. Imagine o fim do individualismo. Imagine a escassez do egoísmo. Imagine se o homem fosse bom na sua plenitude. Imagine que o mundo fosse de todos e para todos sem limites. Imagine o final do preconceito social e racial. Imagine o respeito à individualidade de cada ser. Imagine ser feliz sem culpas. Imagine o fim da opressão. Imagine o final das rivalidades religiosas. Imagine uma igreja única só para Cristo, o sofredor. Imaginem se pudéssemos realizar os sonhos sonhados em uma só noite. Imagine um ser perfeito em sua plenitude. Imagine o ser em sua totalidade.
Imagine a totalidade das coisas existentes relacionadas para todos. Imagine uma comunidade fraterna e espiritual. Imagine o poder divino agindo nos corações e nas mentes dos povos. Imagine. Imagine se o homem parasse e vislumbrasse dentro de si. Imagine o final dos mexericos maldosos. Imagine a vida em sua plenitude. Imagine o fim das armas de fogo. Imagine a sua totalidade religiosa. Imagine sem medos. Imagine sem remorsos. Imagine com perfeição. Imagine na sua espiritualidade construída um mundo novo. Imagine a transformação deste universo para todos. Imagine sem temores para transformar a sua vida. Imagine o sonho de um mundo transformado e realizado. Imagine sem culpas. Imagine o outro realizado e feliz. Imagine a felicidade. Imagine os atos de amor resolvendo todos os problemas existentes. Imagine se a felicidade contagiasse todos. Imagine um mundo bem melhor. Imagine as pessoas se amando como se não houvesse amanhã. Imagine um super-homem dando fim à criminalidade existente. Imagine que os processos criminais se acabassem. Imagine uma terra boa para se viver. Imagine o paraíso ser bem aqui. Imagine um universo sem inferno. Imagine que só existisse céu. Imagine que todas as pessoas ensinassem seus filhos a ler o Livro Sagrada desde o nascer.
Imagine que todos os pais falassem sobre o amor em suas casas com o intuito de evangelizar os membros da família. Imagine se todos crescessem na fé e a praticassem para servir de exemplos. Imagine um mundo melhor. Imagine que a perversidade se extinguisse totalmente. Imagine o crescimento da compaixão nos corações dos homens de boa vontade e de todos os outros. Imagine uma vida melhor para todos. Imagine o fim da violência. Imagine o fim da fome. Imagine o fim dos medos. Imagine sempre que possível. Imagine a valorização do magistério pelo poder público. Imagine o profissional da educação com um excelente salário mensal. Imagine.













Dinheiro



Dinheiro. Eu não gosto de dinheiro. Dinheiro faz mal. Dinheiro mata. Dinheiro faz matar. Dinheiro é usado para matar. Dinheiro é usado para o mal. Dinheiro é uma praga. É uma doença na alma. O dinheiro envenena a alma das pessoas. As pessoas ficam egoístas. Mesquinhas. Pequenas.
É, mas dinheiro também é bom. O bom uso do dinheiro faz bem as pessoas. Usar com responsabilidade, cura doenças. Sim, mas também têm pessoas que fazem o bem usando o dinheiro.
O que seria do mundo sem dinheiro. Tudo que se pensa em relação ao mundo atual, sem querer se pensa como conseguir o ônus para a determinada aplicação. É uma loucura o dinheiro e faz as pessoas fazerem loucura por ele. É apaixonante tê-lo. É viciante ter dinheiro.
Quando não se tem, muitas vezes se passa necessidades absurdas e às vezes tão simples de serem resolvidas. Por falta de ônus muitas instituições de caridade deixam de existir. Dinheiro é um negócio. É um vício. Não dar para viver na atualidade sem ter como sobreviver. Sem dinheiro é difícil. Não dar. Dinheiro é uma coisa. As pessoas se vendem barato ou caro e às vezes sem motivo aparente só para ter dinheiro.
Falar em capital de giro é bom. Falar em ganhar em uma loteria qualquer que seja faz bem ao espírito das pessoas. Divida faz mal. Não é bom ter dividas. Na sociedade remota e moderna nunca foi bom não ter dinheiro. Uma situação financeira equilibrada no meio social capitalista que ai há faz bem. As pessoas acreditam nisso e é só isso que querem.
O dinheiro em todos os momentos faz bem e às vezes de acordo o seu uso faz mal. Quando se tem problemas de saúde o capital ajuda a resolver. Muitas pessoas morrem porque não possuem condições de tratamento. A saúde foi, é e sempre será privilégio para poucos. A saúde transformou-se em negócio lucrativo para uma minoria. O mundo está doente. Ter capital financeiro ajuda. Ajuda bastante àqueles que têm boa vontade.
Eu preciso de dinheiro e só gostaria de tê-lo para as necessidades mais urgentes. Não é fácil. Para uma pequena minoria é.
O gostaria de aprender a ganhar dinheiro. O principal objetivo seria colaborar com os menos abastados. Aquelas pessoas que não nada têm. Sei lá! Faz bem ao coração ajudar sem olhar a quem.
As pessoas necessitam de oportunidades para bem viver. Neste universo capitalista nem sempre dar. Sem dinheiro não é fácil. Tantas crianças passando fome. E não a fome que você imagina. As pessoas por não terem possibilidades, acabam desistindo de tentar melhor sua situação financeira. É um caso. Falar de dinheiro não é fácil.
Muitos traficam, vendem drogas, matam, roubam, vendem seus corpos no mercado do sexo fácil, correm riscos, hostilizam, marginalizam, maltratam, corrompem, pintam o sete em nome do dinheiro. O ônus não é fácil. O bônus pior ainda. Abaixo a matança desvairada. Abaixo o auxílio paletó. Abaixo a verba indenizatória. Abaixo a descaração política desmedida. Abaixo o capitalismo selvagem. Ave as pessoas de boa vontade. Ave a legião celeste de boa vontade. Vox populi. Vox dei. Ad crucem. Ad et lucem.


“Tudo o que somos é resultado do que pensamos”

Buda (563 a.C-483 a.C)



Pense



Pense como seria bom se pudéssemos mudar as mentalidades das pessoas. Pense em uma maneira pratica de semear o bem no mundo e para o mundo. Pense como seria bom se todos fossem amigos. Pense verdadeiramente para transformar as mentes doentias que há. Pense como o coração. Pense com amor. Pense de forma absoluta. Pense de forma companheira e sadia. Pense em acreditar nos homens e nas convicções religiosas e filosóficas.
Pense com o coração em mudar o mundo. Pense como Jesus pensou e assim colocou em prática seu pensamento divino. Pense com a emoção e contribuirá com a construção de um universo perfeito. Pense sem defeitos. Pense sem preconceitos. Pense sem dor um mundo sadio. Pense com positivismo e vencerás. Pense no dia em que o pai virá ao mundo para nos julgar. Pense como será esse julgamento. Pense se você será julgado e por quê. Pense sem medos. Pense sem temores. Pense em uma forma de se explicar para o Todo Poderoso verdadeiramente. Pense em todos os seus pecados. Pense em com se salvará. Pense sem medos. Pense verdadeiramente. Pense positivamente com o coração. Pense que Deus nos estar vigiando sempre. Pense simplesmente com o coração. Pense com toda a sua alma.
Pense numa forma de acabar com a raiva que você sentiu do outro irmão. Pense em nunca mais sentir essa raiva. Pense que a raiva mata. Pense que a ira nos deixa doente. Pense em uma forma de acabar com o ódio. Pense que nem tudo está perdido. Pense que um fugitivo pode ser encontrado. Pense que um filho perdido pode se salvar. Pense. Não deixe de pensar com o coração. Verdadeiramente.
Pense que teu pai e tua mãe sentem falta de ti. Pense em voltar. Pense em retornar para o seio materno e paterno. Pense que eles te amam. Pense que só eles te amam verdadeiramente. Ninguém mais.
Pense na história do filho pródigo. Pense que ele voltou para casa e seus pais o aceitaram de volta. Pense na festa que será e haverá por tua causa. Pense em voltar, simplesmente.
Pense que outrora um jovem alpinista pediu ajuda a Deus e este o ajudou. Pense que o medo matou congelado este alpinista. Pense que ele não ouviu a voz de Deus. Pense com o coração.
Pense na história do grande tenor Andréa Bothcelli que no momento mais critico de sua vida não desistiu de viver e nem dos seus sonhos. Pense que ele ficou cego. Pense que hoje ele encanta o mundo inteiro com sua voz. Pense que ele queria ser jogador de futebol. Pense.
Pense no amanhã sem violências. Pense no homem que morreu crucificado para te salvar de teus pecados mundanos e carnais, Jesus Cristo. Pense que você poderá mudar o mundo com boas idéias. Pense verdadeiramente. Pense com o coração. Pense com a alma. Pense com perfeição. Pense com a razão e a emoção.
Pense que Deus fala com você a cada momento de sua conturbada sobrevivência. Pense e dê sugestões positivas para transformar o universo. Pense em uma forma de preservar e conservar este globo para que os teus, amanhã, possam continuar a viver. Pense verdadeiramente com a tua alma. Pense em tudo isso com o teu coração. Pense e viva. Feliz.







A Vida depois de Amanhã



Catástrofes de toda espécie estão ocorrendo no mundo inteiro. As pessoas ainda não atentaram para o que está acontecendo com o universo. O mundo está condenado. As chuvas migraram de época. A cada dia a natureza se transforma. Quantos casos de inundação ocorrem a cada hora em todo o mundo. Vendavais. Tempestades de diversos tipos com diversas características. O mundo está condenado.
As famílias não têm mais segurança em suas casas. As pessoas vivem com medo. Um medo louco. Desvairado.
As geleiras a cada ano vão se desintegrando com tanto calor. A onde de calor é tremenda que está aumentando a água do mar a cada instante. Não será fácil. O que será da vida depois de amanhã.
As nações que mais destroem o meio ambiente não estão nem ai para o aquecimento global, que a cada dia aumenta seus efeitos na e para a natureza.
Viva enquanto é tempo, já profetizava o Eclesiastes. O que Deus construiu o homem está destruindo totalmente. Não dar para ficar calado e fingir que não vê. Não somos cegos. O capitalismo selvagem. O desmatamento desvairado. As queimadas ocasionais e muitas vezes propositais vão se elevando em grande escala geográfica e histórica. O homem produz lixo de várias maneiras e irresponsáveis formas. Que bicho é este? Que destrói em tamanha e absurda extensão. Que o Criador tenha piedade de todos os viventes na terra.
É fato, quem mais contribui para esta destruição em massa são aqueles que fecham os olhos para o que vem ocorrendo. Os países ditos desenvolvidos. O primeiro mundo.
Será que não percebem a tamanha necessidade de cuidar do mundo? Será que precisamos sofrer todas as consequências para que sintamos a obrigação de preservar o nosso universo ameaçado?
O mundo está condenado. Há uma grande necessidade de voltarmos os nossos olhos. Vermos que a natureza está sedenta de sede. De fome. De oração. De soluções. Não dar mais para fingir de cego. O universo precisa de nós.
Os homens estão presos às suas convicções tecnológicas, religiosas e doutrinarias e simplesmente viraram as costas para o problema que ai se encontra: o aquecimento global.
A terra está com sede. A natureza pede socorro. O homem diante de tudo isso quando interrogado sobre as suas ações ainda diz que “precisa trabalhar para sobreviver junto com a família e por isso tenho que cortar madeira para vender, não importando de que forma”. Muito engraçado! Sobreviver se matando. Sim porque o futuro é a morte dele – o homem – e os seus. Se não há cuidado com o meio ambiente que ai está, certamente haverá mortes em grandes proporções. Morreremos todos. Inclusive aqueles que não se preocupam com a preservação da natureza como um todo. Os americanos que o digam. Imaginam serem imortais e criam heróis na ficção que imaginam e acreditam serem salvos por eles. Quando na verdade são mortais e, portanto, perecíveis.
A vida é bela, logo, há uma grande urgência de cuidá-la. E que não seja muito tarde para fazê-lo. Pois, a natureza não dorme. Sempre se encontra em constante movimento e de olho nas ações do ser humano Vulgarmente conhecido como: o bicho homem, dizem, racional. A vida depois de amanhã é breve. O futuro é próximo e ágil.






Juízo Final



Falta de diálogo. Desamor. Destruição do carisma. Da compreensão do pensar. Um jovem perguntado por que havia assassinado a namorada respondeu que a amava muito e não suportou saber que tinha sido traído por ela e completou dizendo que a matou por amor, ou seja, por amá-la de mais.
Da mesma maneira em outro campo social um estudante confessou ter assassinado a mãe por ter pedido a ela dinheiro para comprar drogas, pois era viciado, e a mesma não o deu. Como se não fosse um suficiente ainda levou o corpo para um terreno abandonado e cortou-o em pedaços pequenos, colocou dentro de um saco e enterrou. É o juízo final. Para o mundo que quero descer.
O jovem aluno de escola pública, apaixonado e desesperado pela colega que há muito namorava. Entrou no apartamento da mesma e a fez refém. Ela e a sua colega. Não satisfeito fez todo um escarcéu e a mídia televisionou. No decorrer do acontecimento, ele, o rapaz apaixonado não se conteve por terem terminado o relacionamento e atirou na amiga da namorada e nela. A amiga sobreviveu. A ex-namorada foi ferida gravemente e no final do caso, faleceu.
Hoje vive em outra pessoa com a doação de órgãos. A menina Eloa. Ele diz que a amava muito e não estava conseguindo viver sem ela, daí o desespero e consequentemente um trágico fim para a garota. Até que ponto pode o desespero matar em nome do amor. Decididamente não quero amar. Não assim. Amor versus paixão que leva ao declínio do ser.
A compaixão é artigo de luxo nos dias atuais. Um casal aparentemente normal e socialmente convivas. Uma família perfeita. Possuíam uma filha. Através da mídia, muito bonita e bondosa. Uma linda garotinha. Belíssima como toda criança natural. Os pais dela andavam brigando bastante e consequentemente não ia bem sua relação de marido e esposa. A filha nada tinha, consideravelmente, contribuído para as discussões. Fato. O casal se desentendeu em um dado momento. Estavam em um apartamento. Discussões eloquentes. Uma janela quebrada. Um grito. Uma agonia. Um baque seco no chão. Uma menininha morta. Estatelada no solo. Sangue. Mundo moderno caótico, esculachado. A menina belíssima. Bondosa. Carinhosa. Meiga. Seu nome. Isabela. Suspeitos do assassinato. Seus pais. Marido e mulher. Seus protetores. A célula de segurança se rompeu. A família se desintegrou.
A vó retruca: “quem matou a minha neta?” “assassino, quero que prenda, coloque ele em minhas mãos para que possa castigá-lo”. Desespero total. Isabela. A vida é bela. Para ti não foi. Deus a de cuidar de ti, anjo. Eles. Pai e mãe. Prováveis matadores da filha amada em nome do egoísmo carnal: “se não posso ficar com ela, você também não!” Vociferou a fêmea para o macho. Segundo o noticiário. Animais! Que Deus tenha piedade das suas almas. E adote Isabela para todo o sempre! Amém!
Apocalipse agora antes que seja tarde demais. Pare o mundo que quero descer. E tantas outras expressões de indignação e repugnância foram ouvidas em todo o mundo. Em coro. Em lágrimas. Outros perguntavam: “meu Deus, meu Deus por que nos abandonastes?” Mas, tem sido o homem que abandonou o Criador do universo.
O que leva o ser humano a agir de maneira tão cruel em relação aos seus semelhantes? Iguais perante a grandeza e misericórdia do Pai? Não se sabe. Sabe-se que não é fácil compreender a mente humana. Logo, é inconsistente. Violável pelas vaidades mundanas e mascaradas. Vaidades das vaidades. Começo de todas as misérias do homem carnal e mundano. O juízo final se aproxima. Uma corda pendurada em uma arvore frutífera. Um corpo prestes a ser dilacerado. Uma semente perdida no tambor de uma arma de fogo. A morte caminha solta ao nosso lado. A fênix chegou para ficar e com seu fogo varrer o universo frio. Gelado. O jogo da morte. A morte no jogo. O cassino das perdições. As perdições na beira da estrada. Sexo fácil. Criança erótica. Uma guilhotina armada e afiada. Um pescoço no fio da navalha. A vida por um fio. Uma ponte apodrecida. Um câncer em estágio final. O dia D depois de amanhã. Está bem ali do outro lado do monte. Próximo ao apocalipse new. Quem viver, verá!



A Divina Comédia



Falar é muito fácil. Frase esta celebre e histórica. Muito conveniente no momento em que o outro tem um problema e não a pessoa que a cita.
Tenho estudado o homem e cheguei à conclusão que não é confiável. Ele é hipócrita no sentido lato da palavra. Mascarado mesmo, usando uma referência popular dada ao vernáculo culto. Não dar para viver o tempo sozinho. Tanto é que não vivo. Porém me fiz solitário pela razão e pela emoção. Convivo com pessoas. Pessoas estas fugazes e na sua maioria do sexo feminino. Levianas por natureza. A mulher é uma eterna tortura para o sexo masculino. Defino a sua natureza da fêmea com uma frase de Camões: “mulher, teu nome é leviandade”.
O que dizer de um ser que veio ao mundo para completar outro ser. A divina arte está em copular prazerosamente. Como fazer então sem a outra parte e complemento do homem. A mulher é uma divina comédia diária. Faz o homem gemer sem sentir dor.
O poeta diz que só sabemos o tamanho e extensão da dor do outro quando passamos a sentir a mesma dor. A ferida quando remexida tende a doer muito mais. As pessoas na maioria das vezes não conseguem isto compreender.
Não sei qual a razão, mas tenho vontade de sair por ai dizendo tudo o quero. Provar a todos de uma só vez. Perceber a reação dos outros em relação a minha ação. A lei da Física é catedrática. Cada ação provoca uma reação.
A divina comédia das pessoas é viver falando do outro enquanto o outro fala sobre você. Mas não é justo. O importante é que todos vivam a sua vida de maneira intensa e sem culpas.
A divina comédia é ser feliz e fazer com que o outro seja feliz também. Por que devo me dar bem e o outro não? Por que devo ser medíocre e ao mesmo tempo exijo que o outro não o seja? Em que sou melhor que o outro e outro a mim? Não é possível ser assim. Simplesmente não existe fundamento. Para onde caminha a humanidade? A humanidade caminha para o caos. Assim caminha o homem. O fundamento é destruir o outro e ser feliz sozinho. Ridícula essa teoria! O capitalismo selvagem contaminou a humanidade. O ser deixou de existir. Permanece o ter.
A divina comédia da vida privada foi extinta. Não temos mais. Não há mais. Foi-se a privacidade. O povo perdeu a vergonha de mendigar uma esmola aos políticos e ao mesmo tempo aderiram ao sistema. Não há muito que se preservar. O respeito mútuo e individual já não existe mais. As pessoas se comem umas as outras para ver quem consegue sobreviver e não importa os meios para tal.
A obra esfacelou-se rapidamente como se fosse uma chuva de verão. Feito a comparação, a imagem imperfeita do homem destruiu totalmente a arte perfeita. Santos e pecadores somos nós. A divina imperfeição, filhos do Criador do universo. A cada instante erram sem pudor. Não têm vergonha de implorar perdão sempre. Pois o Deus Todo Poderoso, segundo as escrituras sagradas, perdoa a toda hora. É um Deus bondoso. O ser humano parece saber e ter certeza desta afirmação. Pecados santos a todo instante e não mais se erra por querer. Divina comédia da leviandade. Despudorados em busca da perfeição santa. Sê possível. Se possível for. Assim seja!



O Capeta



Era desta forma que o pessoal lá de casa me chamava. Se lá, talvez porque não parava quieto. Volta e meia solicitavam o meu nome. Preocupado classicamente ficava a imaginar o que teria eu aprontado daquela vez. Muito displicente não sabia.
A vizinha só vivia reclamando sobre mi para a minha mãe. Dizia que estava levando os filhos dela para caminhos obscuros. Brincadeira! Eu?
Minha mãe coitada ficava louca. Era tanta muvuca a meu respeito que em determinados instantes até eu duvidava de mim mesmo. Era estranho.
A expressão, “o capeta” tinha uma entonação família e carinhosa. Vez por outra era “o negão”. As minhas irmãs gostavam da alcunha e tinham gosto de se referir a mim desta maneira. Cheguei a pensar que iria virar apelido eterno. Não virou.
Minha mãe, meu pai e meus irmãos mais velhos trabalhavam juntos lapidando pedras de cristais. Por este motivo ficava cuidando da casa. Minha mãe acostumava a deixar em cima da paredinha da área, várias bitucas de cigarro. Sim, ela e ele fumavam. Curioso como era acabei certo dia, levado pela vontade de experimentar daquela experiência que por sinal, negativa, pois eles tossiam bastante por serem fumantes.
Quando chegaram do trabalho, eles perceberam que a bituca já não era mais. Inquiriram sobre quem sabia do cigarro. Não ouve respostas. Logo depois resolvi contar a verdade. Não foi muito fácil. Fiquei de castigo a tarde toda. Proibiram-me de jogar bola. Sim, gostava de esportes.
Alguns vizinhos foram lá em casa para dizer aos meus pais que tinha empinado uma tampa de lata de leite em pó e este acidentou o velho Manoel na cabeça. Não foi por querer, mas acabei ficando sem merenda no recreio por quase uma semana. Não é fácil ir para a escola e ficar com fome. A alimentação escolar é primordial para que aja um bom rendimento nos estudos. Minha mãe sabia disto, mas não se conteve.
Tudo bem é sempre difícil ser capeta. Sonhava com os acontecimentos. Uma das coisas que minha família sempre dizia “não” era quando pedia para ir tomar banho no açude local. “Eu posso?” “Não!” “Eu...”. “Não!”
O que eles não sabiam era que dizer não para uma criança ou que seja uma pessoa adulta, é como se fosse “sim”. A mente infantil não consegue registrar a palavra “não”. Sim, hoje sei disso. Antes não.
Certo dia não resistir e fui nadar no açude da cidade. E o pior quase morro afogado. Não sabia nadar com perfeição ainda estava aprendendo. Ainda hoje não sei bem.
Chegando em casa na surdina pensei que minha mãe não sabia que a desobedeci. Foi o terror. Levei uma surra danada. Como complemento me amarrou no tronco da laranjeira e lá fiquei durante um tempo. Sim, porque gritei por socorro e a vizinha foi me acudir. A mãe lá estava conversando com a vizinha e argumentava que: “não aguento mais esse moleque, ele é muito traquino, é um capeta sem vergonha”! Não achava que era tanto. Mas, adulto é muito sem paciência.
Era muita coisa para fazer. Dar susto nas pessoas com arma de brinquedo. Sim, naquela época se brincava ainda de mocinho e bandido. Pegar raposa pelo rabo. É sério! Ser adolescente é bom de mais! Vê se havia cobra ou outro bicho qualquer dentro de um buraco. Pegar a cartucheira de dois canos de meu pai para ver se pesava. Engatilhar o vinte e dois e apontar para o rosto do namorado de minha irmã mais velha, ele era muito violento por sinal. Tratava a mal. Era fácil brincar de qualquer coisa. Até de marido e mulher. As meninas faziam tal quais os mais velhos. Era uma coisa. Botar fogo no rabo da gata de D. Maria. Amarrar o cachorro de Seu Antonio e bem apertado. Colocar espinho de quiabento, planta nativa, no meio da estrada. Espiar as velhas fazerem xixi no curral de matança. Hoje em dia o curral não existe. Há uma rua pavimentada no local. Era engraçado de mais. Era uma coisa. Não dava para ficar quieto não. A cada instante aparecia algo novo. Teve uma necessidade de arrumar o ferro elétrico e testá-lo. Foi faísca para toda lado. Não dava para ficar sem fazer nada. Uma vez resolvi que tinha que testar a rapidez de uma cobra cabeça de capanga. Era como a chamava o povo da região. Fui lá ao morrinho, puxei no rabo da danada com um pedaço de graveto e a bicha me deu um bote e saiu correndo atrás. Bem, foi o que imaginei que tinha acontecido, logo, não deu tempo de olhar para trás. O pavor não havia deixado. Não era fácil lidar comigo não. De certo modo meu pessoal tinha razão. E outras coisas mais. Era mesmo um capeta. Sim, respeitava sempre os mais velhos. Isso era bom e uma honra. Eles me davam doces. Não era oportunismo não!
Com o tempo melhorei. Tornei-me cristão. Tenho estudado bastante a vida animal e o humano. Testei principalmente o homem. É inconsistente. Essa é outra história. Olhe, não é fácil ser “capeta”. Correm-se muitos riscos. E quase sempre não é bom. Alguém sempre sai machucado. E muitas vezes a magoa demora a passar. Quase sempre não acaba de hora para outra. Melhorei muito em relação às minhas atitudes. Minha mãe passou a chamar meu nome usando o aumentativo. Cresci. Acho. Melhorei bastante. A gente precisa mudar a cada momento para melhor.
Se regadas devidamente e podadas periodicamente, as roseiras a cada dia dão excelentes rosas. Da mesma forma, o homem. É bom transformar e se adequar ao meio no qual vive. Foi o que fiz.



Animal Raro corre Risco de Extinção


Salários baixíssimos. Plano de carreira para proteção e segurança animal que não entra em vigor nunca. Descaso. Salas de aula superlotadas. Alunos estúpidos e despreparados. A família em sua maioria não participa. Um horror. Falta conscientização social sobre como tratar e cuidar desse animal raríssimo. É fato. A natureza humana e o futuro do mundo encontra-se em verdadeiro perigo. Se o universo perde definitivamente essa espécie, as futuras gerações sofrerão bastante. As pessoas não querem mais fazer parte desta classe em extinção. Não querem mais se comprometer com o descaso social para com este animal raro.
A vida social pública e privada destes animais raros e em extinção se transformou em jogos políticos partidaristas. De um lado se posiciona um partido e do outro, outro. No centro do campo ficam os animais-professores-bichos raros servindo por sua vez de brinquedo partidarista, ou seja, no caso, uma bola que é chutada para lá e para cá. É um descaso. Uma vergonha. Os bichos parlamentam mais não chega a nenhuma conclusão concreta.
Os bichinhos estão vez por outra se reunindo às escondidas para profetizarem e discutirem sobre seus problemas, mas não estão conseguindo entrar em consenso, pois as suas vozes são caladas pela burocracia planetária e demagoga. Muitas vezes e na maioria delas apenas fazem solilóquios. Soliloquiam por não serem ouvidos pelos órgãos competentes. Em alguns estados do Brasil essa raça já se encontra com um déficit de mais de oitocentos mil animais. Relacionado os dados estatísticos mundiais, pode chegar a milhões. É brincadeira? Em alguns países esse animal é muito conhecido e reconhecido pelos populares e pelo governo regional, como é o caso do: Canadá, Japão, Itália, Bélgica, Estados Unidos e parte da França. E outros.
Existi ainda um país chamado Brasil que tem o objetivo de emprestar dinheiro para outros países do exterior e os seus governantes acabam esquecendo-se de preservar a nação e o seu povo, e quem sabe emprestar esse dinheiro que está sobrando para acabar de vez com a fome dentro deste país. Inclusive valorizar um pouco este bicho raro que está quase extinto hoje em dia. Também não seria muito fácil cuidar da natureza nacional não. Porque não cuidam nem da gente brasileira, imagine.
Nessa mesma nação criou-se um fundo de apoio aos industriais e aos banqueiros – que na sua maioria – são estrangeiros. O PAC – Programa de Aceleração do Crescimento da economia brasileira tem a finalidade de subsidiar essas empresas. Na sua maioria privadas. A qualidade da educação não importa, portanto, não faz parte da economia de uma nação. É como se entende.
Esse mesmo país esqueceu-se de incluir o sistema educacional no PAC. Mais isso não é nada novo não. Há muito tempo esse animal (raro) vem sendo maltratado sob medida. De maneira tal que nem outro bicho vem rondar seu ambiente natural. Logo, quase sempre seu ambiente falta alimentos ou meios para consegui-lo. Sim, vez por outra aparece uma sanguessuga. Um parasita qualquer.
O descaso com esse bicho é tanto que quando o rei da floresta resolve aumentar o soldo diário dos outros animais, incluindo o bicho-preguiça que nada faz, se esquece deste animal raro que inclusive encontra-se em extinção. Sim, um dia deste some das páginas da vida. O bichinho resolve criar coragem de se reunir em sindico e passa a exigir seus direitos. Direitos estes que parece não ter. O rei da floresta, e às vezes não chega ser nem o próprio, em muitas ocasiões ele envia um representante legal para parlamentar a seu favor.
O emissário do rei quando questionado sobre o porquê de tanto descaso com esse animal (raro), simplesmente narra que “não há uma lei direcionada e específica para essa classe de bichos e que logo estarão encaminhando um projeto para o parlamento”. Essas ações vêm acontecendo há muito tempo. Cada dia que passa esse animal (raro) está desaparecendo constantemente. Algumas pessoas ficam condoídas com o sofrimento desta espécie (rara), até ficam sensibilizadas. Mas, nada fazem a respeito. Existem alguns bichos (destes o mundo está lotado) que prometem que quando estiverem no topo da montanha irão falar mais alto para defender esta raridade da natureza. Fica só na demagogia. Logo após, esquecem a promessa feita. E não é raro ocorrer esse fato. O IBAMA – Instituto Brasileiro de Proteção ao Meio Ambiente e coisa e tal nada faz acerca deste problema. Diz que não é da sua alçada, logo, esse animal é raríssimo.
O governo é que deveria instituir outro departamento para resolver este caso. O Ministério da Educação pode até mandar fazer alguns panfletos, inclusive LDBs (Lei de Diretrizes e Base da Educação e coisa e tal) e emendas. Projetos de lei, material de apoio e suporte educacional e junto às Secretárias de educação do município e estado, distribuiriam esses materiais para a população fazendo uma conscientização geral e nacional sobre um piso salarial brasileiro para que esse animal (raríssimo) possa se mantiver e aos seus filhos (também em risco de ficarem extintos). Mas, tudo isso é uma grande utopia. Nada sai do papel nesta nação. O Brasil, segundo profetiza o povão e as estatísticas é um país para poucos endinheirados.
Neste país chamado Brasil que inclusive o bicho raro não conhece totalmente, tudo não passa de verdadeiras falácias. Demagogia. Recentemente foi vendido um pedaço de terra via internet, a preço de banana, na floresta Amazônica – pulmão do mundo - próxima à casa deste bicho raro. A região é protegida internacionalmente. Tomara fosse. A biopirataria continua em alta. Muitos animais (também) raros ainda são contrabandeados. Ele nada pode fazer. Bicho não fala. Logo, não dar opinião. Só obedece, quando ver o homem vir em sua direção, aos seus instintos e sai em disparada. O homem é uma ameaça eminente.
Sim, muitas vezes esse animal tem que se desdobrar para se proteger de outros animais que vivem e trabalham ao seu lado. Dizem que são seus amigos e que estão fazendo parte da luta pela sobrevivência juntos a ele. Porém, são mais amigos e protegidos do rei da floresta que há num destes brasis. Logo, esses outros animais não correm risco de serem extintos, pois, são assegurados pelo protecionismo real.
Neste país que as pessoas conhecem como Brasil, há outros brasis. Estes brasis estão distribuídos em toda a região nacional, principalmente no nordeste, onde se encontra a maior parte destes bichos que a gente vem falando e escrevendo sobre.
Alguns possuem moradias e outros moram de aluguel. Aqueles que têm a morada foi porque tomou um empréstimo ou outro num banco próximo a mata. Sim, porque esses bichos como estão correndo riscos de extinção permanecem mais cotidianamente na roça. Na zona rural das cidades. Eles até que gostam de ir à escola. Acham um lugar bom. Não é o ideal, dizem. Mas gostam de estar lá. O que se mais comenta entre alguns deles é sobre a desvalorização do seu trabalho. É um trabalho árduo. Sofrido.
E tem mais, esses animais raros também recebem ameaças de seus alunos por executar seu trabalho com honra, dignidade e respeito pela função que desempenha. Inclusive pressão do tipo: “professor bicho raro, sei onde sua espécie vive e sei que você tem duas crias queridas contigo. Posso até estuprar suas crias, fazer sexo com elas. Você não mostra essa carta para outro bicho não. Suas crias podem morrer. Quero que você pegue a avaliação que determinado bicho que não está em extinção – sua aluna fez e rasgue. E dê preferência para a outra avaliação que ela (bicho que não é raro) fez e conseguiu uma boa pontuação. Mesmo que ela tenha colado, não importa.
Professor bicho raro estou mandando. Sua cria mais nova pode morrer queimada, pois, coloco fogo na floresta (que existe em um destes brasis numa nação chamada Brasil) e sua morada será queimada e vocês morrerão. Não estou com brincadeiras.
Olhe, essa aluna me conhece e sabe que sou capaz. Porque ela já me ajudou muito. Você, animal raro, está com as mãos e as patas atadas. Se você quer ver a sua cria viva, vai ter que colaborar comigo. Tenho mais parentes e amigos que são muitos. Por esse motivo vai e pega a outra avaliação e rasgue. Anule.
Estou no seu território com o meu bando. Próximo ao seu lar. Vejo você e sua família todo dia. Ela mesma, sua aluna, me ligou a meia noite e combinou comigo para acabar contigo e com sua família. Apesar de já estarem quase extintos. Não titubearei. Fique esperto, viu.
Ela, sua aluna (animal não raro), estava calma, sem medo. Outrora, já havia me mandado fazer outras missões secretas. Missão como essa.
Faça o que estou mandando ou ela (sua cria menor) e você (animal raro) morrerão de hoje até a sexta-feira desta semana (faz tempo esse ocorrido) e nada de passar sermões para ela (bicho que não está em extinção – aluna) na sala de aula. Senão executo-os mais cedo possível”.
Ninguém quer carregar filhos dos outros nas costas e ser responsabilizados pelos riscos assim sem mais nem menos. Os outros animais (que não são raros e até alguns são) entregam a responsabilidade toda para esses animais (como já cito anteriormente, raros), ditos mais instruídos em algumas artes naturais e humanas e sociais. E vão se embora os outros, simplesmente. O soldo destes bichos raros é um dos menores em alguns destes brasis. Na sua maioria. É um horror. Não há proteção alguma para essa natureza quase extinta. Segurança Pública. Plano de saúde. Convênios médicos para quê? Bicho não precisa de plano de saúde. Imagine então, de médicos.
Sem levar em conta que muitos outros bichos instruídos na leitura e em outras teorias, antes tiveram que passar pela sala de aula deste bicho (raro). Tais como: bichos professores, médicos, arquitetos, engenheiros, enfermeiros, armadores, secretários, faxineiros, juízes, promotores públicos, advogados, ministros, controladores internos, vereadores, prefeitos, governadores, deputados, senadores, presidentes, reis – que inclusive na floresta tem um - diretores e toda uma gleba de outros animais educados e afins. É fato. Todos e outros mais tiveram aulas com esse bicho raro e em risco de extinção real.
Há uma grande preocupação entre os bichos da floresta que existe em um destes brasis: quem cuidará de nossos filhos e familiares se esses animais raros e instruídos forem extintos de fato?
Sim, possibilidades há. Se o rei da floresta que há em um destes brasis dentro da nação Brasil, juntamente com seus súditos emissários não voltarem os olhos para esta natureza esquecida e sempre foi. Certamente esta classe de instruídos raros de boa vontade rara se extinguirá para sempre. E raramente renascerá. A geração futura só irá ouvir causos e ler histórias sobre a espécie (muito rara) que muitos costumavam chamar outrora, por ensinarem teorias e práticas, de professor – formador de opiniões. Deus proverá. E quem viver verá.




O Político (parodiando Luís F. Veríssimo)



Não posso deixar de concordar com tudo o que dizem do político. É uma posição constrangedora, sei, mas o que fazer? É hora da verdade. O político que me perdoe, mas, ele merece tudo o que se tem falado dele. E muito, mais muito mais.
As opiniões recentemente emitidas sobre o político até foram tolerantes. Disseram, como exemplo, que o político nas eleições se comportam até bem para conseguir votos. É fato. Logo após, disseram que o político é corrupto. Por um natural escrúpulo não quiseram ir mais longe. Pois não tenho escrúpulo.
O político se comporta mal em toda parte, não apenas quando joga futebol. O político tem péssimas maneiras dentro do congresso nacional e do senado federal. O político se veste bem, ternos italianos, tem até verba indenizatória. Não raro, cheira bem também. Perfumes importados com descontos de tarifas. Caríssimos. Mas o político faz xixi e cocô em escala industrial também. Se não fosse o político, não teríamos o problema ecológico. O político polui a atmosfera constantemente. O político é empresário. O político é industrial. O político é marajá. O político não sabe comer. Come escargó. Come caviar. Não gosta de feijoada. Rabada. Buchada. O político tem um gosto deplorável. O político é insensível com os problemas sociais. O político é vulgar.
A chamada explosão demográfica é culpa exclusivamente do político. Pois não dar condições para o povo se organizar e se prevenir. Anticoncepcional é caro. O povo não pode comprar e nas farmácias populares já existe corrupção. O político contribuiu para que isso ocorresse. O político se reproduz numa proporção verdadeiramente suicida. Só deputados são mais de quinhentos. Senadores então. O político é promíscuo e sem-vergonha. A superpopulação nos grandes centros se deve ao político que não dar condições do povo viver na sua região. Não existem políticas públicas. Culpa do político. As lamentáveis favelas que tanto prejudicam nossa paisagem urbana foram inventadas e incentivadas pelo político, que as mantém contra os preconceitos da higiene e da estética. O político na sua maioria (99%) é corrupto.
Responda com palavras: haveria os problemas de trânsito se não fosse o descaso social do político? O político é um estorvo.
É notória a incapacidade política do político. O político não sabe votar. Faz o povo votar através de promessas descabidas e que não são cumpridas depois das eleições. O político é um mau amigo. Após ser eleito, esquece os eleitores. O político é hipócrita.
Quando vota, invariavelmente vota em si mesmo (e às vezes não) ou em candidatos da sua coligação só por interesse próprio que, justamente por agradaram ao povo, não podem ser boa coisa. E na maioria não é.
O político é saudável. Há sabidamente, noventa e cinco por cento menos cáries dentárias entre o político. O índice de morte por malnutrição e por problemas cardíacos entre o político não assusta. É quase nada. Há ponte de safena até de graça para político. Há auxílio saúde de todo tipo possível. Inclusive auxílio paletó. O político é sujo. O político é mau. O político faz mal. Não dar mais para crer em político.
O político se cuida e não cuida do povo. O político é egoísta. O político nunca é atropelado. O político sempre viaja de avião. O avião do político dificilmente cai. Isto quando não se matam entre si. Mesmo assim não morrem facilmente. O político não mata. Queima arquivos.
O banditismo galopa sempre entre o político. O político é ladrão. O político é viciado. O político é doido. O político é imprevisível. O político é um perigo.
O político não tem a mínima cultura. O político não é nacionalista. O político não é cultural. O político não é literal. Muitos nem sabem ler ou escrever. O político viaja e muitas vezes (99%) de graça. Voos promocionais (é o que dizem) à mídia televisiva. Não se interessa por boa música ou literatura. Não vai a museus. Gosta de ter grandes votações. Aceita doações (apoios financeiros) volumosas.
O político não gosta de trabalho criativo, prefere trabalhos fáceis e ganhos volumosos sem dificuldades. Isto quando trabalha. Os outros trabalham para ele. Ele só recebe o benefício mensal sem nada fazer. O político se corrompe constantemente. O político é um parasita. Pois há os que preferem o ócio contemplativo dentro dos seus gabinetes parlamentares.
Se não fosse o político nossa economia funcionaria como uma máquina. O Produto Interno Bruto seria bem maior sem o político. Todo mundo seria mais feliz sem o político. O político deveria ser abduzido por extraterrestres. O político deveria sumir da face da terra. O político é uma lastima. O político é safado. O político é deprimente. O político faz o povo se deprimir. O político deveria ser eliminado.



“Tudo no que pensamos e pelo que agradecemos, conseguimos.”

Dr. John Demartini


Deus e Eu no Sertão



A noite fria caminha ao meu lado. As estrelas pareciam me acompanhar. A lua nesta noite não deu as caras. O mato ao meu redor batia forte com o rufar do vento. Lá longe se ouvia o piar de uma coruja. O frio estava cada vez mais forte. O sertão da chapada estava em louca cavalgada. As nuvens ficavam cada vez negras. Senti medo. Fiquei receoso de uma hora para outra cair um temporal tremendo. Preferir não pensar em nada que me fizesse voltar atrás. Continue. Precisava chegar ao meu destino.
A morte súbita caminha ao meu lado. Pensei que se andasse mais depressa mais cedo chegaria ao meu destino. É certo que não dava para apressar mais o passo. Era incrível como não conseguia pensar em mais nada de bom. A estrada parecia mais longa naquela noite negra. A cada passo que dava parecia não render a caminhada. Imagine aquele sonho em que você está se afogando e tentar se salvar e não consegue. Era tenebroso pensar em estar sozinho em um ermo sem alma nenhuma. Só a sua. Simplesmente. Deus e eu no sertão.
A caminhada parecia ser demorada. A estrada, sem dúvida, estava mais longa. O cansaço tomou conta do meu corpo. Direta e indiretamente. Comecei a sentir um sufoco no peito. Uma espécie de angina. Naquele instante que parecia mais uma eternidade, fiquei com falta de ar. Dispnéia. Precisava caminhar mais vinte e poucos quilômetros. Será que conseguiria? Deus e eu no sertão. Somente.
A mochila estava às costas. Abri-a e peguei a minha bombinha de Salbutamol. Sempre a carregava no caso de ter uma urgência como está. Ela e outra de Berotec. Eram minhas companheiras inseparáveis. Ai de mim naquele momento sem o medicamento. Parei para tomar um pouco de ar artificial. Normalmente o efeito era imediato como era de se esperar. O processo se dava com a dilatação do pulmão. O alivio era imediato. Não deu outra. Fiquei por algumas horas, bom.
Levantei-me e prosseguir com a andança. Faltam ainda muitos quilômetros. Continuei. O local era deserto por demais. Não se via alma viva e morta de forma alguma. Só eu e Deus no sertão. Como alguém pode crer em alma penada? Não sei. Simplesmente não creio neste fato.
Ao longe passou um cachorro e tive o ímpeto de me proteger pegando uma vara que um pouco antes havia tropeçado no meio da estrada. No meio do caminho tinha uma vara. Essa seria a expressão que Drummond usaria. Não houve necessidade de usá-la. Pois o animal parecia estar se distanciando cada vez mais de mim. Como percebi? Pelo ladrar do bicho. A cada instante se distanciava mais.
A vida nos prega muitas graças e desgraças. Uns têm mais e outros menos. Santos e pecadores que somos. Estamos sempre a mercê do destino. Quisera-me ter seguido os meus pensamentos e idealizações. Certamente estaria morto ou rico. Mas Deus tem os seus propósitos. Lá estava eu e Deus na escuridão da noite. O tempo quis mais e passou. Só. A brisa da madrugada inebriou-me pelas suas graças e criou um momento único e mágico. O da chegada. Chegar a algum lugar é sempre muito bom. Principalmente quando se chega ao lar. Lar doce lar. Por mais simples que seja. É satisfatório puramente chegar.
A noite pedia e exigia reflexão de minha mente sobre várias coisas que de uma maneira ou outra tivera feito. Deus estava me provando. O meu peito começou a querer explodir. Faltei ar novamente. O sibilo saia de minhas entranhas dificultosamente. A respiração encontrava-se com falhas. O corpo doía muito. Todo ele: as pernas; os braços; a cabeça; a caixa toráxica; tudo o mais. A morte estava ao meu lado. Mas, a vida insistia que vivesse. A noite ficou mais fria. Já era madrugada. Deveria ser mais ou menos três horas.
Eram mais ou menos quatro horas da manhã quando me aproximei do meu destino. A minha filha precisava de mim. A falta de transporte fez-me iniciar à aventura insólita. Nunca na minha vida imaginei que teria que andar tanto por qualquer outro motivo senão aquele. A vida e a morte caminham ao meu lado. Deus e eu no sertão.



Agreste


Nunca foi muito fácil chegar ao final do agreste. As pessoas diziam que não tinha fim. O agreste era tudo de bom. Ir lá era um desafio maravilhoso. Uma provocação para os medrosos. Eu era. Mas resolvi este problema. Fui explorar o agreste sem fim. Foi bom. Além do mais o secreto sempre me agradou. Os segredos são especiais.
As pessoas costumavam falar que lá existiam muitos animais distintos. Exóticos para ser mais exato. Seu João em certa ocasião narrou para a turma de aventureiros que já chegou a ver até uma mula-sem-cabeça. Pode? Ele afirmava isso. E batia o pé no chão que era verdade. As mulheres quando iam pegar madeira para fazer lenha, ficavam mortas de medo. Era um pavor.
Era gostoso ir lá, mesmo com tantas histórias. Seu Lalu contava cada uma mais absurda que outra. Certa feita ele narrou que seu filho menor tinha ido buscar o gado de Seu Mirosinho e viu, sentado em cima de um barranco, um defunto descarnado. É brincadeira uma coisa dessas? Pode? Esse povo tem cada uma. O agreste tinha dessas coisas. Cada causo maior e mais mentiroso do que o outro.
Lá no agreste tem um garimpo que inclusive nos dias atuais encontra-se desativado. Muitas pessoas dizem já terem visto assombração de toda espécie nos arredores do garimpo. Era de Seu Mustafá. Origem árabe. As pessoas não o conheciam direito não. Mas ele dava trabalho para o pessoal da região, então muitos até o achavam uma pessoa boa. Trabalho todo mundo necessita, né. Era um movimento danado naquela época. Todo mundo queria ir lá ao agreste conhecer o garimpo de Seu Mustafá. Algumas pessoas falavam que a assombração acontecia por causa do ouro que lá existe. Sim, é certo que ninguém nunca encontrou o mineral lá. A não ser que ninguém tomou conhecimento de façanha desse tipo.
O agreste era mágico. Uma serra muito alta descampada pelo garimpo. Era bonito. Diferente. Com o garimpo a serra ficou pelada. Feia. Acabada. Não dava para compreender o porquê de tanta destruição no meio ambiente. As máquinas tratores – que inclusive muitos conterrâneos vieram conhecer um trator naquela época, inclusive eu – eram enormes. Ficava imaginando junto com os outros curiosos como uma máquina daquele porte conseguia subir a serra do agreste sem dificuldades. Depois alguém me explicou que um motor D8 daqueles subia até no céu. Ai acabei me conformando com o esclarecimento. Não fiquei satisfeito não.
O agreste tinha dessas coisas. Até máquinas que dava para subir no céu. Passei a querer uma igual. No natal daquele ano sugerir a papai Noel que me desse um trator com motor D8. Ganhei um fusca de brinquedo no catecismo e só.
No agreste aparecia de tudo: Mula-sem-cabeça; Saci-Pererê; Curupira; Romãozinho; Lobisomem; tudo quanto era tipo de entidades folclóricas. Zeca de Dona Zulmira disse uma vez que tinha visto um bicho estranho embaixo de um Pé de Mangaba. Parecia um lobisomem, dizia ele, todo peludo e grande. A turma ficava ouriçada com a história e todo mundo queria ver de perto o animal. Que nada, íamos lá só para depois sair correndo. Não se via nenhuma entidade dos contos populares. Os adultos muitas vezes criavam causos para a molecada não mexer nas arapucas que havia por lá para pegar nambu e outros bichos mais. Sobre o agreste tinha muitos outros causos que não me atrevo a contar aqui. Isso já é outra história.



O Gigolô dos Sorrisos



Quanto vale um sorriso? Sorriso faz bem e nem todo mundo possui. O sorriso tem quem sabe dar. Sorrir é bom, vai bem para a saúde humana corporal e espiritual. Melhor um sorriso forçado do que uma ponte de safena. Sorrir é fácil é só querer. Eu rio muito. Devemos rir sempre com todo gosto possível. E ainda dizer amém. Sorria. Tem gente que não dar sorriso. Vende. E caro. Mo mercado livre se encontra sorrisos a preços populares. Sim, mas tem gente que dar.
O sorriso pode ser forçado ou bem natural. Hoje em dias se compra de tudo. A rede mundial de computadores se faz presente em qualquer segmento do mercado. O sorriso é indispensável. O sorriso é maravilhoso. Tem pessoas que por não conseguir sorrir, fica com ódio de quem consegue. É ridículo. Compre o seu sorriso. No mercado livre vende. Aliás, tem muitos outros meios de se comprar um sorriso. Dê uma nota de dois reais a uma criança e você verá um belo sorriso por uma simples bagatela. É simples conseguir um sorriso no mundo atual.
As pessoas sorriem por qualquer motivo banal. Observe ao redor de alguém que por um motivo ou outro, tropeçou sem querer. Sempre tem outro que sorrir. O sorriso pode ser falsificado ou original. Normalmente depende muito da fonte de origem. Sorrir é fácil. Sim, nem sempre é. Existem muitos sorrisos forçados.
Um grande sorriso é aquele que vem de lá de dentro. Do fundo da alma. Do âmago da pessoa. Sorrir faz um bem enorme para a saúde física e mental. Sorria sempre sem pedir nada em troca. Seja palhaço da esperança.
Assim como existem gigolôs do sexo. Existem também gigolôs do sorriso. Tem gente que vende sorrisos de todo tipo. Às vezes um sorriso nervoso por um motivo ou outro. Às vezes um sorriso bem eloquente. Às vezes um sorriso traiçoeiro. Às vezes um sorriso de amor. De carinho. De ternura. De capricho, só para o outro não perceber que você está triste. De compaixão, para não deixar o outro mais triste. De compreensão. De raiva. De ódio. De dor. De rancor. Existem sorrisos de e para todo gosto e pessoa. Vai de cada caso. Hoje em dia vende-se de tudo um pouco. Os consumidores é que manda. O preço vai de acordo o produto vendido. Negócio é negócio. Paga quem quer ter. Não é difícil vender sorriso não. O mundo inteiro necessita dele. As pessoas andam bastante depressivas hoje em dia.
O sorriso faz bem para pessoas que detém a depressão. Não é boa. Mas todo mundo parecer querer possuir. As pessoas complicam de mais a vida e ai ela vem. E o sorriso entra em ação para curar mais esta doença também. Sorrir é gostoso. Só não pode comer sorrindo que engasga. A comida não combina com o sorriso. Mas combina com o estado que o sorriso deixa nas pessoas quando estão se alimentando. O estado que o sorriso alcança nos corações humanos é tão intenso que se come com mais vontade. O apetite das pessoas se abre. E come com mais desejo.
O gigolô dos sorrisos faz uma grande ação ao vender sorrisos. Ele une o útil ao agradável. Ao mesmo tempo vende e satisfaz o consumidor. As empresas de creme dental que o diga. Ao vender seus produtos, ganham bastante dinheiro e satisfaz seus clientes. Vender sorriso não é todo ruim não. As pessoas consumidoras ficam satisfeitas com o produto e estão sempre em busca de melhores sorrisos. Sorrisos de todo tipo e marca. É a lei da oferta e da procura. Vende quem tem melhores preços.
Existem até gigolôs que são contratados por empresas de grande porte para fazer promoções do sorriso. Normalmente, hoje em dia, se vende de até dez vezes no cartão de crédito. Outras lojas vendem só a vista. E outras no boleto bancário. Essas últimas não vendem muito porque os consumidores já andam assustados com os juros dos bancos e preferem comprar no cartão ou ajuntar um dinheirinho e pagar a vista. Mas todo mundo vende. Todo mundo quer comprar um sorriso. Muitos até preferem comprar no mercado negro. O preço é melhor. É certo que o produto não é de tão boa qualidade, mas na falta de oportunidades. Compra-se.
Têm muitos gigolôs que trabalham como cambistas. Compram o produto mais barato e depois vendem mais caro para os consumidores que dormiram demais. É assim. O importante é que cada qual tenha o seu sorriso pronto para toda hora. E quando necessitar. Sorriso existe e é bom possuir a todo instante. Não dar para permanecer a vida toda sem um sorriso. Faz bem para o coração de quem rir e de quem vislumbra o sorriso. Sorria sempre. Sorria sem remorsos e sem culpas. Bem maior possui quem tem um sorriso permanente nos lábios. Sorria. O ato de rir é benéfico para a alma. E nem todo mundo tem um belo sorriso. Venda sorriso por ai. Venda sorriso para o mundo. O mundo precisa de pessoas cômicas. Hilárias. Comoventes. Seja fã do riso. Seja feliz. Ria. Faça os outros rirem. Dê sorrisos. A sociedade mundial necessita disso. Sorrir é um ato de amor. Viva bem.


















Festas



Naquela noite foi muito animada. A festa estava ótima. Todos diziam a mesma coisa. Vez por outra saiam duas ou mais pessoas cambaleantes. Uns abraçados outros não. O mais interessante era que não havia muito que fazer. Quem conseguia tomar um porre ou outro se divertia entre aspas, entretinham-se ligeiramente. Só isso puramente.
A noite prometia ser bastante monótona e era mesmo. Simplesmente. As pessoas não se encontravam mais para conversar sobre a vida. Casos ocorriam de várias formas. Até mesmo histórias profanas profundas. Imagine que de tudo há neste tipo de eventos. Ate contação de histórias.
Essa, dizem, foi real. Dois amigos foram embora para suas casas usando uma motocicleta. Viajaram muito tempo totalmente embriagados. Absurdamente bêbados mesmos. Um deles que estava na carona caiu. O outro não percebeu de imediato. Ao chegar ao local onde iria deixar o colega, pediu que o mesmo descesse da moto. E ainda desejou boa noite para o amigo. Foi ai então que viu que se encontrava sozinho. O colega tinha caído da motocicleta a vários metros atrás. Inesperadamente percebeu o que havia acontecido. Ele riu sozinho naquele momento.
Voltou à festa pelo mesmo caminho. Encontrou o colega no encostamento e desataram a rir os dois. Voltaram para o evento e foram contar aos outros o ocorrido. Todos acharam graça e curtiram a noite toda. Sem culpas.
Existem histórias de todo tipo e situações. Em uma festa universitária, alguns acadêmicos se reuniram para pregar uma peça em uma colega. Naquela mesma noite fizeram com que ela se embriagasse. Depois que a garota estava bêbada. Levaram-na para um quarto nos fundo da casa e a estupraram. Jogaram toda a cena na internet. O mundo inteiro viu e ninguém se manifestou. Não foram punidos de forma nenhuma pela justiça dos homens. Histórias como essas acontecem a todo instante no mundo atual.
As pessoas deixam de se alimentar e de comprar algo necessário para a vida só com o objetivo de participar de festas. Para isso compram roupas caríssimas e se arrumam da melhor maneira possível para esta finalidade. A festa seja onde for está na alma do ser humano, mas não é sempre boa.
Este é sem dúvida nenhuma, profano na sua genética e assim se mantém, passando de geração a geração. Dessa forma os herdeiros, seus filhos e parentes, dão seguimento as orgias e santuários festivos. Em dado momento parece que não dar para ficar sem festas. É certo que vez por outra não é nada mal. Porém a mim não faz falta. Sou um eterno solitário. Fiz-me assim por querer e não por padecer as tristezas da vida. Penso que o ser consegue sobreviver sem orgias. Não nascemos profanos. Fizemos-nos profanos. É certo que mundanos somos nós, porém, não é preciso que morramos por essa causa, estupidamente.
Festejar é bom. Celebrar a vida de forma consciente e dinâmica, mas não com forças demoníacas ao nos rodear. Não sinto falta de festas absurdas. Faço festa ao aplaudir alguém que mereça aplausos. É só. A vida é bela, devemos, pois, saber vivê-la docilmente. Saborosamente. Responsavelmente. Festejando a vida com responsabilidade viveremos com mais sabedoria e paixão pelo que é bom. Festejemos, pois, um dia após o outro sabiamente.




Brasil mostra a sua Cara!



Não dar mais para ficar com os olhos fechados diante de tanto descaso público. A vida do brasileiro encontra-se uma bandalheira só. Não há como não perceber o quanto o trabalhador é maltratado neste país. Os governantes parecem que se faz de cegos, surdos e mudos em relação às políticas públicas. Não existem políticas publicas neste país. O governante está louco. Tudo que se refere ao povo se muda para pior. O povo precisa se manifestar. Fazer movimentos populares. O Brasil se vem de barato de mais. Tem até estados que dá isenção de impostos até mais de dez anos para empresas estrangeiras, só porque colocam o slogan “multinacional”. O capital sempre vai para fora do país. Aqui só permanecem as dívidas. E o desemprego. Que país é esse? Não compreendo.
Cada dia que passa o povo entende menos sobre o capitalismo. Essa palavra soa muito estranho aos ouvidos das pessoas. Também não tem como compreender mesmo. No Brasil existem muitos famintos por justiça. Logicamente se existe um capitalismo, certamente há capital financeiro para investimentos. Quem detém esse capital? Quem investe? Quem se beneficia? É claro que a preferência é de quem possui o poder para manipular o sistema.
O povo é gado. O povo tem vida de gado. O povo está cada dia mais pobre e a mídia sempre dá notícia ao contrário da real circundante. Desconfie dessas mídias e de suas ideologias sensacionalistas. Sempre possui conotação para fazer lavagem cerebral nas pessoas. É uma falta de respeito total. Não dar para compreender que país é esse. E o que quer fazer com o povo. Sim, porque existem vários brasis. Um desses brasis é dos ditos ricos. Outro é dos ditos pobres. Outro é dos ditos miseráveis sofredores. E existem outros brasis neste Brasil varonil. Especificamente brasis: safadil, corruptil, desonestil, burocratês – neste caso último quando não tem interesse político para solucionar problemas de outrem. Um país desumano com seus conterrâneos. Talvez por essa causa não seja respeitado pelos outros países do resto do mundo. E aí faz parte do terceiro. As nações se respeitam pelo poderio que as mesmas detêm.
“Brasil mostra a sua cara”. “Quero ver quem paga para a gente ficar assim”. Os políticos perderam até o melhor que Deus nos deu: a vergonha. Tem político que até castelos vem construindo com o dinheiro que sobra com a isenção fiscal. Sem falar na sonegação dos impostos. Perdeu a vergonha de tal modo que não pensa duas vezes para ir à televisão e se defender das acusações, narrando que nada tem a temer porque está inocente. Está inocente ou é inocente? Não se sabe ao certo. Sim, de fato, de acordo a lei a pessoa é considerada inocente até que se prove ao contrário. E não se preocupa em nada pela morosidade da lei brasileira, é claro, para alguns privilegiados não funciona. E ainda encontra quem os defende.
Têm correligionários que vai à mídia para dizer que coloca a mão no fogo pelo determinado político. E ainda que esteja se lixando para a opinião pública, o povo é que os elegeu. Mas que se dane o povo. Só preciso deles para essa finalidade: ser eleito. É o que dizem.
De uns tempos para cá se ouve falar em doações para burlar a lei e a justiça. É fato que essas doações são legais. Mas nem sempre as verbas destinadas a elas são. A vida do brasileiro anda critica. Segurança é artigo de luxo neste país. Possui quem consegue pagar para ser protegido. Uns mais, outros menos. Os impostos que o brasileiro paga, mal servem para pagar os salários absurdos, exagerados aos políticos nacionais. Deputados, senadores, prefeitos e todos os mais, por uma questão nem sempre lógica, só pensam em si e nos seus. E não é a todo instante não. Na maioria das vezes, pensam somente em si. A vida social no Brasil está a cada dia mais difícil. As prestações ficam caríssimas. Juros altos. Encargos exorbitantes. E quem sempre paga a conta? O povo é claro. Brasil mostra a sua cara. Quero ver quem paga para a gente ficar assim. Cazuza. Grande mestre excelente. Cantor maravilhoso que o diga de além-vida. E que os ouçam e catalogam seus questionamentos fundamentais. A vida social neste país chamado Brasil é um grande negócio para uma pequena minoria. Diga-me quem é teus sócios. Confie em mim.
O que dizer então de um antigo político nacional que foi pego com uma grande quantia em dinheiro dentro da cueca. Que país é esse? Meu Deus?! E aquele outro velho político (corrupto) das antigas que também foi convocado para prestar contas de uma grande quantia em dinheiro. E disse ao poder público que tinha acertado na loteria federal por várias vezes, se não me engano. Mais de cem, segundo fala dele. E ainda teve a cara de pau de proclamar na prestação de contas que tinha sido Deus que deu para ele. Coitado de Deus.
Teve outro que há muitos anos resolveu confiscar as economias que o coitado do gado (o povo), economizava para garantir o futuro dos filhos. Ressalva dele: combater a sonegação fiscal, para essa finalidade teria que mexer nas poupanças dos coitados. Por pouco tempo, dizia ele. O tempo passou. O gado não mais viu pastos verdinhos. A poupança de lá para cá só decaiu. Mas tudo bem, o brasileiro não desiste nunca, não é mesmo? O povo possui memória curta. Esse último cidadão já se reelegeu várias vezes neste mesmo país no qual contribuiu para a pobreza ficar maior. O povo só vota em políticos populares que, justamente por agradarem a massa, não podem ser boa coisa não.
O povo se esquece rapidamente dessas aves de rapina. São Paulo (a capital) que o diga. Aquele político de lá, desviou mais de quatrocentos e cinquenta milhões de reais dos cofres públicos. A televisão deu. Logo depois ele foi reeleito com uma votação esplêndida. O povo gosta. O povo não se ama. O povo se odeia. O povo é difamado e ainda acha bom. É cruel pensar isso do povo, mas é verdade. Quero tirar esse povo de dentro de mim. O povo é pior que a AIDS, mata centenas em menos de um ano. Essa ameaça deve ser exterminada definitivamente. O povo é desinformado. O povo não é critico. O povo não sabe votar. Não sei o que dizer do povo. O povo é a cara do Brasil. Nada sabe o povo fazer. O povo é ridículo. O povo é horrível.
O político brasileiro deita e rola em cima do povo. O político brasileiro faz do povo gato e sapato. O povo gosta de sofrer. De ser pisado. Maltratado. Não sei mais o que falar do povo. É nojento demais. Brasil mostra a sua cara. Mas quando será o dia da minha morte? Eu como povo quero morrer. Preciso exterminar esse povo que tem dentro de mim O povo não pode existir desta maneira. O político faz o que bem entende com o povo e com a nação e o povo continua a votar e satisfazer as vontades deste mesmo político. O povo não existe.
Acabei de descobrir que o povo brasileiro e mundial é masoquista. Aliás, são masoquistas. Ele, o povo gosta, adora sofrer. Acabei de descobri que o povo venera o sofrimento. Ainda vota sem exigir nada em troca. Ainda passa uma procuração para o político. O político faz o que bem quer com o dinheiro do povo. Desvia verbas públicas. Constrói obras faraônicas caríssimas. Fazem castelos enormes. Usam como quer e bem entender o dinheiro público. E o pior! O povo ainda diz amém. Não. É isso. O povo é masoquista. Ele, o povo, adora, ama o sofrimento.
O povo é o Brasil. País acolhedor. Não exige nada em troca. É roubado permanentemente pelos seus e pelos outros de fora. E ainda sai sorrindo. E ainda agradece a Deus por estar vivo. O povo é as greves por melhores salários. O povo é tudo isso e muito mais. O povo é o país do carnaval. Do samba. Da bossa nova. Da prostituição infantil. Do tráfico de mulheres. Do contrabando de mercadorias. Da corrupção. Do tráfico de drogas. Do tráfico de órgãos. Das filas nas repartições públicas. Dos meninos do trafico. Das mulheres no tráfico. Dos Fernandinhos protegidos pelos direitos humanos. Dos coitados sem dinheiro que não são protegidos pelos direitos humanos. O Brasil é o povo. Oprimido. Depressivo por não ter como pagar as contas no final do mês. E muitas vezes paga-se parcelado aquilo que dar para pagar. O que não dar, fica pro mês seguinte e vai ficando, ficando, ficando. Acumulando. Exterminando o Brasil que não mostra a cara por não ter dinheiro para levar a família vez por outra a um restaurante. Ou quem sabe a um barzinho que serve almoço e almoçar. Brasil mostra a sua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim. É isso.
O Brasil é o povo. O povo é o Brasil varonil. E ainda não me convidaram para esta festa pobre. E ainda não me sinto gente depois de tanto tempo como povo. O povo não é gente. E o povo ainda se traveste para fugir de sua realidade social e desumana. E ainda muda de sexo.
Brasil mostra a sua cara. Quem é o seu sócio neste negócio? A miséria parece ser bom negócio para o sistema social político e infame desta nação. Espero que um dia não tenha razão mais para pensar desta maneira. O povo um dia destes dará seu grito de liberdade antes que seja tarde demais. Há uma grande necessidade de ir à luta. Mas a quem o povo brasileiro poderá recorrer ainda? A política tradicional está falida. As pessoas não crêem mais em qualquer promessa. O mundo mudou, mas algumas coisas continuam como eram.
Quando as pessoas correm atrás dos seus ideais de vida para bem viver, são perseguidas até quiçá, a morte. Não é fácil ser feliz neste universo. Tem gente até comprando passagens para outros planetas. Muitos bilionários por possuir bastante dinheiro – normalmente ligados a algum tipo de política de algum país no resto do mundo – estão indo a marte e têm a pretensão de navegar em outros espaços desconhecidos. Enquanto isso o mundo passa fome. Não é a fome que você imagina. É a fome da justiça social que ainda não foi saciada. Enquanto isso em um mundo não muito distante daqui, as pessoas passa fome de saber. Sim, esta é a pior violência. A fome. Quero que a fome do ser acabe definitivamente. Eu quero viajar pelo azul do céu a todo instante. Eu quero sol neste jardim social. Eu quero amor sem fim no coração de cada um. Quero que o Brasil mostre a sua cara. Quero correr ao encontro da justiça e da paz. Quero correr ao encontro do caminho para ser feliz. Quero a verdade no olhar de cada pessoa que há neste país e no universo. Quero que o Brasil vire uma nação de e para todos. O querer é importante. Não quero ser mais um mártir desta pátria..
O Brasil é um país de muitos mártires. Mártires são aqueles cidadãos que morrem por uma causa social, específica. Não nasci para ser mártir. Nasci para lutar por meus ideais de liberdade e fraternidade. Liberdade antes que seja tarde. A liberdade na sua totalidade ainda não existe. Ousemos lutar sempre pelos nossos ideais de conduta e fraternidade. Digamos a todo o momento sem temor: “ousar lutar, ousar vencer!” Não existem vitórias sem lutas. Não abaixe a cabeça. Não olhes para trás. Pense e confie em Deus. Deus também é brasileiro. Ele te proverá. Segura na mão de Deus e vai. Pense nisso e acredite. E lute com todas as tuas forças e vencerá nesta sociedade brasileira e caótica. Acredite. Seja feliz!




Qual o Sentido?


Qual o sentido de andar pelos quatro cantos do mundo dando conta da vida dos outros? Qual o sentido de viver sem participar da vida em sociedade? Não dar para viver sempre sozinho. O homem necessita de dar sentido à sua vida em comunidade. Qual o sentido de fazer perguntas e não obter respostas? O homem precisa de respostas para sobreviver. Qual o sentido de uma vida sem pesquisa de campo? O homem necessita de pesquisar para conseguir respostas.
Qual o sentido da vida sem a morte? A morte acompanha o viver do homem a todo instante. A caminhada da vida é para a morte. A morte está sempre à espera. Qual o sentido de crer sem ação? A fé não existe sem ações concretas. Qual o sentido do homem sem a mulher e vice-versa? Um não vive sem o outro está na bíblia. O livro sagrado liga uma coisa à outra.
Qual o sentido do corpo sem os outros órgãos vitais? Não há vida sem os complementos importantes. O corpo não sobrevive muito tempo sem seus complementos. Qual o sentido do dia sem o sol? Sem o sol não existe dia, simplesmente. Um dia de sol garante ao ser longos dias saudáveis de vida. Sim, sempre com moderação.
Qual o sentido da noite sem o luar? Uma noite sem lua é triste por demais, as pessoas mal saem à rua em noites muito negras. A lua é essencial. Não dar para ficar sem a lua clareando a noite. Tudo fica triste sem a lua acompanhando a noite bela e negra.
Qual o sentido do negro sem o branco? Imagine um mundo só negro e outro só branco. O colorido é imprescindível. Não dar para ficar sem as cores. A vida para ser bela necessita do colorido das coisas. Uma aquarela traz alegria às pessoas de bem. Sim, porque não são todos os maus que gostam de cores.
Qual o sentido de um coração sem sangue? O coração fica vazio, não bombeia mais o sangue e o ser morre. Simplesmente. O coração tem que estar regado com esse líquido precioso. Senão seca.
Qual o sentido de viver? O sentido é só amar. Cada um por cada um. Em seus corações mora um abrigo para o outro, seja homem ou mulher.
Qual o sentido de destruir a natureza? Logo mais estaremos sem ar puro para respirarmos e ai tudo se acaba. O ser necessita da natureza para sobreviver neste mundo cão. Então porque destruí-la? Deve-se, portanto, conservá-la. Desta forma vai viver muito bem. Você e os outros.
Qual o sentido do sal sem o açúcar? Algumas vezes o ser tem que combinar um com o outro para que as coisas tenham um sabor original e único. Na maioria das vezes essa combinação deixa os alimentos mais atrativos. Um relacionamento sem sal fica atração. Não fica bom.
O sentido das coisas é você que dá. As coisas estão ai para serem transformadas. Uma pedra bruta pode se transformar em uma bela estátua. Em uma linda obra de arte. Um homem arrogante pode vir a ser um ser pensante. Uma pessoa parada no tempo e que se sente rejeitada pela sociedade pode-se transformar em um ser maravilhoso, intelectual, basta uma simples palavra de conforto e confiança. Um afago. Um carinho. Um gesto de compreensão. O sentido das coisas encontra-se dentro do seu interior. Procure. Viver é um lindo momento quando se sabe amar. Ame. Se ame. Se adore. Se queira. Se realize. Dê sentido para a sua vida em sociedade.



TICs



Poderia ter e ser muito bem outra significação. Qualquer outra coisa. Algo mais e apenas alguma outra coisa. TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação. Estarei me especializando neste novo setor de trabalho e inclusive está em alta nos dias atuais. TICs parece qualquer coisa como uma inteligência artificial. Algo vindo do espaço sideral, enviado por extraterrestres. Alguém sobre humano resolveu criar essas tecnologias que se transformou num grande vicio no coração dos humanos. Algo sobrenatural assim só pode porvir de uma inteligência superior. Divina, até.
TICs poderia significar Terapia Intelectual para o Cidadão. É certo que no mundo parece que não há esse ser – cidadão - Pois, não existe cidadania. A terapia intelectual serviria para criar esses cidadãos. TICs pode significar muita coisa na vida dos brasileiros. O Brasil é cheio de significado. A inteligência artificial já faz parte do mundo há muito tempo. O que seria das pessoas de todo universo se não fosse as TICs? Acredito que o mundo pararia. Se o computador central dá pane, todos os outros sistemas paralisam. E vai surgindo outros recursos para o melhoramento desses sistemas e custa muito caro tê-los. O mundo hoje é assim. As TICs estão em tudo e todos precisam das TICs. Não dar para viver sem TICs. Sem TICs, o mundo paralisa.
TICs pode significar qualquer coisa. Poderia ser Tecnologia para o Implante de novos Corações. Terapia Intensiva para melhoramento do Coração. E outros mais. TICs é tudo e o mundo não vive sem as TICs. Ave Tecnologias da Informação e Comunicações!
TICs poderia muito bem significar Tratamento Intelectual para pessoas Computadorizadas. Sim, porque nos dias atuais não dar para imaginar o povo sendo atendido nas instituições comerciais de forma obsoleta. A população mundial cresceu bastante. A tecnologia contribui muito para as transações financeiras. É certo que não tenho investimentos de capital há muito tempo. Mas a maioria das pessoas possui algum tipo de investimento. Imagine se de hora para outra o sistema central de tecnologias entra em absoluta pane? É o fim de muita gente que detém dinheiro em bancos e ou instituições financeiras aqui, no Brasil, e no resto do mundo.
A internet surgiu para nos fazer aumentar a produção dos afazeres. Logo depois veio a intranet que favoreceu ainda mais as empresas de modo geral. A proteção dos bens públicos e dos particulares ficou bem maior. Vamos conjecturar que, a intranet é uma tecnologia interna para o uso exclusivo de quem a possui. A internet agrega toda a tecnologia da intranet, porque essa última surgiu a partir da primeira. É lógico que cada qual detém o seu sistema de comando.
Em suma, as tecnologias vieram para ficar. A TIC, Tecnologia de Informação e Comunicação faz parte do cotidiano das pessoas como o sangue constitui parte importante das células do corpo humano. Sem o sangue não existe a vida. Sem as TICs não existe movimentação financeira e social no mundo globalizado. O homem é tecnológico. A tecnologia está dentro do homem. A tecnologia faz parte de tudo que se move nos quatro cantos da terra.
O homem não conseguirá sobreviver em seu espaço sem o uso das tecnologias da informação e comunicação. As TICs são a alma dos negócios lucrativos que existem na face do universo tecnológico. As empresas de tecnologias que o digam. A cada dia crescem um pouco mais. As TICs podem significar qualquer coisa entre a emoção e a razão. Entre o homem e a mulher. Entre o amor e o ódio. Entre o limite do possível e do impossível. Entre o Alfa e o Ômega. Ave TICs!



Quero Luz neste Jardim.




Quero luz neste jardim de flores secas. De flores murchas. Quero luz neste jardim de rancor e ódio. Quero luz neste jardim de miséria e de violência. Quero luz neste jardim de arrogância e de ignorância. Quero luz, uma luz bastante forte para clarear a escuridão do coração das pessoas. Quero luz neste jardim de ingratidão e incompreensão. Quero amor sem fim neste jardim. Quero luz neste jardim para aprender a amar. Quero luz neste jardim para aprender a perdoar sempre. Quero luz neste jardim de incontáveis injustiças sócias. Quero luz neste jardim das perdições. Quero luz neste jardim para que os políticos vejam que há necessidade de políticas públicas já.
Quero luz neste jardim para que possa ver e conhecer que são meus inimigos de fato. Quero que Deus sempre me faça enxergar através das aparências. Quero que Ele me faça ver no coração das pessoas aquelas que contra mim e os meus levantam falsos testemunhos. Quero contribuir para solucionar alguns problemas que no mundo há. Quero colaborar para que neste jardim só tenha flores lindas e belas. Quero luz neste jardim de sabedoria para que possa perceber além do alcance da visão. Quero que Deus me dê o dom para que possa entender melhor o outro. Quero possuir a inteligência dos cegos para que eu possa enxergar com os olhos do coração. Quero luz neste jardim da ignorância para que possa compreender perfeitamente as razões do outro.
Quero puder ver com os olhos do coração e não subjugar os outros seres por qualquer motivo aparente. Quero luz neste jardim da vida humana e privada para que possa me globalizar e aprender a trabalhar em coletividade. Quero ser neste jardim da desumanidade um homem de bem e que só semeia a bondade. Quero ser o jardineiro deste jardim de flores murchas para que possa faz com essas mesmas s flores frutificarem. Quero luz neste jardim da desobediência humana e o transformar em um jardim da obediência espiritual e infinita.
Quero sol neste jardim para que os seres que nele sobrevivem possa de fato viver verdadeiramente. O sol da vida nos faça felizes verdadeiramente junto a esse jardim. Quero que esse jardim se frutifique concretamente na beleza das coisas de Deus.
Quero luz neste jardim infantil e desnutrido para que ele possa crescer sempre e fazer as pessoas de bem se encontrarem em seus ideais e preferências. Quero luz neste jardim da desconfiança para que possa transformá-lo em um jardim da confiança eterna nos seres que aqui vivem e vivenciam em comunhão fraterna.
Quero que todos os seres humanos vivam felizes e realizados e consigam alcançar seus objetivos desejados e possam viver bem com o outro.
Quero e desejo que, aja luz neste jardim da confusão que há no mundo dos vivos e que esse jardim possa dar frutos e, que esses possam alimentar aqueles que passam fome por ai afora.
Quero e desejo que você meu irmão seja feliz nas suas andanças e que seu jardim nunca seja um jardim da ignorância e da incompreensão. Que seu jardim seja sempre frutífero e farturento e que você possa contribuir sempre com o mundo no qual sobrevive. Quero e desejo tudo e muito mais para as pessoas do mundo e que sejam realizadas nos seus objetivos e ideais de liberdade, fraternidade e amor sem fim. Sempre quero que você se realize definitivamente. Realize-se você. Seja feliz.



Sobre muitas Coisas



Quando sai de casa pela primeira vez na minha questionável e triste vida. Minha mãe dissera assim: “que Deus te abençoe sempre meu filho em tudo que vieres empreitar na tua vida”! Daí em diante não mais parei de lutar para a minha sobrevivência. São muitas coisas que o homem passa no seu cotidiano e na sua caminhada para a sua imortalidade. Sim, o homem se imortaliza através de seus filhos. A descendência é de grande importância para que o ser continue vivendo no outro e no mundo terreno. Há momentos em que o mortal tem que pensar em uma forma de viver para sempre. A doação de órgãos é um grande exemplo sobre o assunto vida.
Quando a gente pensa algo, de uma maneira ou outra, se imagina até o sobrenatural. A beleza da vida é maravilhosa e apaixonante, além do mais é misteriosa. Mágica. As pessoas passam horas e horas deliberando sobre esse assunto: vida. O que é a vida, afinal? O viver é relevante para o ser. Esse vive cada instante como se fosse o último. Alguns até exageram um pouco. Mas é certo que não dar para fazer qualquer coisa. Deve-se pensar em que fazer de verdade. Deve-se selecionar um tipo de vida. Um bom tipo de vida. A vida terrena é uma só. Viva enquanto é tempo. Amanhã o Criador te fará a cobrança. Já diz Eclesiastes.
Sobre muitas coisas tenho pensado. Como o ser surgiu? Que mistério as profundezes do mar escondem? Quantas belezas possuem nas profundezas dos oceanos? Quantos animais exóticos, diferentes: peixes de todo tipo e espécie, plantas e sabem-se lá mais o quê? Quantas coisas o homem deve imaginar de uma vez só? Os questionamentos nos fazem falar e nos faz escrever textos confusos sobre muitas coisas. A confusão é que nos fazem escritores e artistas. O fato é que a vida é bela e deve ser vivida intensamente. Viva como se não houvesse o amanhã. O inesquecível Renato Russo sempre conjecturava sobre o amanhã. Dizia que devemos amar como se não existisse o amanhã. Grandes homens deixam recordações grandes. Grandes homens deixam saudades nos corações.
O homem tem procurado respostas para as suas indagações internas e externas. O homem tem ido até em outros planetas buscando respostas para a vida do ser. Mas nada tem conseguido. A vida continua uma incógnita. A origem do ser ainda gera um grande conflito na mente do homem. Este tem conseguido resultados positivos sobre o principio vital. A base encontra-se no gene de cada ser. Surgiu então à genética. O genoma que cada ser possui é importante para novas descobertas sobre a vida. Mas esta ainda é misteriosa para o homem. O principio de tudo está longe de ser desvendado.
Sobre muitas coisas se conjecturado. A humanidade se mata a cada instante. O genocídio está crescente. Filhos. Pais. Mães. Irmãos. Povos. Encontram-se num terrível labirinto de confusas idéias sobre as coisas do mundo. As pessoas não se sentem mais seguras em suas moradias. Têm medo do que possa ocorrer consigo e com os seus. Em alguns lugares não se dorme por falta de segurança. As pessoas Têm medo de suas próprias sombras. Falta-lhes fôlego. A respiração não é mais a mesma.
Sobre muitas coisas tenho imaginado. Como seria o mundo sem a Presença do Todo Poderoso? Sim com a presença de Deus os seres humanos agem como loucos atrás de bem sobreviver sem medir as consequências, imagine se não acreditasse em um Deus Todo Poderoso. Não é fácil conjectura sobre certas coisas do mundo. O mundo encontra-se muito caótico. Há uma imensa necessidade de se praticar os atos com responsabilidade e compromisso. Sobre muitas coisas há outras sob. Sei lá, ando meio confusão (no momento) com tantas coisas.


Sala de Aula versus Professor



Quem quer trabalhar em sala de aula para ensinar? Local no qual não gostaria de estar como professor. É certo que por um motivo ou outro, cá estou professor. Escrevendo sobre o assunto. Faça uma pesquisa de campo e veja quem gostaria de ser professor. Certamente a principal resposta seria que, só se não houvesse mais nada para fazer. A sala de aula não é muito atraente. As paredes das salas não possuem cores, são muito efêmeras, não atraem ninguém. O salário do educador é uma ninharia, não dar para pagar sequer as contas mensais.
A vida do educador não é nada fácil. É o único profissional assalariado que depois de toda carga horária cumprida, ainda faz trabalho voluntário (horas extras) para o governo. E esse último não está nem ai para esse trabalhador que normalmente é muito dedicado. As horas extras trabalhadas não são recebidas de forma nenhuma. A sala de aula é um dos únicos locais que ninguém (de sã consciência) que estar. O motivo? Existem vários. Fora ela só se compara com o cemitério. As pessoas interessadas e envolvidas só comparecem em datas especiais. No caso do cemitério, velórios ou enterros. No caso da escola, reuniões de pais e mestres ou eventos específicos, tais como: datas comemorativas. E mesmo assim quando se faz algum tipo de festa. E só.
Salários baixíssimos. Desconsideração. Falta reconhecimento por parte de pais e alunos. O cômico é que se o aluno não consegue aprender algum assunto, normalmente o culpado e talvez o único culpado seja o professor. Por mais esse motivo é apedrejado. E já é e, sempre foi massacrado. O professor já vive psicótico e neurótico. A neurose já tomou conta das salas de aula. Coitado! Isso é o que toda sociedade conjectura. Todo o mundo delibera sobre o assunto: reciclagem do professor. O aluno não detém culpa nenhuma. Não necessita de ser selecionados. É o que dizem. Cadê aquela provinha de aceitação que muitas escolas aplicavam para receber um aluno? Sumiu. Algumas instituições, muito poucas, ainda aplicam. Outras não. Não precisa ser reciclado o aluno. O aluno não. O professor sim. Acho que estou meio que psicótico. Talvez neurótico. Sei lá.
O governo também precisaria fazer esta provinha para assumir seus cargos eletivos. O governo junto com a sociedade capitalista é que necessita de serem reciclados. A sociedade não está nem ai e nem vai chegando para o professor. Todos precisam ou precisaram deste profissional. A sala de aula tem um quê de esquecida por parte da sociedade, logo, a outra parte são professores e, esses, não se esquecem da sala, portanto, é parte integrante dela. Os alunos que vão, praticamente não chegam a entrar e já estão querendo sair novamente. É um assombro, dizem àqueles que percebem e são críticos. Algo está errado.
Penso que o principal motivo desta aversão à sala de aula está nos baixos salários que são pagos. Isso de modo geral. Tanto a educação pública quanto à educação particular. Se paga muito pouco a esse profissional do magistério e que inclusive está sendo obrigado a ir novamente à escola para aprender o que já sabe. É gritante o descuido e a ingratidão com esse profissional. Já sei, querem acabar com o professor. Querem extinguir a profissão. Querem nos substituir pelas máquinas tecnológicas. Logo, essas, estarão a tomar conta do mundo. Será? Substituirão o professor? Não sei. Sei que a falta de cuidados com essa raça quase extinta é muito grande.
A sala de aula é um grande negócio para alguns. Para outros é pura paixão. Para outros mais é amor mesmo. Para alguns não passa de um local adequado para passear e brincar. Para outros é lugar para apaziguar a mente fraca. E outros vão só para não ficar em casa e ir à roça ajudar os pais. Ou fazer outro trabalho qualquer. A sala de aula atrai e expulsa o ser. Este por sua vez tem interesse por ela de alguma forma e por alguma razão qualquer que seja. A sala de aula prende e repreende o ser. Alguns amam e outros odeiam. Simplesmente.
A sala de aula é um túmulo fechado e muitas vezes também é um grande salão de festas em homenagem aos deuses. Ringue de luta aberto para a sabedoria e o aprendizado, às vezes, travado até demais para essa finalidade.
A sala de aula é um lugar exótico com pessoas exóticas. Com espaço físico exótico. Tudo é muito esquisito na sala de aula. Desde a porta, às janelas, às paredes, as cores, o piso, o quadro negro e às vezes branco, o material de apoio didático, os recursos humanos e às outras demais coisas esquisitas que há. Muitas obsoletas e, não é por acaso. Não é fácil estar num lugar assim. Imagine permanecer por quarentas horas semanais num local como esse, é no mínimo assustador. Não é todo mundo que quer passar por essa experiência não. E ainda sem remuneração equivalente ao trabalho desempenhado pelo profissional da área. É uma loucura estar professor num país como esse. Sim, esse país, é chamado pelas pessoas do mundo de Brasil.
A sala de aula não é definitivamente o melhor lugar do mundo não. Têm muitos animais exóticos perdidos e que não querem se encontrar e que não querem ser encontrados por ninguém. Imagine então como fica o educador numa situação como essa. Os meninos vêm para a sala de aula, ao menos é o que parece. Passear. Talvez por não terem muitas possibilidades de diversão e de se encontrarem vez em quando. Então percebem que a escola, especificamente, a sala de aula é o point de encontro e ainda assim, para se encontrar vez por outra. É critico estar neste tipo de local. É psicótico e neurótico até. O barulho é tremendo. Horrível. Horripilante. Verdadeiros gladiadores em plena luta para ver quem vencerá. E que vença o melhor na arena educocrática. Os gregos que o digam. Construtores de gladiadores. Será que entenderiam? Eles, os gregos?
A sala de aula não é exatamente o fim. Mas é o começo do fim. Fim do saber. Fim dos quereres. Fim do “tu estares” sempre a fim. Fim da boa vontade do professor. Fim da paciência profissional e afim. E do aluno interessado (psicótico) que quer aprender. Fim do afinal eu aprendi. Fim de todo começo didático. A família não participa do processo de ensinar. Joga o filho como se fosse uma bagagem aos pés do professor. Que por sua vez está cansado e esbaforido de tanta falta de compreensão no que se refere ao aprendizado do filho dos outros. Esquece-se até dos filhos que possui. E que os outros não está nem ai. Se vire educador (pensam consigo mesmo). Até um dia (exteriorizam). Fique com Deus (filosofam). É o que dizem e viram as costas e vai se embora (ligeiramente). Simplesmente, com passos rápidos, para não dar tempo de chamá-los de volta (eles, os pais). Seus filhos (turistas) permanecem sentados quietos e observadores (só até dar tempo de os pais virarem a esquina da rua central que dá para o prédio) na escola por pouco tempo. Logo tudo volta ao normal. Sala de aula? Quem gostaria? Quem se habilita ao menos visitá-la? Esteja à vontade.









A Gente é que é Feliz



É certo que o Brasil não é exatamente o país dos sonhos. Mas é um país extremamente receptivo e pacifico. É uma nação boa para se viver, criar os filhos que se têm. Acho que a gente é que feliz. Ainda é um país de salário mínimo. Ainda é uma nação lotada de preconceitos. Ainda é o país das cotas para negros, tentando assim se desculpar por anos de escravidão que ainda há camuflada nos dias atuais. Ainda é um país de imensas injustiças sociais. Mas é um país onde ainda existem regiões boas para se viver. Ainda é um deserto de ingratidão. Um deserto de coisas poucas e de miséria. Ainda é um país que tem maiores números de cristãos católicos. Mas é uma nação em desenvolvimento, onde as pessoas, ainda que sejam bem poucas, procura fazer o bem sem olhar a quem. Ainda é um país que a doação de órgãos está em alta. Mas a mortandade esta crescente. Ainda é o país do medo. Medo de não conseguir um emprego por que a distribuição de rendas ainda é injusta.
Mas a gente é que é feliz. Feliz por não ter que comer carne humana para satisfazer a fome. Enquanto isso existe nações em que ser antropófagos é natural. A fome predomina em vários outros países. A fome no meu país está aos poucos sendo controlada. Já há gente que procura exterminar a fome do outro de alguma forma. Há organizações para essa finalidade em especial. Mas ainda há um grande mal: o desemprego; os salários de fome; a renda mal distribuída; os maus políticos; o pior de todos os males é a corrupção e antes disso a desinformação. Mas o Brasil é um país de excelente geografia. Não temos grandes vulcões. Não temos terremotos – vez por outra ocorre um pequeno tremor de terra – mas não é assustador como em outras nações. Há nações em que esses fenômenos da natureza destroem bastante algumas regiões. Provocam mortes em massa. O Brasil é uma nação feliz, apesar de tudo.
Mas, não é terrível pensar que o crime organizado dentro do país, mata mais do que muitas guerras lá fora. No Brasil existe, sem sombra de dúvida, um poder paralelo. Outro poder além do estado. Sim, porque da forma que as coisas acontecem nos principais estados brasileiros, é claro que há outro comando das capitais. Além dos governos. Esses por sua vez nada conseguem fazer, porque já ficou provado diante dos fatos que há. Que existem colarinhos brancos que participam deste poder paralelo. As queimas de arquivo nesta nação são constantes. E há muito que se queimar. Nos departamentos de justiça brasileiros existem pilhas e pilhas de processos arquivados. E por esse motivo é que não há profissionais preparados e suficientes para julgá-los. As universidades não são ainda para todos que querem se formar juízes e promotores públicos. Essas áreas ainda são para poucos. Seus custos são muito caros. O povo não tem dinheiro ainda para custear seus estudos. Quando ocorre é por um financiamento feito. Terminado o curso – se consegue concluir – continua-se a pagar o empréstimo feito. Mesmo assim, a gente é que é feliz.
Existem países em que as pessoas não conseguem chegar nem ao fundamental. Imagine o ensino médio. Imagine fazer uma faculdade. E verá, no caso desta última, as dificuldades que existem. E o pior, não há sempre reconhecimento financeiro. Quando há, é muito pouco. Há país pior que o Brasil. Não gostaria de conhecê-lo. Não costumo ser mascarado. Acho que por isso é que sou feliz. Tanto é que, prefiro sempre escrever o que quero. E não o que os outros gostariam que escrevesse. Mesmo assim, a gente é que é feliz. Sei lá, acho que sou assim, feliz.



Hoje



Nem todas as pessoas pensam no hoje. Pensam somente no amanhã. Esquece-se que o amanhã depende em muito do hoje. O hoje não pode ser esquecido jamais. O futuro do ser e do querer depende bastante do ser hoje para ser amanhã. Não posso quer ser amanhã sem ser primeiro hoje. O hoje é relevante para todo ser quer ser alguma coisa amanhã. Se quiser ser amanhã algo, seja hoje. Sendo hoje você será amanhã. O futuro a Deus pertence. Mas você pode colaborar bastante com Deus sendo hoje o que você quer ser amanhã. Pense nisso.
O hoje não é para todos, mas para quem o hoje é faça-o ser o amanhã. Ser hoje, ser amanhã depende muito de quem é. O ser pode ser bastante para o mundo hoje e ser suficiente para o hoje no amanhã.
O hoje não é um bicho de sete cabeças, é apenas o hoje seu e dos outros que não vivem o hoje. Viva seu hoje como se não houvesse amanhã. O amanhã dependerá totalmente do que fizer hoje. O hoje pode ser somente um dia. Mas também poderá ser o dia depois de amanhã. Não se esqueça de seu hoje. Servirá-te para o amanhã.
O hoje pode ser muito simples, mas também pode ser bastante complicado. Depende de como você fará o seu para o amanhã. O futuro a Deus pertence, porém, a sua conduta colabora para que esse futuro seja presente e prospero. Não tenha medo de ser feliz. Não tenha medo do hoje. Viva-o pensando no amanhã. Será-lhe muito útil pensar e fazer assim.
Ser hoje ou ser amanhã depende muito de quem pensa e o que pensa. As pessoas normalmente não pensam no que fazem hoje, estão quase sempre imaginando o amanhã. E se esquecem que o amanhã necessita do hoje.
O hoje é peça importante para que se tenha uma vida realizada no amanhã. O amanhã faz parte do hoje em uma dimensão mais distante e que ao mesmo tempo se encontra muito próximo. As pessoas não acreditam no hoje. Elas esperam a todo o momento pelo futuro do amanhã. Mas sem o hoje não há amanhã. A vida fica e permanece nula sem o hoje. O amanhã é uma consequência do hoje. Aquilo que você faz hoje reflete no amanhã. Reflita sobre seu hoje já, não se esqueça que você depende dele no futuro próximo.
O hoje é como uma semente. Se ela é semeada em terra boa dá bons frutos. Se ela é semeada em terra ruim dá maus frutos. O hoje também é assim, como uma semente. O amanhã dependerá de qual semente e de como ela foi cultivada nos dias de hoje. O hoje é importantíssimo para que o amanhã seja só felicidade para você. Plante boas sementes e sua cultura para a nova geração será abençoada. E não terá arrependimentos algum. Viva feliz seu hoje e pense no amanhã.
Se seu hoje somente é escuridão, procure finalizar esta escuridão. Se seu hoje é de endoidecer gente sã, procure transformá-lo. Só assim será feliz no amanhã. Faz seu hoje acontecer. Faça seu sol brilhar. Acabe com sua escuridão. E o sol virá com toda força. Não machuque os outros. Tem gente que não sabe amar. Não seja esse tipo de gente. Quem acredita sempre alcança. Alcance a beleza de seu hoje e viva-o intensamente como se não houvesse amanhã. Aprenda hoje para não sofrer amanhã. Ouça a voz do vento pela manhã, ela sempre quer te dizer alguma coisa. O hoje é importante para que você possa ouvir a voz do vento, logo, há dias em que o vento não vem. A natureza bela de hoje pode não haver amanhã. Curta-a intensamente. O futuro a ti e a Deus pertence. Sim, não deixe o que você pode fazer hoje (abençoar alguém, pedir perdão, praticar boas ações, orar, doar, saciar a fome) para o amanhã. O poder é seu.



Gente Humilde


Sou gente humilde do sertão da chapada diamantina. Região bonita e abençoada por Deus. Cultura agreste e de grande poder turístico e místico. Suas águas são sagradas e de uma cor não muito vista por ai em algum lugar qualquer. As pessoas daqui não são iguais à de qualquer outra região do mundo. São especiais e diferentes, caridosas e trabalhadeiras, nas funções não existe gente igual. A gente daqui é humilde. E isso é bom.
Sou gente humilde acostumado à lida do dia. Na roça sou estrada, sou caminho. O meu trabalho se estende do Íapoque ao Chuí. Não tenho medo da labuta, pois dela é que tiro o meu sustento. Trabalho é coisa linda e dádiva de Deus. E como dizia minha sagrada mãe: pior é roubar, melhor trabalhar. Sou gente humilde e a humildade é que me fez. Nesse sertão cheio de seca, está até chovendo de montão. O aquecimento global tem trazido chuva para o sertão e seca para os ribeirões. Como dizia o poeta: o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão. Coisa certa foi dita e vem acontecendo desta foram em algumas regiões deste país abençoado por Deus.
Sou gente humilde da chapada. Chapada mística e bendita que a cada ano traz centenas de visitantes para conhecer a região. A sua beleza natural é conhecida mundialmente. Mas não ocasionalmente vem sofrendo queimadas criminosas. As pessoas insensíveis com tamanha beleza natural provocam incêndios e destroem a mata nativa e bela desta região abençoada pelos deuses. A gente humilde regional sofre com isso. Os turistas não compreendem a importância desta biodiversidade. E quase sempre destroem.
A humildade desta gente é muito grande. Muitos ainda não conhecem o telefone celular. Sequer o computador portátil. Mas há aquela gente que vai mais longe. Faça as nuvens chover em tempos de estiagem. É mágica a chapada da gente humilde e trabalhadeira. De tudo se plantando dá. As lavouras quase sempre são generosas. Produzem muito bem. É pena que a maioria dos produtos cultivados vão para fora. São vendidos para cruzadores e estes vendem para outros estados até. A capital Salvador também recebe muitos produtos da chapada e lá consomem em grandes quantidades. É o mercado da procura e venda. E assim vamos nós, gente humilde do sertão levando a vida e a vida nos levando. A gente assim é humilde sempre com todos. E de bem com a vida sertaneja e sofrida.
A minha região de gente humilde, sempre foi bastante marcada por revoluções. A coluna Prestes já passara por aqui; num outro setor mais baixo houve a revolução – mais precisamente o término – do capitão Carlos Lamarca e seu companheiro Zequinha no território de Brotas de Macaúbas; anteriormente a guerrilha de Militão e de Horácio de Matos e outras mais revoluções. A região de povo humilde já testemunhara grandes feitos e acontecimentos como, por exemplo: o nascimento do grande e maior geólogo de todos os tempos, Milton Santos. É pena que o mundo só o reconhecesse depois de morto. Como ocorre com todos os outros grandes nomes da atualidade. Mas a gente humilde vai seguindo seus caminhos e desbravando fronteiras, dantes desconhecidas. Milton Santos foi gente humilde também, é lamentável que fosse ainda bastante preconceituado por sua condição de negro. Por esse motivo tivera que sair do país como muitos outros revolucionários. Alguns não exatamente por esse motivo. Essa gente humilde nunca abaixou a cabeça diante dos ditos grandes da sociedade. Sempre lutaram com esmero e perseverança contra as idéias de injustiça que há no mundo. É. Essa gente humilde é assim mesmo. Lutadora. É bom ser assim. E assim é que temos que ser.












Não Levantarás Falso Testemunho...



As pessoas falam de mais e na maioria dos casos, sem provas. O artigo 5º da Constituição Federal determina que ninguém seja considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Aja vista que todo mundo é inocente até que se prove ao contrário. É fato consumado.
O texto acima consagra o principio da inocência, ou seja, toda e qualquer pessoa deverá sempre ser considerada inocente. Somente poderá ser tida como culpada quando, após o transcurso de um processo judicial, ficar comprovado que a pessoa é culpada pela prática de um delito. O povo é bastante linguarudo e não está nem aí para o que possa vir a acontecer com o outro, por causa de atos impensados. É lamentável.
E no mesmo artigo, numa tradução resumida, reza que, é importante que o indivíduo seja considerado culpado quando as provas a serem juntadas em um determinado processo forem consideradas válidas, ou seja, devem ter sido obtidas de forma legal, sem ter sido empregada conduta ilícita para a obtenção das mesmas. As pessoas quando julgam alguém as induzem a confessar até o que não fez. A fofoca é uma doença contagiosa e fatal, quando não eliminada com antecedência. A língua é o principal mal do corpo humano.
Isso tudo que tu andas falando de mim não é verdade. Não sou tão mal assim. Mereço uma chance. Mereço um ou dois presentes. O Senhor dar para oportunidades para todos. Por que não for me? Entendes inglês, não? Eu disse: Por que não para mim? Isso tudo que falam de mim é bobagem. Não pode sair por aí escutando tudo o que falam a meu respeito. Não sou tão ruim assim. E o Senhor não me conhece tanto. Ou conhece? Lúcifer?! Já chega! Continuarei! Agora me ouça.
Essa história é ficção mais possue vestígios de fatos reais. Um súdito do rei de um determinado reino foi até a floresta das proximidades e lá encontrou uma caveira em cima de um galho de uma árvore. Nisso resolveu perguntar para a ossada quem a tinha matado. A mesma dissera que tinha sido a língua. O emprego do rei ficou bastante curioso. A caveira havia lhe dito para não contar a ninguém. Mas ele não ficou de boca calada.
Foi direto ao castelo narrar para a majestade o que ocorrera. O rei ficou perplexo e censurou o emprego chamando-o de mentiroso. Ele falar que não era e que iria levar o rei até a floresta e postá-lo rente à caveira. O rei dissera que se fosse mentira o mataria. Assim foi feito. O rei perguntou à ossada quem a matara. A caveira nada falou. No dia seguinte o súdito mentiroso foi levado para a guilhotina e decapitado. Pois é, quem matou o empregado fantasioso? A língua grande. A caveira pedira segredo de sua miséria e ele, o empregado do rei, não soube guardá-lo. Assim acontece nos dias atuais. As pessoas falam daquilo que não sabem. Narram fatos como se tivessem certeza do que estão contando. E ainda afirmam na maioria das vezes. Fazem falsos testemunhos sem se preocuparem com mais ninguém a não ser com a sua diversão fantasiosa.
A pessoa que levanta falso testemunho do outro pode até estar se condenando judicialmente. Logo a vítima tem o direito de entrar com processo de danos morais na justiça e exigir indenização por coisa assim. Invadir a vida privada de alguém é crime e dar cadeia. A propriedade dos outros não é sua. Isso é claro. Cuide de sua vida.
O povo tem o péssimo habito de falar tudo que achar que deve ser falado. Muitas vezes não mede as conseqüências de um ato impensado. Prejudica um e outro simplesmente para o seu entretenimento. A sua diversão é que vale para si. O outro que se dane. Não. Não é bem assim. Todos devem se respeitar mutuamente. A privacidade da pessoa física e jurídica não é patrimônio da humanidade. Não deve ser invadido a toda hora que achar certo não. O falso testemunho é algo demoníaco. Satânico até. Não sei de nada disso. A pessoa que dar esse tipo de testemunho não vive bastante. De uma forma ou outra acaba falecendo, por culpa ou medo. Fora isso fica o argumento de que é respeitando que se é respeitado. Abaixo a mediocridade do falso julgamento. Liberdade antes que seja tarde. Deus e o diabo na terra em louca cavalgada em busca de almas para sua coleção celestial (no caso de Deus) e infernal (no caso do... Você sabe quem né?).
Esse diálogo foi o argumento usado pelo diabo quando conversava com Deus (no deserto) para conseguir algumas almas. Não deu certo. Deus sempre foi mais esperto e astuto. Ainda bem, né? Seja feliz nas suas realizações. Viva bem.



Religioso Secular, eu?



Entrei muito “santo” naquela ordem. Sei lá acho que não podemos ser tão santos e despreparados para a vida. Não é muito agradável viver uma religiosa diante de demônios. O pecado cumula dentro dos corredores de uma congregação religiosa. Santos e pecadores se dão as mãos. Os colegas de seminário de provocam a todo instante para perceber se você consegue sobrepor às tentações da carne. Faz questionamentos não muito oportunos sobre sua vida particular. É uma verdadeira luta de valores e preconceitos. Não é fácil ser um religioso. A convicção vai embora ao ultrapassar as portas da instituição católica. Os piores horrores vêm à flor da pele. Deus e o diabo em terrível cavalgada. E o segundo a te tentar. Oferece-te belas mulheres e essas vão surgindo aos montes à tua frente como se fosse um batalhão de tentação e perdição.
É uma experiência terrível para alguém que quer ser santificado. As tentações da carne não são as piores. As do espírito é que são. Não sei as quanto ia à noite adentro. O fato é que os piores pesadelos me afligiam de corpo e alma. Sentia que tinha paz. Mas duvida desta paz. Algumas coisas me vinham à mente como uma torrente intensa e catastrófica. Senti-me vez por outra e quase sempre explodir de orgasmo toda noite. É inevitável sonhar com o profano. Lidar com todo de tipo de paroquiana não era muito fácil para um aspirante. As tentações apareciam até na comunhão. Lembrou-se de um destes momentos mágicos que não acontecem com toda pessoa humana. Só com aquelas que Deus dá a oportunidade.
Exatamente na hora de dar a comunhão aos paroquianos veio uma mulher exuberante. Belíssima. Ela se encontrava na outra fila e fez questão de sair e ir até a mim para receber a hóstia consagrada. Pediu que colocasse em sua boca. Lambeu meus dedos com uma sensualidade à flor da pele. Senti um arrepio imenso. Não queria ter sentido. Mas estava carente. Logo após a missa procurei a bela madona e não a encontrei. Foi horrível está sensação de frustração. O homem não nasceu para viver só. Pensei.
Queria conversar com ela e exigir melhores modos durante a comunhão. Que nada, estava querendo tê-la em meus braços durante a noite toda. Quis fazer amor com ela. O ser necessita de oscular e copular vez em quando. Não a encontrei. Sumiu na noite. E tantas outras mais. Fiquei a ver navios e pedindo perdão a Deus pelo meu pecado carnal. O ser humano é muito fraco diante do outro sexo oposto. Meus outros irmãos capuchinhos que me perdoem, mas tenho que escrever sobre isso. Preciso falar. É terrível passar certas experiências na vida. O celibato não deveria existir. Os meus irmãos religiosos sofrem demais. Gostaria de ter continuado na ordem. Não foi possível só porque não conseguir me controlar. Porque não nasci para eunuco. Sinto muito por isso, mas não dar para ser hipócrita a vida toda. Sinto isso verdadeiramente.
Tinha de fato transformado minha vida mundana. Mas não conseguir continuar a ser aquilo que não era. Como uma pessoa que estava acostumada a viver livremente poderia viver enclausurado de uma hora para outra assim sem mais nem menos? Não pode ser possível. O homem não nasceu para viver só. A própria Bíblia em alguns capítulos disserta sobre essa verdade. É certo que também narra sobre aqueles que se doaram à palavra. À evangelização e tão somente a ela. Mas o ser não é sensível por natureza? Como uma doutrina pode querer mudar uma natureza humana que há? Deus nos fez para reproduzir e ser felizes. Ele já dissera: “crescei e multiplicai!” Como então um documento pode mudar essa teórica concreta divina? Não consigo entender.
O orgasmo é necessário. Ah! Desculpe-me, mas vou falar. Sentir prazer é fundamental para uma boa saúde física e mental. Essa prática faz relaxar o ser humano e o faz viver bem. Desde que praticado com compromisso e responsabilidade. O clã do Vaticano precisa repensar o papel da igreja do mundo e dos seus membros: seminaristas, diáconos, padres, freiras, bispos, cardeais, arcebispos e os outros. A igreja católica, assim como as outras demais, necessita de uma reforma urgente em seus preceitos cristãos e de conduta.
De alguma maneira o religioso, a religiosa irá sentir prazer. Sua sensibilidade irá aflorar. E não será com o trabalho pastoral não. Porque este estressa do mesmo tanto que os outros trabalhos e para não se estressar, alguma coisa a de se fazer. E neste instante que muitos acabam fazendo bobagens. Surge a pedofilia e outros males deste século. E quiçá deixam a ordem e vão se embora para sempre, deixando assim a igreja mais enfraquecida do que já se encontra. E quantos desistiram da caminhada. E quantos desistirão. Até quando a igreja continuará no erro? Não há respostas. Fui-me embora junto com outros mais.











A Tempestade e o Sol



Não parecia estar em mim. Tudo parecia muito turvo e cinzento. Uma onde de escuridão e medo. Não era eu que estava ali sentado à sombra daquele jatobá grandioso. Meus pensamentos estavam em grande turbulência. Não conseguia pensar em nada de proveitoso. Era obscuro por demais.
A mente estava deturpada e desentronizada, não sabia mais o que fazer diante de tantas situações críticas. Meu cérebro encontrava-se em desvario e totalmente tempestivo. Não sabia o que pensar de mim mesmo. Meu Deus porque me abandonara? Questionei deliberadamente ao criador. Jesus fez esse mesmo interrogatório ao pai ao ser crucificado. Faltam-me forças para continuar a caminhada em rumo da vitória. Não tinha certeza de nada que ia fazer. Sabia que havia uma necessidade de agir. Fazer algo por minha vida.
Por quantos caminhos o homem tem quer andar para chegar ao final? Questionamentos vazios vinham à mente a todo instante. Pensamentos evasivos e perguntas vinham a todo vapor e não sabia como detê-los. Pensei que fosse o meu fim. A morte havia se lembrado de mim afinal.
Não me preocupei de forma nenhuma. Sentiria falta de mim minha irmã? Interroguei à tempestade. Faria diferença a minha vida sobre a terra? Inquirir ao irmão sol. Não obtive respostas, apenas um sopro forte do vento ao meu ouvido. Talvez não mais vida terrena e a espiritual enfim chegou. Não sei de mais nada. O tempo pareceu parar de uma vez só. A tempestade encontrava-se à distância e o sol também. Os dois estavam sombrios e quietos. Algo iria acontecer de fato.
Sabia que tudo era possível naquele instante. Não conseguir pensar em mais nada. O sol de repente moveu-se e sumiu no poente, não queria participar do que estava para ocorre. A tempestade começou a ficar muito violenta. Pingos fortíssimos de chuva começaram a cair. A ventania ficou mais forte e louca diante daquele fenômeno natural. Os galhos das árvores começaram um frenesi enlouquecido. Tudo ficou escuro e cinzento, o céu fechou-se sobre a terra e sobre os homens. Nada mais poderia ser tão cruel.
A tempestade castigou o solo e a vegetação sofrida do agreste, meu coração foi junto com a enxurrada que ali passava violenta, impiedosa, voraz. O sertão vai vira mar e o mar vai vira sertão. Não sei por quanto tempo choveu. Sei que a tempestade venceu o sol. A noite ficou mais escuro, o chão cheio de lama e água e não conseguir sair para fora do rancho no qual me encontrava, assustado.
Naquela noite não conseguir realizar um dos meus desejos mais íntimos: encontrar frente a frente com Deus e exigir que pastorasse as boas almas que ainda há na terra dos viventes. E dizer-lhe que ainda tem muita gente boa no mundo e que precisa de sua atenção. De repente. Um baque. Cair da cama em pleno sono. Tinha dormido. Sonhei com o criador. Acordei. Levantei-me e fui até a janela de casa. Abri-a. Olhei para fora pela fresta. Ainda estava chovendo e havia um sol lindo. Sim, o sol e a tempestade juntos. Casamento da raposa. Pensei. Fechei a janela e retornei ao interior da moradia. Imaginei meu sonho durante o sono. Intriguei-me.
Lembrei-me do livro dos sonhos que havia em cima da mesa da cozinha. Não pensei duas vezes e fui até lá. Abri-o e resolvi folheá-lo para ver se encontrava a palavra tempestade e a palavra sol. No livro dos sonhos o significado poderia ser qualquer coisa. Lá estava tempestade, significação – mente desequilibrada, distúrbios mentais na família, pessoal e coletivo.
A palavra sol estava mais adiante – claridade. Luz na escuridão da vida da pessoa, luz no fim do túnel, luz na escuridão. Logo em seguida juntei os dois. Tempestade e o sol – equilíbrio natural. Mas poderia ser também desequilíbrio. Sei lá. Sonhos são sonhos, enfim. É um descarrego da mente, devido às preocupações do cotidiano sofrido. Uma coisa desta.
Num momento qualquer pode significar uma catástrofe natural. O aquecimento global. Desgelo das camadas glaciais. Algo assim. Não me preocupei, achei normal sonhar. O sonho é algo sagrado que nos faz fazer e ver coisas que nunca, na maioria das vezes, conseguimos fazer ou realizar. Um desejo insatisfeito. Sei lá.
Desejos não realizados nos fazem pensar absurdos sobre algo que idealizamos no decorrer da vida terrena. As coisas vão acontecendo em ondas. A vida vem em ondas. Cada onda traz um momento dos nossos viveres no mundo. A vivência é algo heterogêneo, onde somos cúmplices de tudo que ocorre com a gente. Não podemos culpar os outros pelos nossos erros. E muitas vezes fazemos desta forma.
A tempestade que há na vida terrestre é para refletirmos sobre o que estamos fazendo com a nossa irmã terra e nosso irmão ar. Assim como o nosso irmão sol e mar.
Os sois que há são para iluminar os nossos caminhos pelos solos sagrados do nosso viver. A tempestade e o sol estão sempre juntos. Um de cada lado e em cada horizonte terreno e sideral.
Os cosmos fazem parte destes fenômenos naturais. Há uma necessidade de focarmos uma forma concreta de cuidar da vida que nos resta para que se possa ver as futuras gerações respirarem sem ajuda de aparelhos artificiais. As coisas boas e más acontecem para que se possa imaginar um mundo novo e fazer com que este ocorra de verdade. Sejamos sol quando houver necessidade de iluminar a escuridão dos caminhos dos outros. Sejamos tempestade quando houver necessidade de lutarmos por nossos sonhos e direitos que a nós cabem. Sejamos solução para os problemas que no mundo há. Hoje e sempre.



Bellone, o cara



Ele, meu amigo Bellone mora e trabalha em São Paulo. Ele o cara. Amigo de infância para toda aventura que se pensasse. O cara das horas complicadas de minha vida sofrida. Que sempre foi. O cara das longas caminhadas em rumo ao infinito. Só tinha um detalhe éramos muito medrosos como todo garoto de nossa época. Mas era bom andar por ai. Brotas de Macaúbas sempre teve bons lugares para visitar: Olhos d’água, boqueirão, pedra do urubu, pau louro, lajedo. Santa marina, Santana e outros tantos lugares santos.
Estávamos sempre muito juntos. Aprontávamos várias pegadinhas nos outros colegas que com os quais andávamos. Era assim.
Ele esteve aqui na Bahia e ai fomos caminhar pelos lugares que costumávamos ir quando adolescentes. Eram muitas traquinagens. Cada uma maior que a outra. Não tínhamos tempo de ficar parados em um local exato. Não era muito fácil os outros nos encontrar. Sabíamos e conhecíamos todo tipo de buraco para entrarmos e sairmos. Era muito fácil enganarmos os colegas e depois sair gritando do outro lado que naquele lugar tinha assombração. Em seguida os outros, logo, saiam em disparada. Não olhavam para trás porque não tinham tempo. Corriam bastante. Era muito hilário agir assim. Medrosos fazendo medo aos outros medrosos. A vida da gente era assim, aprontávamos demais. E era bom. Fazia bem para nossa alma de criança versus adolescentes.
Tiramos bastantes fotografias solo e juntos ao mesmo tempo foi muito bom fazermos esta andança. Lembramos de coisa que passaram com a gente como se não tivéssemos crescidos e nos transformado. Fomos aos lugares pitorescos de nossa cidade amada e querida. Fomos até a pedra do urubu e sentamos aonde nos íamos mais: a pedra tábua – nome dado por nós nos velhos e bons tempos(...) Continuação em Santos e Pecadores,. O Original.... Acessem o SÍTIO - http://www.clubedeautores.com.br/ -

Obrigado a Todos e Todas!

O Autor:

Professor Pedro Avelino dos Santos Júnior




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